Efetividade das unidades de conservação e terras indígenas do Brasil em conter a perda de vegetação natural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Daniel Gonçalves
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33786
Resumo: A conservação da biodiversidade e de todos os benefícios advindos da integralidade da natureza é um valor central para as sociedades do mundo. No Brasil, considerando as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, mais de 2,5 milhões de km² do território são designados como áreas protegidas (APs). No entanto, estudos que avaliam a efetividade da rede de APs no Brasil em proteger a biodiversidade são limitados, a despeito da importância global do país para a conservação. No presente estudo, nós usamos uma abordagem contrafactual para testar a efetividade da rede de proteção brasileira de 1.082 APs terrestres em evitar a destruição da vegetação natural entre 1985 e 2018. Além disso, testamos o efeito das APs nas suas zonas de amortecimento. Constatamos que cerca de 85,3% das APs são mais eficazes do que as áreas não protegidas e, em média, a razão entre a quantidade de vegetação perdida nas APs, e aquela perdida em áreas não protegidas semelhantes é de 1:4. Entre os biomas, a Amazônia tem as APs mais efetivas, embora algumas das APs menos eficazes também estejam localizadas ali. As Terras Indígenas aparecem como a categoria mais eficaz de APs. Além disso, a efetividade está positivamente correlacionada com o tamanho, e APs mais antigas se mostraram mais efetivas. Também descobrimos que geralmente o efeito positivo dos APs se estende além das suas fronteiras oficiais. Como consequência da presença de APs, mais de 10.000 km² de vegetação natural foram poupados de conversão e anualmente mais de 9 Tg de carbono deixaram de ser emitidos para a atmosfera. Mostramos aqui que as APs desempenham um papel estratégico no Brasil e no mundo ao proteger efetivamente a vegetação natural e, consequentemente, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, contribuindo para o bem-estar das pessoas no mundo.
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Constatamos que cerca de 85,3% das APs são mais eficazes do que as áreas não protegidas e, em média, a razão entre a quantidade de vegetação perdida nas APs, e aquela perdida em áreas não protegidas semelhantes é de 1:4. Entre os biomas, a Amazônia tem as APs mais efetivas, embora algumas das APs menos eficazes também estejam localizadas ali. As Terras Indígenas aparecem como a categoria mais eficaz de APs. Além disso, a efetividade está positivamente correlacionada com o tamanho, e APs mais antigas se mostraram mais efetivas. Também descobrimos que geralmente o efeito positivo dos APs se estende além das suas fronteiras oficiais. Como consequência da presença de APs, mais de 10.000 km² de vegetação natural foram poupados de conversão e anualmente mais de 9 Tg de carbono deixaram de ser emitidos para a atmosfera. Mostramos aqui que as APs desempenham um papel estratégico no Brasil e no mundo ao proteger efetivamente a vegetação natural e, consequentemente, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, contribuindo para o bem-estar das pessoas no mundo.Submitted by Daniel Gonçalves Souza (dan-gs@live.com) on 2021-07-16T00:33:36Z No. of bitstreams: 1 dissertacao_dgs_final_corrigido2.pdf: 2671997 bytes, checksum: df94c9b4f95bbde7636d5d9861433ef6 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2021-07-25T12:42:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao_dgs_final_corrigido2.pdf: 2671997 bytes, checksum: df94c9b4f95bbde7636d5d9861433ef6 (MD5)Made available in DSpace on 2021-07-25T12:42:09Z (GMT). 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