Análise dos impactos socioeconômicos e ambientais da carcinicultura marinha no município de Santo Amaro: estudo de caso do distrito de Acupe
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9243 |
Resumo: | A carcinicultura em Acupe, a exemplo do que acontece em todo o nordeste brasileiro, é praticada em estuários; em áreas de preservação permanente, preferencialmente, mangues e apicuns; gera poucos empregos formais e informais de caráter temporário, em época de despesca e de construção de viveiros; pagando muito pouco (até um salário mínimo) à maior parte dos trabalhadores; a maioria das fazendas não cumpre as determinações da Resolução CONAMA 312/2002; quase a totalidade das empresas não possui licença ambiental, gera muitos conflitos de uso (de terras e de águas) com as comunidades onde se instalam. A renda gerada na atividade não fica na localidade onde as empresas estão instaladas. O presente estudo se propõe a identificar e descrever não só os impactos sócio-econômicos e ambientais da carcinicultura em Acupe, como também identificar o padrão tecnológico, a quantidade e qualidade dos empregos gerados, a contribuição das empresas para a melhoria da qualidade de vida da população local e como esta população vê a atividade. Os resultados indicam que a atividade opera desordenadamente. Somente duas empresas possuem registro comercial; o padrão tecnológico, exceto o da empresa estatal Bahia Pesca, é rudimentar, não possuem os equipamentos básicos para garantir a qualidade e a quantidade adequada do produto final, de acordo com a matriz de insumo/produto. Nenhuma das empresas possui licença ambiental para funcionar, inclusive a estatal. As condições de vida da população local pioraram, já que a renda média caiu e o número de pessoas que dependiam do mar e do mangue para sobreviver aumentou, a comunidade tem a pior impressão da atividade, pois, além de poluir o meio ambiente, diminuiu a área, de onde, antes, podia retirar seu sustento. |
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Cordeiro, João Augusto NunesCordeiro, João Augusto NunesMata, Henrique Tomé da Costa2013-03-25T13:45:28Z2013-03-25T13:45:28Z2008http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9243A carcinicultura em Acupe, a exemplo do que acontece em todo o nordeste brasileiro, é praticada em estuários; em áreas de preservação permanente, preferencialmente, mangues e apicuns; gera poucos empregos formais e informais de caráter temporário, em época de despesca e de construção de viveiros; pagando muito pouco (até um salário mínimo) à maior parte dos trabalhadores; a maioria das fazendas não cumpre as determinações da Resolução CONAMA 312/2002; quase a totalidade das empresas não possui licença ambiental, gera muitos conflitos de uso (de terras e de águas) com as comunidades onde se instalam. A renda gerada na atividade não fica na localidade onde as empresas estão instaladas. O presente estudo se propõe a identificar e descrever não só os impactos sócio-econômicos e ambientais da carcinicultura em Acupe, como também identificar o padrão tecnológico, a quantidade e qualidade dos empregos gerados, a contribuição das empresas para a melhoria da qualidade de vida da população local e como esta população vê a atividade. Os resultados indicam que a atividade opera desordenadamente. Somente duas empresas possuem registro comercial; o padrão tecnológico, exceto o da empresa estatal Bahia Pesca, é rudimentar, não possuem os equipamentos básicos para garantir a qualidade e a quantidade adequada do produto final, de acordo com a matriz de insumo/produto. Nenhuma das empresas possui licença ambiental para funcionar, inclusive a estatal. As condições de vida da população local pioraram, já que a renda média caiu e o número de pessoas que dependiam do mar e do mangue para sobreviver aumentou, a comunidade tem a pior impressão da atividade, pois, além de poluir o meio ambiente, diminuiu a área, de onde, antes, podia retirar seu sustento.Submitted by Veloso Valdinea (valdinea@gmail.com) on 2013-03-22T18:01:20Z No. of bitstreams: 1 MONOGRAFIA JOÃO A. N. CORDEIRO.pdf: 1633298 bytes, checksum: 947a38d3f623e5850d7b6c0493cb278e (MD5)Approved for entry into archive by Vania Magalhaes(magal@ufba.br) on 2013-03-25T13:45:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MONOGRAFIA JOÃO A. N. CORDEIRO.pdf: 1633298 bytes, checksum: 947a38d3f623e5850d7b6c0493cb278e (MD5)Made available in DSpace on 2013-03-25T13:45:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MONOGRAFIA JOÃO A. N. 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