Fatores associados ao transtorno mental comum em mulheres em situação de violência conjugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Josinete Gonçalves dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39989
Resumo: A vivência de violência conjugal é um problema de saúde pública e ocasiona inúmeras repercussões para vida das mulheres experienciam. Frente isso, o conhecimento sobre quem são as mulheres em situação de violência conjugal e os fatores que estão associados ao Transtorno Mental Comum, nesse grupo, é de suma importância para protegê-las e elaborar estratégias de prevenção e enfrentamento, principalmente para essas que estão mais vulneráveis. Diante disso, delineou-se como objetivo geral: Investigar os fatores associados ao Transtorno Mental Comum em mulheres em situação de violência conjugal atendidas pela Operação Ronda Maria da Penha. Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, do tipo corte transversal, cuja a amostra foi composta por 231 mulheres em situação de violência conjugal com Medida Protetiva de Urgência que são acompanhadas pela Operação Ronda Maria da Penha. Com intuito de alcançar os objetivos, adotou-se como variável dependente: Transtorno Mental Comum. As variáveis independentes foram: sociodemográficas, expressões da vivência de violência na infância, vivência de violência conjugal na vida adulta, uso de drogas e comorbidades. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado, no período de janeiro a maio de 2021. Os mesmos foram organizados do programa Microsoft Office Excel e posteriormente transportados para o STATA versão 12, para análise. Inicialmente, foi efetuada a análise exploratória por meio da estatística descritiva para caracterização da amostra estudada. Em seguida, foi realizada a analise bivariada para verificar a associação as variáveis independentes e o Transtorno Mental Comum, para isso foi realizado o cálculo da razão de prevalência (RP). O nível de significância estatística adotado em todas as análises foi de 5% (α  0,05) e IC 95%. O valor de p foi obtido pelo Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fischer. Resultados: O estudo mostrou associação entre fatores sociodemográficos, vivência violência conjugal e Transtorno Mental Comum. Destacando que houve uma associação estatisticamente significante (p 0,05) do Transtorno com as seguintes variáveis: o tempo de vivência na relação violenta (RP = 1,21), ter experienciado a violências psicológica (RP = 2,78), a violência sexual (RP = 1,41) e as cinco as expressões da violência (RP = 1,22). Verificou uma associação estaticamente significante entre a vivência de violência na infância/adolescência e desfecho, sendo que as mulheres que presenciaram a violência física (RP=1,20; p=0,04) e aquelas que sofreram tanto a psicológica (RP=1,32; p=0,01) quanto a física (RP=1,25; p=0,016) tinham mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, do que aquelas que não presenciaram, ou não sofreram este tipo de agravo, nessa fase da vida. Estes resultados evidencia o grupo de mulheres em situação de violência conjugal que tem mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, mostrando assim a necessidade de direcionar as ações de cuidado a esse grupo que está mais vulnerável.
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Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, do tipo corte transversal, cuja a amostra foi composta por 231 mulheres em situação de violência conjugal com Medida Protetiva de Urgência que são acompanhadas pela Operação Ronda Maria da Penha. Com intuito de alcançar os objetivos, adotou-se como variável dependente: Transtorno Mental Comum. As variáveis independentes foram: sociodemográficas, expressões da vivência de violência na infância, vivência de violência conjugal na vida adulta, uso de drogas e comorbidades. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado, no período de janeiro a maio de 2021. Os mesmos foram organizados do programa Microsoft Office Excel e posteriormente transportados para o STATA versão 12, para análise. Inicialmente, foi efetuada a análise exploratória por meio da estatística descritiva para caracterização da amostra estudada. Em seguida, foi realizada a analise bivariada para verificar a associação as variáveis independentes e o Transtorno Mental Comum, para isso foi realizado o cálculo da razão de prevalência (RP). O nível de significância estatística adotado em todas as análises foi de 5% (α  0,05) e IC 95%. O valor de p foi obtido pelo Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fischer. Resultados: O estudo mostrou associação entre fatores sociodemográficos, vivência violência conjugal e Transtorno Mental Comum. Destacando que houve uma associação estatisticamente significante (p 0,05) do Transtorno com as seguintes variáveis: o tempo de vivência na relação violenta (RP = 1,21), ter experienciado a violências psicológica (RP = 2,78), a violência sexual (RP = 1,41) e as cinco as expressões da violência (RP = 1,22). Verificou uma associação estaticamente significante entre a vivência