As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIAS
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37104
Resumo: A captura incidental de tartarugas marinhas pela pesca é indicada como uma das principais ameaças a esse grupo de vertebrados. Com o objetivo de identificar a sobreposição entre áreas de pesca e de uso das tartarugas marinhas Lepidochelys olivacea, Caretta caretta e Eretmochelys imbricata, foi executado o programa de monitoramento marinho denominado Assombração. O monitoramento marinho compreendeu o litoral sul de Alagoas até o litoral norte da Bahia e foi realizado entre setembro de 2010 e junho de 2013. As embarcações de pesca avistadas eram registradas e os pescadores entrevistados por meio de questionários semiestruturados. De modo a caracterizar a captura de tartarugas marinhas, pescadores que atuam na captura de camarões com redes de arrasto, sediados no município de Pirambu, foram incentivados à preencher voluntariamente mapas de bordo durante o período de outubro de 2010 e junho de 2012. As pescarias registradas foram o arrasto de camarão (56%), linha e anzol (28%) e redes de emalhe (12%) além de outras pescarias com menor representatividade (4%). A pesca com redes de arrasto, predominante entre o sul de Alagoas e todo o litoral sergipano, apresentou considerável sobreposição com áreas de uso da tartaruga L. olivacea. Já a pesca de linha, presente nos 380 km da área de estudo, apresentou parcial sobreposição com área de uso da espécie C. caretta, no litoral norte da Bahia. A rede de emalhe foi a arte de pesca mais costeira dentre as registradas. Esta pescaria apresentou baixa sobreposição com áreas utilizadas pelas três espécies de tartaruga marinha consideradas neste estudo. O presente estudo estimou que a frota de arrasto que atua na região (168 barcos) captura 624 a 1640 tartarugas anualmente e que dada à sobreposição de áreas de uso e outras evidências que vinculam a mortalidade dos animais à pesca. De modo a reduzir a interação das tartarugas marinhas com as pescarias, recomenda-se: 1) adoção de um período de proibição da pesca com redes de arrasto que compreenda os meses de novembro, dezembro e janeiro, assim como a definição de áreas de exclusão de pesca no trecho da plataforma continental associado aos cânions submarinos do São Francisco e Japaratuba. Tais medidas terão maior efetividade se associadas aos programas de monitoramento das capturas incidentais, fiscalização, e contínua avaliação de parâmetros da biologia dos camarões, espécies alvos da principal pescaria registrada.
id UFBA-2_b661a4603c5b35601be926683b9feae5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/37104
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2023-05-31T15:32:12Z2023-05-31T15:32:12Z2016-10-27https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37104A captura incidental de tartarugas marinhas pela pesca é indicada como uma das principais ameaças a esse grupo de vertebrados. Com o objetivo de identificar a sobreposição entre áreas de pesca e de uso das tartarugas marinhas Lepidochelys olivacea, Caretta caretta e Eretmochelys imbricata, foi executado o programa de monitoramento marinho denominado Assombração. O monitoramento marinho compreendeu o litoral sul de Alagoas até o litoral norte da Bahia e foi realizado entre setembro de 2010 e junho de 2013. As embarcações de pesca avistadas eram registradas e os pescadores entrevistados por meio de questionários semiestruturados. De modo a caracterizar a captura de tartarugas marinhas, pescadores que atuam na captura de camarões com redes de arrasto, sediados no município de Pirambu, foram incentivados à preencher voluntariamente mapas de bordo durante o período de outubro de 2010 e junho de 2012. As pescarias registradas foram o arrasto de camarão (56%), linha e anzol (28%) e redes de emalhe (12%) além de outras pescarias com menor representatividade (4%). A pesca com redes de arrasto, predominante entre o sul de Alagoas e todo o litoral sergipano, apresentou considerável sobreposição com áreas de uso da tartaruga L. olivacea. Já a pesca de linha, presente nos 380 km da área de estudo, apresentou parcial sobreposição com área de uso da espécie C. caretta, no litoral norte da Bahia. A rede de emalhe foi a arte de pesca mais costeira dentre as registradas. Esta pescaria apresentou baixa sobreposição com áreas utilizadas pelas três espécies de tartaruga marinha consideradas neste estudo. O presente estudo estimou que a frota de arrasto que atua na região (168 barcos) captura 624 a 1640 tartarugas anualmente e que dada à sobreposição de áreas de uso e outras evidências que vinculam a mortalidade dos animais à pesca. De modo a reduzir a interação das tartarugas marinhas com as pescarias, recomenda-se: 1) adoção de um período de proibição da pesca com redes de arrasto que compreenda os meses de novembro, dezembro e janeiro, assim como a definição de áreas de exclusão de pesca no trecho da plataforma continental associado aos cânions submarinos do São Francisco e Japaratuba. Tais medidas terão maior efetividade se