Uma arqueologia das Casas Fortes: organização militar, território e guerra na Capitania do Rio Grande - Século XVII
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19165 |
Resumo: | Este trabalho se insere na perspectiva de preencher lacunas nos estudos arqueológicos sobre o Rio Grande do Norte, principalmente, quanto à necessidade de promover o aprofundamento no campo da arqueologia histórica ou arqueologia das sociedades modernas. O que significa, então, promover a aproximação da arqueologia das outras ciências humanas e sociais, no que concerne a análise da configuração social que está por detrás dos vestígios materiais deixados por certa sociedade. As casas fortes, enquanto parte componente do projeto colonial de poder e de ação militar foi o objeto de estudo desta tese pelo interesse de se estudar a presença destas no espaço colonial e em função dos vestígios materiais existentes. Esta pesquisa buscou então, identificar, classificar, descrever e analisar as casas fortes no contexto das capitanias do Estado do Brasil, desde a segunda metade do século XVII ao início do XVIII. A presença de edificações preparadas para servir de residência, espaço de defesa e marco territorial de posse senhorial tem suas origens no espaço ibérico de fins da Idade Média e se estendem, com adaptações próprias, aos diversos espaços coloniais portugueses, inclusive o Brasil. As casas fortes, mesmo com as especificidades de sua presença no Rio Grande do Norte colonial, foram parte de um longo processo que foi o da formação territorial e do projeto de ação militar no enfrentamento de grupos étnicos resistentes à colonização, que foram os grupos indígenas do sertão, os índios tapuias. A metodologia da pesquisa orientouse em três perspectivas na coleta de dados empíricos, que se iniciou com a análise bibliográfica e documental, e seguiu, posteriormente, com a leitura de relatos etnográficos e a cartografia histórica, e por último, com a coleta, classificação e interpretação arqueológica dos vestígios materiais nos próprios sítios. Além da elaboração de um quadro de definições dessas estruturas construídas no século XVII, foram feitas análises da variabilidade e da mobilidade de definição e significados de casas fortes, bem como as suas especificidades no contexto do Brasil e do Rio Grande do Norte colonial e das características gerais e pontuais dos dois exemplos de análise arqueológica. This research is in prospect to fill gaps in the archaeological studies on the Rio Grande do Norte, mainly on the need to promote further the field of archeology, in this case the historical archeology or archeology of modern societies. What does it mean, then, to promote the rapprochement of the archeology of the other humanities and social sciences, regarding the analysis of the social setting that is behind the material traces left by a certain human groups. The “casas fortes”, while a component part of the colonial project of power and military action was the object of study in this thesis by the interest in studying the colonial presence in the area and depending on the material remains available. This research therefore sought to identify, classify, describe and analyze the “casas fortes” in the context of the captaincy of the State of Brazil, since the second half of the seventeenth century to the beginning of the eighteenth. The presence of buildings equipped to serve as a residence, space and defense of territorial possession in manorial marking has its origins in the Iberian of the late Middle Age and extend, with their own adaptations, the various Portuguese colonial spaces, including Brazil. The “casas fortes”, even with the specifics of its presence in Rio Grande do Norte colonial, were part of a long process that was the colonial territoriality mechanism and the design of military action in confronting the ethnic groups resistant to colonization, the indigenous groups that were the interior, the Indians Tapuias. The research methodology was guided into three perspectives in empirical data collection, which began with a literature review and documentary, and followed later with the reading of the ethnographic and historical cartography, and finally, to the collection, classification and interpreting the material remains in archaeological sites themselves. Besides drawing up a framework of definitions of structures built in the seventeenth century, was analyzed the variability and mobility of the definition and significance of “casas fortes” and their specificities in the context of Brazil and Rio Grande do Norte and general characteristics of colonial and off the two examples of archaeological analysis. |
