“Defeito de fabricação”: maternidades negras em Ilhéus/Ba
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31944 |
Resumo: | Este trabalho nasceu junto com o tornar-se mãe da presente antropóloga que mediante a encruzilhada no qual se encontrava, buscou através de um processo autorreflexivo permitido pela autoetnografia, compreender diferentes experiências de maternidade a partir de um grupo de mulheres de sua cidade natal, Ilhéus. Nesta coreografia, o ponto de vista da mulher negra é o pilar central à luz do Feminismo Negro procurando uma possibilidade para que a mulher negra possa falar por si, como um grupo que compartilha experiências através de seu locus social rompendo com silêncios seculares. Para tanto, o presente trabalho se apoia na Antropologia Feminista e apresenta as diferenças históricas entre maternidade negra e branca fruto do processo de escravização que ainda se reverberam de forma violenta sobre a mulher negra. Neste sentido, o trabalho de campo se tornou essencial ao proporcionar uma relação entre mães negras e/ou pobres que irão refletir sua condição de raça, gênero e classe e como estas influenciam na sua maternidade; seus pensamentos sobre a maternidade; e o drible necessário para enfrentar as dificuldades que encontram, objetivando mapear e identificar as raízes e rizomas do processo histórico que constitui a maternidade negra no Brasil, tratada pela branquitude como um “defeito de fabricação”. |
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Lôbo, Jade AlcântaraLôbo, Jade AlcântaraVieira, Marina GuimarãesZagatto, BrunaSouza, Angela Maria deGoldman, Marcio2020-06-08T15:13:59Z2020-06-08T15:13:59Z2020-06-082020-02-18http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31944Este trabalho nasceu junto com o tornar-se mãe da presente antropóloga que mediante a encruzilhada no qual se encontrava, buscou através de um processo autorreflexivo permitido pela autoetnografia, compreender diferentes experiências de maternidade a partir de um grupo de mulheres de sua cidade natal, Ilhéus. Nesta coreografia, o ponto de vista da mulher negra é o pilar central à luz do Feminismo Negro procurando uma possibilidade para que a mulher negra possa falar por si, como um grupo que compartilha experiências através de seu locus social rompendo com silêncios seculares. Para tanto, o presente trabalho se apoia na Antropologia Feminista e apresenta as diferenças históricas entre maternidade negra e branca fruto do processo de escravização que ainda se reverberam de forma violenta sobre a mulher negra. Neste sentido, o trabalho de campo se tornou essencial ao proporcionar uma relação entre mães negras e/ou pobres que irão refletir sua condição de raça, gênero e classe e como estas influenciam na sua maternidade; seus pensamentos sobre a maternidade; e o drible necessário para enfrentar as dificuldades que encontram, objetivando mapear e identificar as raízes e rizomas do processo histórico que constitui a maternidade negra no Brasil, tratada pela branquitude como um “defeito de fabricação”.This work was born along with the process of becoming the mother of the present anthropologist who, through the crossroads in which she was, sought through a self-reflexive process allowed by autoethnography, to understand different experiences of motherhood from a group of women from her hometown, Ilhéus. In this choreography the black woman's point of view is the central pillar in the light of Black Feminism looking for a possibility for the black woman to speak for herself as a group sharing experiences through her social locus breaking with secular silences. For this, the present work is based on feminist anthropology and presents the historical differences between black and white motherhood fruit of the process of enslavement that still reverberate violently on the black woman. In this sense, fieldwork has become essential in providing a relationship between black mothers who will reflect their condition of race, gender and class and how they influence their motherhood; their thoughts about motherhood; and the “drible” necessary to face the difficulties they encounter, aiming to map and identify as roots and rhizomes of the historical process that identifies black motherhood in Brazil, treated by the whiteness as a “manufacturing defect”.Submitted by Jade Lôbo (jadealobo@gmail.com) on 2020-05-20T19:42:07Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO final.pdf: 2197134 bytes, checksum: 5145706ecedc2498fac7c2e9e0767a52 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2020-06-08T15:13:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO final.pdf: 2197134 bytes, checksum: 5145706ecedc2498fac7c2e9e0767a52 (MD5)Made available in DSpace on 2020-06-08T15:13:59Z (GMT). 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