associadas aos programas de monitoramento das capturas incidentais, fiscalização, e contínua avaliação de parâmetros da biologia dos camarões, espécies alvos da principal pescaria registrada.Incidental capture in fishing gear (also known as bycatch) is considered one of the greatest threats to sea turtles. In order to identify overlaps between fishing areas and sea turtle habitats for Lepidochelys olivacea, Caretta caretta and Eretmochelys imbricata, a marine monitoring program, called “Assombração” was conducted, covering an area that extends from the southern coast of Alagoas to the northern coast of Bahia, from September 2010 to June 2013. All fishing vessels sighted were registered and fishermen were interviewed through semi-structured questionnaires. Additionally, from October 2010 to June 2012, voluntary logbooks were used by the shrimp trawl fleet, based in Pirambu, to monitor sea turtle bycatch. The main fishing activities registered in the area were shrimp trawling (56%), hook-and-line (28%), gillnets (12%) and other types of gear, representing a relatively smaller percentage (4%). Trawling fisheries, prevailing in southern Alagoas, extending across the entire coastline of Sergipe, overlapped considerably with L. olivacea habitats.The hook-and-line fishing, which was registered along 380 km of the study area showed partial overlap with C. Caretta areas, on the northern coast of Bahia. Gillnet fishing, which usually takes place in coastal waters, showed reduced overlap with areas of occurrence of the three species from this study. The present study estimates that the trawl fleet operating in the study area (168 vessels) captures an amount of 624-1640 turtles annually, given the overlap of fisheries and sea turtle habitats, as well as other evidence linking sea turtle mortality to fishing. In order to reduce se turtle bycatch, the following measures are recommended: 1) Establishment of seasonal closure periods from November to January, as well as the reduction in the exclusion zone along the continental shelf associated with San Francisco and Japaratuba submarine canyons. The effectiveness of such measures depend directly on bycatch minitoring, enforcement, as well as on the continuous assessment of shrimp biological parameters, which are the target species for trawling.Submitted by mp ecologia (mpecologia@ufba.br) on 2023-05-30T20:19:06Z No. of bitstreams: 1 Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf: 3011789 bytes, checksum: b19a4074050553bc1466f9c0cdd2e0c9 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2023-05-31T15:32:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf: 3011789 bytes, checksum: b19a4074050553bc1466f9c0cdd2e0c9 (MD5)Made available in DSpace on 2023-05-31T15:32:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf: 3011789 bytes, checksum: b19a4074050553bc1466f9c0cdd2e0c9 (MD5) Previous issue date: 2016-10-27porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA UFBABrasilInstituto de BiologiaMarine monitoringFishingOverlapsSea turtlesCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA APLICADAMonitoramento marinhoPescaSobreposição de áreasTartarugas marinhasAs pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do BrasilMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionGONCALVES, JEAMYLLE NILINhttp://lattes.cnpq.br/0698810200722225Santos, Erik Allan Pinheiro doshttp://lattes.cnpq.br/9134904502105517GONCALVES, JEAMYLLE NILINhttp://lattes.cnpq.br/0698810200722225SOUZA, MARIO JOSE FONSECA THOME DEhttp://lattes.cnpq.br/1295051885663562HIROSE, GUSTAVO LUIShttp://lattes.cnpq.br/5421687474346236http://lattes.cnpq.br/4487016847087626OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIASreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALFabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdfFabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdfapplication/pdf3011789https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/1/Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdfb19a4074050553bc1466f9c0cdd2e0c9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52TEXTFabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf.txtFabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain101331https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/3/Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf.txt11fdd4f35afc5b25257723003eced4c0MD53ri/371042023-06-03 02:04:08.797oai:repositorio.ufba.br:ri/37104TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-06-03T05:04:08Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
title As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
spellingShingle As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIAS
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA APLICADA
Monitoramento marinho
Pesca
Sobreposição de áreas
Tartarugas marinhas
Marine monitoring
Fishing
Overlaps
Sea turtles
title_short As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
title_full As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
title_fullStr As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
