Aspectos clínicos na admissão e evolução de pacientes pediátricos com bacteremia por Staphylococcus aureus, comunitária ou associada aos cuidados à saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Eulina Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16355
Resumo: Os estudos internacionais e nacionais investem esforços para descrever as bacteremias causadas por Staphylococcus aureus, do ponto de vista do local de aquisição, em bacteremia comunitária ou associada aos cuidados à saúde, bem como, pela identificação das cepas quanto à resistência aos antibióticos, comparando manifestações clínicas quando as cepas são sensíveis ou resistentes à meticilina. Porém, poucos estudos comparam as manifestações e evolução clínica das bacteremias com origem na comunidade em relação com as associadas aos cuidados à saúde, com objetivo de usá-los no direcionamento da terapia empírica na admissão. Após busca sistemática, foram identificados oitenta casos de crianças com bacteremia por S. aureus, sendo quarenta comunitários e quarenta associados aos cuidados à saúde, num período de onze anos. Dados clínicos e bacteriológicos foram registrados e permitiram a classificação nos dois grupos. Metade dos pacientes ( n= 40) foram casos comunitários e a outra metade (n= 40) foram casos de bacteremia associada aos cuidados à saúde. Quarenta e oito (60%) eram do sexo masculino e a mediana da idade foi 1,6 anos. Quanto à resistência à meticilina, nos pacientes com bacteremia de aquisição comunitária, 5 (12,5%) das cepas eram resistentes, enquanto que nos casos associados aos cuidados à saúde 7 (17,5%), eram resistentes (p= 0,5). Doença crônica subjacente (77,5% vs 32,5%; p ˂ 0,001) e desnutrição (41% vs 15%, p = 0,01) foram significativamente mais frequentes nos casos associados aos cuidados à saúde, assim como maior tempo de permanência no hospital (29 [20-49] vs 15 [7-22] dias, p ˂ 0,001), independentemente da resistência a meticilina. Artrite/osteomielite foram significativamente mais comuns nos casos comunitários (22% vs 5,0%, p = 0,02). Doenças pré-existentes foram mais frequentes nos pacientes com bacteremia de aquisição associada aos cuidados à saúde, sendo provável causa de maior tempo de permanência hospitalar nesse grupo.
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Após busca sistemática, foram identificados oitenta casos de crianças com bacteremia por S. aureus, sendo quarenta comunitários e quarenta associados aos cuidados à saúde, num período de onze anos. Dados clínicos e bacteriológicos foram registrados e permitiram a classificação nos dois grupos. Metade dos pacientes ( n= 40) foram casos comunitários e a outra metade (n= 40) foram casos de bacteremia associada aos cuidados à saúde. Quarenta e oito (60%) eram do sexo masculino e a mediana da idade foi 1,6 anos. Quanto à resistência à meticilina, nos pacientes com bacteremia de aquisição comunitária, 5 (12,5%) das cepas eram resistentes, enquanto que nos casos associados aos cuidados à saúde 7 (17,5%), eram resistentes (p= 0,5). 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