Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Carmel Suzarte Ayres
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32181
Resumo: O Complexo Fazenda Mirabela tem, como principal característica, a presença de mineralizações de Ni-Cu associadas a rochas máficas e ultramáficas. Neste trabalho, o níquel presente no rejeito da usina de flotação de sulfetos da Mina de Santa Rita foi caracterizado através de diferentes técnicas, visando elucidar a especiação do níquel nesse material. Análises com microscopia eletrônica de varredura e microssonda eletrônica foram realizadas, tendo indicado partículas de sulfeto de níquel não totalmente liberados. A lixiviação diagnóstica, para diferentes valores de pH, possibilitou a compreensão da solubilização dos principais elementos: Fe, Mg, Si, Mn, Ni, Cu e Cr. Adicionalmente, os resultados das análises de espectroscopia de absorção de raios-X (XANES e EXAFS) com amostras da usina apresentaram espectros com características mistas, com níquel coexistindo nas formas silicática e sulfetada. Já os estudos de mineralogia automática e liberação mostraram a presença de muitas partículas de sulfetos liberados que não foram coletados na etapa de flotação, na qual cerca de 30 a 50% dos sulfetos de níquel estão bem liberados no rejeito. Os testes de lixiviação com ácido sulfúrico e nitrato como agente oxidante possibilitaram a solubilização de 81% do níquel na amostra, enquanto a lixiviação com ácido sulfúrico, precedida de fusão alcalina, apresentou maior extração do metal (93%). Finalmente, os resultados de testes cinéticos de lixiviação com ácido sulfúrico e adição de nitrato em temperaturas de 50, 70 e 90°C foram bem ajustados ao modelo pseudohomogêneo: dCS/dt = -k(CS-CSf)2, onde k = 1228 Exp(-5826/T), CSf(T) = 0,2T2 – 36T + 2000. CS e CSf estão em mg/kg, t em horas e T em °C. A energia de ativação aparente foi estimada como 11,6 kcal/mol, indicando que o controle do processo é químico.
id UFBA-2_b23f49e6579ff0c9d16813d580725c29
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/32181
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Vasconcelos, Carmel Suzarte AyresLima, Luiz Rogério Pinho de AndradeLima, Luiz Rogério Pinho de AndradeLeão, Versiane AlbisBarbosa, Luís Alberto Dantas2020-09-02T18:55:35Z2020-09-02T18:55:35Z2020-09-022020-01http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32181O Complexo Fazenda Mirabela tem, como principal característica, a presença de mineralizações de Ni-Cu associadas a rochas máficas e ultramáficas. Neste trabalho, o níquel presente no rejeito da usina de flotação de sulfetos da Mina de Santa Rita foi caracterizado através de diferentes técnicas, visando elucidar a especiação do níquel nesse material. Análises com microscopia eletrônica de varredura e microssonda eletrônica foram realizadas, tendo indicado partículas de sulfeto de níquel não totalmente liberados. A lixiviação diagnóstica, para diferentes valores de pH, possibilitou a compreensão da solubilização dos principais elementos: Fe, Mg, Si, Mn, Ni, Cu e Cr. Adicionalmente, os resultados das análises de espectroscopia de absorção de raios-X (XANES e EXAFS) com amostras da usina apresentaram espectros com características mistas, com níquel coexistindo nas formas silicática e sulfetada. Já os estudos de mineralogia automática e liberação mostraram a presença de muitas partículas de sulfetos liberados que não foram coletados na etapa de flotação, na qual cerca de 30 a 50% dos sulfetos de níquel estão bem liberados no rejeito. Os testes de lixiviação com ácido sulfúrico e nitrato como agente oxidante possibilitaram a solubilização de 81% do níquel na amostra, enquanto a lixiviação com ácido sulfúrico, precedida de fusão alcalina, apresentou maior extração do metal (93%). Finalmente, os resultados de testes cinéticos de lixiviação com ácido sulfúrico e adição de nitrato em temperaturas de 50, 70 e 90°C foram bem ajustados ao modelo pseudohomogêneo: dCS/dt = -k(CS-CSf)2, onde k = 1228 Exp(-5826/T), CSf(T) = 0,2T2 – 36T + 2000. CS e CSf estão em mg/kg, t em horas e T em °C. A energia de ativação aparente foi estimada como 11,6 kcal/mol, indicando que o controle do processo é químico.Submitted by Carmel Vasconcelos (carmel.ayres@gmail.com) on 2020-08-29T17:19:59Z No. of bitstreams: 1 Carmel_PEI_MSc.pdf: 5612468 bytes, checksum: 98fd21bbdeebf35c7f5aa7d2f8c58e15 (MD5)Approved for entry into archive by Escola Politécnica Biblioteca (biengproc@ufba.br) on 2020-09-02T18:55:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Carmel_PEI_MSc.pdf: 5612468 bytes, checksum: 98fd21bbdeebf35c7f5aa7d2f8c58e15 (MD5)Made available in DSpace on 2020-09-02T18:55:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carmel_PEI_MSc.pdf: 5612468 bytes, checksum: 98fd21bbdeebf35c7f5aa7d2f8c58e15 (MD5)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoTratamento de MinérioCaracterizaçãoNíquelLixiviaçãoFusão alcalinaMinério sulfetadoCaracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabelainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola PolitécnicaPrograma em Engenharia IndustrialUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALCarmel_PEI_MSc.pdfCarmel_PEI_MSc.pdfapplication/pdf5612468https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/1/Carmel_PEI_MSc.pdf98fd21bbdeebf35c7f5aa7d2f8c58e15MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1582https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/2/license.txt907e2b7d511fb2c3e42dbdd41a6197c6MD52TEXTCarmel_PEI_MSc.pdf.txtCarmel_PEI_MSc.pdf.txtExtracted texttext/plain190542https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/3/Carmel_PEI_MSc.pdf.txtba2c5ef17ff09e975f76673816be57feMD53ri/321812022-03-16 