de violência na infância/adolescência e desfecho, sendo que as mulheres que presenciaram a violência física (RP=1,20; p=0,04) e aquelas que sofreram tanto a psicológica (RP=1,32; p=0,01) quanto a física (RP=1,25; p=0,016) tinham mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, do que aquelas que não presenciaram, ou não sofreram este tipo de agravo, nessa fase da vida. Estes resultados evidencia o grupo de mulheres em situação de violência conjugal que tem mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, mostrando assim a necessidade de direcionar as ações de cuidado a esse grupo que está mais vulnerável.The experience of conjugal violence is a public health problem and causes numerous repercussions for the lives of women who experience it. In view of this, knowledge about who the women in situations of domestic violence are and the factors that are associated with Common Mental Disorder, in this group, is of paramount importance to protect them and develop prevention and coping strategies, especially for those who are more vulnerable. In view of this, the general objective was: To investigate the factors associated with Common Mental Disorder in women in situations of domestic violence assisted by the Ronda Maria da Penha Operation. Method: This is a study with a quantitative approach, of the cross-sectional type, whose sample consisted of 231 women in situations of domestic violence with an Emergency Protective Measure who are accompanied by the Ronda Maria da Penha Operation. In order to achieve the objectives, the following dependent variable was adopted: Common Mental Disorder. The independent variables were: Sociodemographic, expressions of experiencing violence in childhood, experiencing marital violence in adult life, drug use and comorbidities. Data were collected using a structured form, from January to May 2021. They were organized using the Microsoft Office Excel program and subsequently transferred to STATA version 12 for analysis. Initially, an exploratory analysis was performed using descriptive statistics to characterize the studied sample. Then, the bivariate analysis was performed to verify the association between the independent variables and the Common Mental Disorder, for which the prevalence ratio (PR) was calculated. The level of statistical significance adopted in all analyzes was 5% (α  0.05) and 95% CI. The p-value was obtained by Pearson's chi-square or Fisher's Exact. Results: The study showed an association between sociodemographic factors, experiencing marital violence and Common Mental Disorder. Noting that there was a statistically significant association (p 0.05) between the Disorder and the following variables: length of experience in a violent relationship (PR = 1.21), having experienced psychological violence (PR = 2.78), sexual violence (PR = 1.41) and the five expressions of violence (PR = 1.22). There was also a statistically significant association between the experience of violence in childhood/adolescence and the outcome, with women who witnessed physical violence (PR=1.20; p=0.04) and those who suffered both psychological violence (PR=1. 32; p=0.01) and physical (PR=1.25; p=0.016) were more likely to develop the Common Mental Disorder than those who did not witness, or did not suffer this type of injury, in this phase of life. life. These results highlight the group of women in situations of domestic violence that are more likely to develop a Common Mental Disorder, thus showing the need to direct care actions to this group that is more vulnerable.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da BahiaporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)UFBABrasilEscola de EnfermagemAcesso Restrito/Embargadoinfo:eu-repo/semantics/openAccessCommon Mental DisorderMarital violenceMujeresInfancia y adolescênciaPrecauciónEnfermeríaCiências da SaúdeTranstorno Mental ComumViolência conjugalMulheresInfância e adolescênciaCuidadoEnfermagemFatores associados ao transtorno mental comum em mulheres em situação de violência conjugalDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionGomes, Nadirlene PereiraCarvalho, Amâncio António de SousaSantos, Fransley LimaCampos, Luana MouraPaixão, Gilvânia Patricia do NascimentoMartins, Ridalva DiasGusmão, Maria Enoy NevesCouto, Telmara MenezesMota, Rosana Santoshttp://lattes.cnpq.br/1130201976652997Santos, Josinete Gonçalves dosreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTESE_JOSINETE GONÇALVES DOS SANTOS.pdfTESE_JOSINETE GONÇALVES DOS SANTOS.pdfapplication/pdf1374673https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39989/1/TESE_JOSINETE%20GON%c3%87ALVES%20DOS%20SANTOS.pdf03d13a8ca0bdb7807714ce99686e1f49MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39989/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/399892024-08-23 14:55:14.047open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39989TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-08-23T17:55:14Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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