Amamentar com fissuras mamárias: significado para primíparas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Michelle Araújo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9591
Resumo: 119f.
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spelling Moreira, Michelle AraújoMoreira, Michelle AraújoLopes, Regina Lúcia Mendonça2013-04-09T17:38:51Z2013-04-09T17:38:51Z2006http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9591119f.A amamentação é um processo complexo que incorpora valores sociais, culturais, econômicos e políticos, mas se faz necessário considerar o ser-mulher-primípara como ser decisório, valorizando sua vivência. Os programas de Incentivo à Amamentação, no Brasil, enfatizam aspectos biologicistas, apesar das novas estratégias criadas, a exemplo do aconselhamento em amamentação, favorecendo a assistência humanizada, valorizando a mulher como núcleo do processo e, portanto, capaz de optar pela permanência ou substituição da amamentação, na vivência das fissuras. Minha experiência profissional, atrelada à vivência pessoal e singular, no processo do amamentar com fissuras, deu origem a este estudo fenomenológico, momento em que defini como objeto o significado da amamentação para primíparas que vivenciaram fissuras mamárias e que amamentaram, tendo como objetivo compreender o significado que primíparas atribuem à manutenção da amamentação, tendo vivenciado fissuras mamárias. O referencial teórico-filosófico teve como pilar as idéias do filósofo Martin Heidegger, expressas na obra Ser e Tempo. A entrevista fenomenológica, ocorrida em janeiro de 2006, foi realizada no domicílio de oito primíparas, que vivenciaram fissuras e que amamentaram. As questões norteadoras foram as seguintes: Como foi para você amamentar, tendo fissuras mamárias? Como você se sentiu amamentando nessa situação? À luz dos conceitos heideggerianos, caminhei para a interpretação compreensiva, momento em que percebi que o significado da amamentação, atribuído pelas primíparas, na vivência das fissuras mamárias, baseado no modo existencial de ser-com, foi desvelado pelos modos de ser da pre-sença, do ser-aí. Assim sendo, surgiram: a facticidade, a ocupação, a transcendência, a de-cadência, o temor, o cuidado, a existência inautêntica, a fuga, a angústia, o falatório, a curiosidade, a ambigüidade, a solicitude e a temporalidade. Percebi a tristeza diante do aparecimento da fissura, demonstrando impotência por parte da mulher em resolver tal patologia, a felicidade pela continuidade na prática do amamentar, apesar da vivência de dor, desconforto, perpetuando o mito do amor materno, a manutenção da amamentação em benefício da (o) filha (o), o apoio ambíguo por parte da família, cônjuge, outras nutrizes e equipe multidisciplinar, o desejo velado pela suspensão de amamentar, decorrente da pressão social, o valor nutricional do leite materno e, conseqüentemente, o adequado desenvolvimento nutricional da (o) filha (o), atuando como compensadores pela manutenção da amamentação, a tentativa de suspensão justificada pela ausência de leite materno e/ ou rejeição do seio pela criança, o desconhecimento dos cuidados com a mama, posição e pega corretas no momento do amamentar. O estudo contribuirá para que familiares e profissionais assistam o ser-mulherprimípara na vivência das fissuras, compreendendo-a como ser único, refletindo sobre as ações executadas, entendendo a mulher no seu possível. O processo do amamentar com fissuras mamárias, vivenciado pelo ser-primípara, constitui-se numa prática que envolve um componente biológico e que ultrapassa as dimensões do físico, em busca do significado atribuído pelo seu ser, baseado no modo existencial do cotidiano.Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-04T11:43:01Z No. of bitstreams: 1 michelle%20moreira.pdf: 2342001 bytes, checksum: 944e84d72b8631c02a7df196044f3634 (MD5)Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-04-09T17:38:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 michelle%20moreira.pdf: 2342001 bytes, checksum: 944e84d72b8631c02a7df196044f3634 (MD5)Made available in DSpace on 2013-04-09T17:38:51Z (GMT). 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