Associação entre consumo de água fora dos padrões de potabilidade e doenças de veiculação hídrica no estado do Tocantins
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26014 |
Resumo: | O acesso à água potável é um direito humano básico e componente eficaz de política de proteção da saúde. No Estado do Tocantins, embora o abastecimento de água seja prioritariamente por rede geral, mantêm-se deficiências no fornecimento de água potável. A atuação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VQACH) proporciona a construção de importantes indicadores epidemiológicos e ambientais. O presente estudo teve como objetivo descrever o abastecimento e a qualidade da água para consumo humano nos municípios do Estado do Tocantins, no ano de 2015, bem como identificar associações entre o consumo de água não potável e a incidência de doenças de veiculação hídrica e alimentar (DVHA). Trata-se de um estudo ecológico de base territorial, com uso de dados secundários, cujas unidades de análise foram os municípios do Estado do Tocantins. Foram utilizados indicadores de vulnerabilidade sanitária relacionados a deficiências no abastecimento e na qualidade da água para consumo humano (variáveis de exposição) e indicadores de morbimortalidade associados às DVHA (variáveis de desfecho). Para verificar associações entre essas variáveis, realizou-se análises de regressão logística univariada, aplicando-se, também, o cálculo do coeficiente de correlação de Pearson a um grupo de cinco municípios com melhores registros mensais de dados, no período 2014 a 2016. Observou-se coletas de amostras de água em 122 (88%) dos 139 municípios, com maior concentração nos Sistemas de Abastecimento de Água - SAAs (87%). O percentual de amostras fora do padrão de potabilidade foi maior nas soluções alternativas. Verificou-se medianas de 0% para população abastecida por água sem tratamento, 1% para população abastecida por soluções alternativas e 0% para população atendida por rede de esgoto. Foram identificados valores discrepantes para indicadores como a proporção da população abastecida por água sem tratamento nos municípios de Itaguatins (95,8%), Novo Alegre (37,1%) e Pium (34,2%), e o percentual de amostras fora do padrão em SAAs (E. coli), que ficou acima de 17% nos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Tupirama, Angico, Taipas do Tocantins, Pedro Afonso e Ananás. Tomando-se os municípios como unidade de análise, não foram observadas associações estatisticamente significativas entre as exposições e os desfechos, exceto entre as variáveis cobertura por rede de esgoto e óbitos em crianças menores de cinco anos. Considerando-se os dados mensais de um mesmo município ao longo de três anos, encontramos correlações positivas entre e o registro de DVHA e a ocorrência de inconformidades na qualidade da água. A apreciação dos resultados desta pesquisa deve considerar as assimetrias nos registros dos dados utilizados. Recomendamos a priorização das ações de VQACH nos municípios com elevado grau de inconsistências nos SAAs, bem como nas situações em que as soluções alternativas de abastecimento de água são utilizadas. |
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