title_full_unstemmed As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
title_sort As pescarias costeiras em áreas de reprodução de tartarugas marinhas no nordeste do Brasil
author OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIAS
author_facet OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIAS
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GONCALVES, JEAMYLLE NILIN
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0698810200722225
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Santos, Erik Allan Pinheiro dos
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9134904502105517
dc.contributor.referee1.fl_str_mv GONCALVES, JEAMYLLE NILIN
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0698810200722225
dc.contributor.referee2.fl_str_mv SOUZA, MARIO JOSE FONSECA THOME DE
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1295051885663562
dc.contributor.referee3.fl_str_mv HIROSE, GUSTAVO LUIS
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5421687474346236
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4487016847087626
dc.contributor.author.fl_str_mv OLIVEIRA, FABIO LIRA DAS CANDEIAS
contributor_str_mv GONCALVES, JEAMYLLE NILIN
Santos, Erik Allan Pinheiro dos
GONCALVES, JEAMYLLE NILIN
SOUZA, MARIO JOSE FONSECA THOME DE
HIROSE, GUSTAVO LUIS
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA APLICADA
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA APLICADA
Monitoramento marinho
Pesca
Sobreposição de áreas
Tartarugas marinhas
Marine monitoring
Fishing
Overlaps
Sea turtles
dc.subject.por.fl_str_mv Monitoramento marinho
Pesca
Sobreposição de áreas
Tartarugas marinhas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Marine monitoring
Fishing
Overlaps
Sea turtles
description A captura incidental de tartarugas marinhas pela pesca é indicada como uma das principais ameaças a esse grupo de vertebrados. Com o objetivo de identificar a sobreposição entre áreas de pesca e de uso das tartarugas marinhas Lepidochelys olivacea, Caretta caretta e Eretmochelys imbricata, foi executado o programa de monitoramento marinho denominado Assombração. O monitoramento marinho compreendeu o litoral sul de Alagoas até o litoral norte da Bahia e foi realizado entre setembro de 2010 e junho de 2013. As embarcações de pesca avistadas eram registradas e os pescadores entrevistados por meio de questionários semiestruturados. De modo a caracterizar a captura de tartarugas marinhas, pescadores que atuam na captura de camarões com redes de arrasto, sediados no município de Pirambu, foram incentivados à preencher voluntariamente mapas de bordo durante o período de outubro de 2010 e junho de 2012. As pescarias registradas foram o arrasto de camarão (56%), linha e anzol (28%) e redes de emalhe (12%) além de outras pescarias com menor representatividade (4%). A pesca com redes de arrasto, predominante entre o sul de Alagoas e todo o litoral sergipano, apresentou considerável sobreposição com áreas de uso da tartaruga L. olivacea. Já a pesca de linha, presente nos 380 km da área de estudo, apresentou parcial sobreposição com área de uso da espécie C. caretta, no litoral norte da Bahia. A rede de emalhe foi a arte de pesca mais costeira dentre as registradas. Esta pescaria apresentou baixa sobreposição com áreas utilizadas pelas três espécies de tartaruga marinha consideradas neste estudo. O presente estudo estimou que a frota de arrasto que atua na região (168 barcos) captura 624 a 1640 tartarugas anualmente e que dada à sobreposição de áreas de uso e outras evidências que vinculam a mortalidade dos animais à pesca. De modo a reduzir a interação das tartarugas marinhas com as pescarias, recomenda-se: 1) adoção de um período de proibição da pesca com redes de arrasto que compreenda os meses de novembro, dezembro e janeiro, assim como a definição de áreas de exclusão de pesca no trecho da plataforma continental associado aos cânions submarinos do São Francisco e Japaratuba. Tais medidas terão maior efetividade se associadas aos programas de monitoramento das capturas incidentais, fiscalização, e contínua avaliação de parâmetros da biologia dos camarões, espécies alvos da principal pescaria registrada.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-10-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-31T15:32:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-31T15:32:12Z
dc.type.driver.fl_str_mv Mestrado Acadêmico
info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37104
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37104
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA 
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Biologia
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/1/Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37104/3/Fabio_Lira_Candeias_Oliveira_2016.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b19a4074050553bc1466f9c0cdd2e0c9
67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b
11fdd4f35afc5b25257723003eced4c0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459664964190208