22:06:11.066oai:repositorio.ufba.br:ri/32181VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw4PCg8OCwqNvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwoPDgsKnYSwgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w4PCg8OCwrNyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBjw4PCg8OCwrNwaWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBjb20gYSBmaW5hbGlkYWRlLCBwcmltZWlyYSwgZGUgcHJlc2VydmHDg8KDw4LCp8ODwoPDgsKjby4gCgpFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7Dg8KDw4LCo28gZXhjbHVzaXZvcywgbWFudMODwoPDgsKpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnDg8KDw4LCp8ODwoPDgsKjbywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwoPDgsKnYSBlbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw4PCg8OCwqfDg8KDw4LCtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcODwoPDgsKnw4PCg8OCwrVlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50byAoTWV0YWRhZG9zIGRlc2NyaXRpdm9zKS4KCiBEZXN0YSBmb3JtYSwgYXRlbmRlbmRvIGFvcyBhbnNlaW9zIGRlc3NhIHVuaXZlcnNpZGFkZSBlbSBtYW50ZXIgc3VhIHByb2R1w4PCg8OCwqfDg8KDw4LCo28gY2llbnTDg8KDw4LCrWZpY2EgY29tIGFzIHJlc3RyacODwoPDgsKnw4PCg8OCwrVlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw4PCg8OCwrNkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDg8KDw4LCp8ODwoPDgsK1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDg8KDw4LCrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww4PCg8OCwrNzaXRvcyBjb21wdWxzw4PCg8OCwrNyaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBtYW50w4PCg8OCwqltIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudMODwoPDgsKpbSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhb3MgbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0YcODwoPDgsKnw4PCg8OCwqNvIGRlc3NlIHRlcm1vIG7Dg8KDw4LCo28gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8gcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-17T01:06:11Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
title Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
spellingShingle Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
Vasconcelos, Carmel Suzarte Ayres
Tratamento de Minério
Caracterização
Níquel
Lixiviação
Fusão alcalina
Minério sulfetado
title_short Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
title_full Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
title_fullStr Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
title_full_unstemmed Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
title_sort Caracterização e lixiviação do rejeito da usina de flotação de níquel da Mineração Mirabela
author Vasconcelos, Carmel Suzarte Ayres
author_facet Vasconcelos, Carmel Suzarte Ayres
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vasconcelos, Carmel Suzarte Ayres
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lima, Luiz Rogério Pinho de Andrade
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Lima, Luiz Rogério Pinho de Andrade
Leão, Versiane Albis
Barbosa, Luís Alberto Dantas
contributor_str_mv Lima, Luiz Rogério Pinho de Andrade
Lima, Luiz Rogério Pinho de Andrade
Leão, Versiane Albis
Barbosa, Luís Alberto Dantas
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Tratamento de Minério
topic Tratamento de Minério
Caracterização
Níquel
Lixiviação
Fusão alcalina
Minério sulfetado
dc.subject.por.fl_str_mv Caracterização
Níquel
Lixiviação
Fusão alcalina
Minério sulfetado
description O Complexo Fazenda Mirabela tem, como principal característica, a presença de mineralizações de Ni-Cu associadas a rochas máficas e ultramáficas. Neste trabalho, o níquel presente no rejeito da usina de flotação de sulfetos da Mina de Santa Rita foi caracterizado através de diferentes técnicas, visando elucidar a especiação do níquel nesse material. Análises com microscopia eletrônica de varredura e microssonda eletrônica foram realizadas, tendo indicado partículas de sulfeto de níquel não totalmente liberados. A lixiviação diagnóstica, para diferentes valores de pH, possibilitou a compreensão da solubilização dos principais elementos: Fe, Mg, Si, Mn, Ni, Cu e Cr. Adicionalmente, os resultados das análises de espectroscopia de absorção de raios-X (XANES e EXAFS) com amostras da usina apresentaram espectros com características mistas, com níquel coexistindo nas formas silicática e sulfetada. Já os estudos de mineralogia automática e liberação mostraram a presença de muitas partículas de sulfetos liberados que não foram coletados na etapa de flotação, na qual cerca de 30 a 50% dos sulfetos de níquel estão bem liberados no rejeito. Os testes de lixiviação com ácido sulfúrico e nitrato como agente oxidante possibilitaram a solubilização de 81% do níquel na amostra, enquanto a lixiviação com ácido sulfúrico, precedida de fusão alcalina, apresentou maior extração do metal (93%). Finalmente, os resultados de testes cinéticos de lixiviação com ácido sulfúrico e adição de nitrato em temperaturas de 50, 70 e 90°C foram bem ajustados ao modelo pseudohomogêneo: dCS/dt = -k(CS-CSf)2, onde k = 1228 Exp(-5826/T), CSf(T) = 0,2T2 – 36T + 2000. CS e CSf estão em mg/kg, t em horas e T em °C. A energia de ativação aparente foi estimada como 11,6 kcal/mol, indicando que o controle do processo é químico.
publishDate 2020
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2020-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-09-02T18:55:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-09-02T18:55:35Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-09-02
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32181
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32181
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola Politécnica
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa em Engenharia Industrial
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Escola Politécnica
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/1/Carmel_PEI_MSc.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32181/3/Carmel_PEI_MSc.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 98fd21bbdeebf35c7f5aa7d2f8c58e15
907e2b7d511fb2c3e42dbdd41a6197c6
ba2c5ef17ff09e975f76673816be57fe
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459615798558720