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Silva, Roberto AironEtchevarne, Carlos AlbertoAllen, Scott JosephCarvalho, Maria Rosário Gonçalves deSouza, George Evergton SalesSouza, Iara Maria de Almeida2016-05-11T16:49:18Z2016-05-11T16:49:18Z2016-05-112010-11-22Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19165Este trabalho se insere na perspectiva de preencher lacunas nos estudos arqueológicos sobre o Rio Grande do Norte, principalmente, quanto à necessidade de promover o aprofundamento no campo da arqueologia histórica ou arqueologia das sociedades modernas. O que significa, então, promover a aproximação da arqueologia das outras ciências humanas e sociais, no que concerne a análise da configuração social que está por detrás dos vestígios materiais deixados por certa sociedade. As casas fortes, enquanto parte componente do projeto colonial de poder e de ação militar foi o objeto de estudo desta tese pelo interesse de se estudar a presença destas no espaço colonial e em função dos vestígios materiais existentes. Esta pesquisa buscou então, identificar, classificar, descrever e analisar as casas fortes no contexto das capitanias do Estado do Brasil, desde a segunda metade do século XVII ao início do XVIII. A presença de edificações preparadas para servir de residência, espaço de defesa e marco territorial de posse senhorial tem suas origens no espaço ibérico de fins da Idade Média e se estendem, com adaptações próprias, aos diversos espaços coloniais portugueses, inclusive o Brasil. As casas fortes, mesmo com as especificidades de sua presença no Rio Grande do Norte colonial, foram parte de um longo processo que foi o da formação territorial e do projeto de ação militar no enfrentamento de grupos étnicos resistentes à colonização, que foram os grupos indígenas do sertão, os índios tapuias. A metodologia da pesquisa orientouse em três perspectivas na coleta de dados empíricos, que se iniciou com a análise bibliográfica e documental, e seguiu, posteriormente, com a leitura de relatos etnográficos e a cartografia histórica, e por último, com a coleta, classificação e interpretação arqueológica dos vestígios materiais nos próprios sítios. Além da elaboração de um quadro de definições dessas estruturas construídas no século XVII, foram feitas análises da variabilidade e da mobilidade de definição e significados de casas fortes, bem como as suas especificidades no contexto do Brasil e do Rio Grande do Norte colonial e das características gerais e pontuais dos dois exemplos de análise arqueológica. This research is in prospect to fill gaps in the archaeological studies on the Rio Grande do Norte, mainly on the need to promote further the field of archeology, in this case the historical archeology or archeology of modern societies. What does it mean, then, to promote the rapprochement of the archeology of the other humanities and social sciences, regarding the analysis of the social setting that is behind the material traces left by a certain human groups. The “casas fortes”, while a component part of the colonial project of power and military action was the object of study in this thesis by the interest in studying the colonial presence in the area and depending on the material remains available. This research therefore sought to identify, classify, describe and analyze the “casas fortes” in the context of the captaincy of the State of Brazil, since the second half of the seventeenth century to the beginning of the eighteenth. The presence of buildings equipped to serve as a residence, space and defense of territorial possession in manorial marking has its origins in the Iberian of the late Middle Age and extend, with their own adaptations, the various Portuguese colonial spaces, including Brazil. The “casas fortes”, even with the specifics of its presence in Rio Grande do Norte colonial, were part of a long process that was the colonial territoriality mechanism and the design of military action in confronting the ethnic groups resistant to colonization, the indigenous groups that were the interior, the Indians Tapuias. The research methodology was guided into three perspectives in empirical data collection, which began with a literature review and documentary, and followed later with the reading of the ethnographic and historical cartography, and finally, to the collection, classification and interpreting the material remains in archaeological sites themselves. Besides drawing up a framework of definitions of structures built in the seventeenth century, was analyzed the variability and mobility of the definition and significance of “casas fortes” and their specificities in the context of Brazil and Rio Grande do Norte and general characteristics of colonial and off the two examples of archaeological analysis.Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2016-05-05T18:30:40Z No. of bitstreams: 1 Tese de Roberto Airon Silva.pdf: 30241271 bytes, checksum: 9fc7f1fa36dc4d4dd9e357b15f37d416 (MD5)Approved for entry into archive by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2016-05-11T16:49:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese de Roberto Airon Silva.pdf: 30241271 bytes, checksum: 9fc7f1fa36dc4d4dd9e357b15f37d416 (MD5)Made available in DSpace on 2016-05-11T16:49:18Z (GMT). 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