Efeitos da estimulação elétrica transcraniana na motricidade de crianças com paralisia cerebral: uma Revisão Sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23588 |
Resumo: | A paralisia cerebral (PC) é o mais comum distúrbio do desenvolvimento associado a comprometimento e incapacidade permanentes da função motora. A condição é definida como um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura, causando limitação de atividades que são atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro fetal ou infantil em desenvolvimento. Os paradigmas da estimulação transcraniana têm recebido um grande interesse nos últimos anos como uma ferramenta para modulação da excitabilidade cortical e comportamento em uma variedade de situações clínicas e condições experimentais. De outra forma, as terapias atuais para a paralisia cerebral promovem desfechos limitados e incertos. Novas alternativas terapêuticas com maior eficácia, segurança e durabilidade devem ser aventadas a fim de proporcionar melhora da qualidade de vida do paciente com PC. Pesquisas têm demonstrado que a estimulação transcraniana por corrente contínua é uma técnica segura em seres humanos, onde o córtex cerebral é estimulado através de uma corrente elétrica de baixa intensidade, de forma não invasiva e não dolorosa. Objetivo: O objetivo principal do estudo é determinar o nível de evidência na literatura científica acerca dos efeitos da eletroestimulação transcraniana por corrente contínua na motricidade de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Métodos: A revisão foi realizada de acordo com os critérios do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA). Para a realização desta revisão foram considerados os artigos publicados em inglês, português, espanhol e francês, sem restrição de período, e que utilizaram a ETCC como intervenção. Foram usados os descritores “transcranial direct current stimulation”, “tDCS”, “brain polarization” ou “galvanic stimulation”, com “cerebral palsy” ou “ cerebral paralysis” e foram feitas buscas por dois revisores nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS, Biblioteca Cochrane e Clinical Trials. Foi feita também uma busca indireta de artigos encontrados nas referências dos estudos selecionados. Resultados: Inicialmente foram identificadas 21 publicações relevantes, das quais 15 foram excluídas por duplicação ou por não preencherem os critérios de inclusão. Dentre os 6 selecionados, todos preencheram os critérios de busca ( 6 ensaios clínicos) e foram incluídos para análise final. Todos os estudos incluídos nesta revisão mostraram efeitos significativos da aplicação do ETCC na motricidade de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Discussão: 5 O número de estudos sobre o tema é limitado e há necessidade de se desenvolver mais estudos nessa área. Contudo, a evidência disponível na literatura aponta que a estimulação com ETCC no córtex motor primário de pacientes com PC traz benefícios para essa população, como melhoras nas variáveis da marcha e do equilíbrio, no grau de espasticidade e na funcionalidade desses pacientes. Mesmo que alguns estudos tenham apresentado desfechos comuns, existem diferenças quanto à aplicação da técnica e tempo de follow-up, além de variações nos instrumentos de avaliação, o que impossibilita o agrupamento dos estudos para uma metanálise e prejudica a avaliação do impacto da ETCC em crianças com PC. A técnica é bem tolerada na população pediátrica, apresentando afeitos adversos mínimos. Conclusão: Mesmo com o numero limitado de estudos os resultados dessa revisão sistemática evidenciaram efeitos positivos da ETCC sobre crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Entretanto, como não foi possível realizar metanálise ainda não se pode aferir com acurácia o impacto da ETCC em crianças com PC. Novos estudos que comprovem sua eficácia devem ser realizados, desta forma a ETCC pode representar uma opção terapêutica segura para essa população. |
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Novas alternativas terapêuticas com maior eficácia, segurança e durabilidade devem ser aventadas a fim de proporcionar melhora da qualidade de vida do paciente com PC. Pesquisas têm demonstrado que a estimulação transcraniana por corrente contínua é uma técnica segura em seres humanos, onde o córtex cerebral é estimulado através de uma corrente elétrica de baixa intensidade, de forma não invasiva e não dolorosa. Objetivo: O objetivo principal do estudo é determinar o nível de evidência na literatura científica acerca dos efeitos da eletroestimulação transcraniana por corrente contínua na motricidade de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Métodos: A revisão foi realizada de acordo com os critérios do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA). Para a realização desta revisão foram considerados os artigos publicados em inglês, português, espanhol e francês, sem restrição de período, e que utilizaram a ETCC como intervenção. Foram usados os descritores “transcranial direct current stimulation”, “tDCS”, “brain polarization” ou “galvanic stimulation”, com “cerebral palsy” ou “ cerebral paralysis” e foram feitas buscas por dois revisores nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS, Biblioteca Cochrane e Clinical Trials. Foi feita também uma busca indireta de artigos encontrados nas referências dos estudos selecionados. Resultados: Inicialmente foram identificadas 21 publicações relevantes, das quais 15 foram excluídas por duplicação ou por não preencherem os critérios de inclusão. Dentre os 6 selecionados, todos preencheram os critérios de busca ( 6 ensaios clínicos) e foram incluídos para análise final. Todos os estudos incluídos nesta revisão mostraram efeitos significativos da aplicação do ETCC na motricidade de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Discussão: 5 O número de estudos sobre o tema é limitado e há necessidade de se desenvolver mais estudos nessa área. Contudo, a evidência disponível na literatura aponta que a estimulação com ETCC no córtex motor primário de pacientes com PC traz benefícios para essa população, como melhoras nas variáveis da marcha e do equilíbrio, no grau de espasticidade e na funcionalidade desses pacientes. Mesmo que alguns estudos tenham apresentado desfechos comuns, existem diferenças quanto à aplicação da técnica e tempo de follow-up, além de variações nos instrumentos de avaliação, o que impossibilita o agrupamento dos estudos para uma metanálise e prejudica a avaliação do impacto da ETCC em crianças com PC. A técnica é bem tolerada na população pediátrica, apresentando afeitos adversos mínimos. Conclusão: Mesmo com o numero limitado de estudos os resultados dessa revisão sistemática evidenciaram efeitos positivos da ETCC sobre crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Entretanto, como não foi possível realizar metanálise ainda não se pode aferir com acurácia o impacto da ETCC em crianças com PC. Novos estudos que comprovem sua eficácia devem ser realizados, desta forma a ETCC pode representar uma opção terapêutica segura para essa população.Submitted by Santos Henrique Luiz (henluiz@ufba.br) on 2017-05-03T14:47:46Z No. of bitstreams: 1 Mayara Nunes Bento.pdf: 1160468 bytes, checksum: c3ae8caaf13daf230266fd19a10e3b9a (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-18T15:00:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Mayara Nunes Bento.pdf: 1160468 bytes, checksum: c3ae8caaf13daf230266fd19a10e3b9a (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-18T15:00:42Z (GMT). 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