NASF: fragmentação ou integração do trabalho em saúde na APS?
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18334 |
Resumo: | Nas últimas duas décadas, a Estratégia Saúde da Família evoluiu nos municípios e com a implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) a atenção primária à saúde (APS) passou a contar com equipes que deveriam atuar em estreita parceria. Entretanto, ainda permanecem na literatura lacunas relacionadas à análise do processo de trabalho do NASF e suas relações técnicas e sociais. Esse estudo teve como objetivo analisar as práticas de saúde da equipe NASF, a fim de identificar se a inserção destes profissionais na APS reforça a fragmentação do trabalho em saúde ou fomenta a integração de suas práticas. Trata-se de um estudo de caso realizado em um município baiano, onde investigamos a equipe NASF e três EqSF. O estudo fundamenta-se nos referencias teóricos da teoria do processo de trabalho em saúde e dos modelos de atenção à saúde. Foram utilizadas como fontes de evidência documentos do município e da equipe NASF, informações registradas no diário de campo do pesquisador e realizadas 14 entrevistas semi-estruturadas envolvendo os integrantes do Núcleo de Apoio, médicas e enfermeiras de três EqSF, gestoras da atenção básica e uma profissional responsável por uma pesquisa de promoção à saúde, que os profissionais da APS do município participaram. A análise dos dados envolveu a técnica de triangulação de dados e fontes, e para compreensão das práticas foi utilizada uma matriz elaborada com a representação do “tipo ideal” de NASF por referência a cada modelo de atenção. Os resultados evidenciaram que a maioria dos profissionais nunca havia atuado na APS e não possuía formação em saúde coletiva. Apesar de terem sido identificados os principais agravos e problemas que acometiam a populaçãofoi evidente que a equipe NASF não enfatizou os determinantes sociais nas suas atividades.Os instrumentos de trabalho utilizados por estes profissionais foram relacionados à tecnologia material médica e ações de tecnologia sanitária. As atividades realizadas envolveram palestras, atendimentos, visitas e grupos nas unidades e instituições do território. Já as relações técnicas e sociais têm ocorrido com ausência de espaços compartilhados de decisões, circulação da informação limitada e existência de conflitos entre as equipes. Foi possível identificar que a equipe investigada se aproxima mais das características dos modelos hegemônicos. Destaca-se que a inserção dos profissionais do Núcleo de Apoio na APS tem possibilitado as EqSF do município ampliar suas atividades. Porém, existem desafios de diversas ordens que limitam as práticas e impõem entraves as relações técnicas e sociais tornando o processo de trabalho fragmentado. São necessárias outras pesquisas de natureza empírica que problematizem o trabalho da equipe NASF, aprofundem a compreensão das relações estabelecidas com as EqSF e avaliem a efetividade das suas atividades. |
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O estudo fundamenta-se nos referencias teóricos da teoria do processo de trabalho em saúde e dos modelos de atenção à saúde. Foram utilizadas como fontes de evidência documentos do município e da equipe NASF, informações registradas no diário de campo do pesquisador e realizadas 14 entrevistas semi-estruturadas envolvendo os integrantes do Núcleo de Apoio, médicas e enfermeiras de três EqSF, gestoras da atenção básica e uma profissional responsável por uma pesquisa de promoção à saúde, que os profissionais da APS do município participaram. A análise dos dados envolveu a técnica de triangulação de dados e fontes, e para compreensão das práticas foi utilizada uma matriz elaborada com a representação do “tipo ideal” de NASF por referência a cada modelo de atenção. Os resultados evidenciaram que a maioria dos profissionais nunca havia atuado na APS e não possuía formação em saúde coletiva. Apesar de terem sido identificados os principais agravos e problemas que acometiam a populaçãofoi evidente que a equipe NASF não enfatizou os determinantes sociais nas suas atividades.Os instrumentos de trabalho utilizados por estes profissionais foram relacionados à tecnologia material médica e ações de tecnologia sanitária. As atividades realizadas envolveram palestras, atendimentos, visitas e grupos nas unidades e instituições do território. Já as relações técnicas e sociais têm ocorrido com ausência de espaços compartilhados de decisões, circulação da informação limitada e existência de conflitos entre as equipes. Foi possível identificar que a equipe investigada se aproxima mais das características dos modelos hegemônicos. Destaca-se que a inserção dos profissionais do Núcleo de Apoio na APS tem possibilitado as EqSF do município ampliar suas atividades. Porém, existem desafios de diversas ordens que limitam as práticas e impõem entraves as relações técnicas e sociais tornando o processo de trabalho fragmentado. São necessárias outras pesquisas de natureza empírica que problematizem o trabalho da equipe NASF, aprofundem a compreensão das relações estabelecidas com as EqSF e avaliem a efetividade das suas atividades.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-12-02T18:52:44Z No. of bitstreams: 1 DISS ACADEM. Thiago Santos de Souza. 2015.pdf: 816591 bytes, checksum: 932a1762a707d59c8c080d54e7e91e05 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-12-02T18:53:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS ACADEM. Thiago Santos de Souza. 2015.pdf: 816591 bytes, checksum: 932a1762a707d59c8c080d54e7e91e05 (MD5)Made available in DSpace on 2015-12-02T18:53:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS ACADEM. 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