Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Manoela Freire de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10830
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como objeto às significações históricas do ?índio?, lidas em diferentes produtos culturais como a literatura e a mídia impressa. De maneira a buscar as primeiras imagens dos índios plasmadas no imaginário nacional, no primeiro capítulo da minha dissertação, efetuei uma leitura crítica da literatura indianista, produzidas no século XIX por José de Alencar, como os romances Ubirajara, O Guarani e Iracema. Em confronto com essas imagens estão as matérias selecionadas no ano 2000, dos jornais A Tarde, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, que trazem questões contemporâneas relativas aos povos indígenas, em especial, os discursos e imagens sobre os índios que emergiram na cena comemorativa dos 500 anos do Brasil. No terceiro e último capítulo analiso como a Antropologia tentou reverter as imagens já consagradas dos índios no imaginário nacional, ou seja, a importância dos estudos sobre as populações indígenas que tiveram como conseqüência o deslocamento no modo de se representar os índios e de se tentar solucionar, inclusive no plano analítico, os principais problemas referentes ao contato entre índios e a sociedade nacional. Para isso, o romance Maíra do antropólogo Darcy Ribeiro apresenta-se como umas das mais interessantes narrativas, tanto para se pensar no fazer antropológico quanto para se repensar as questões mais contemporâneas relativas às etnias indígenas. Muitos foram os discursos produzidos sobre o índio, desenvolvidos para a constituição de um lugar, de um repertório de imagens, que fez com que o ?índio? tenha se tornado o que é, um traço forte no desenho do imaginário brasileiro, um campo semântico complexo que se exprime de maneiras variadas e tem implicações concretas ligadas ao momento em que são mobilizadas. O processo histórico que originou essa construção envolveu relações de poder que permitiram tanto a sua realização como a sua eficácia.
id UFBA-2_c501cf77ce44d79a1367dda035b1c1a1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/10830
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Oliveira, Manoela Freire deOliveira, Manoela Freire deCunha, Eneida Leal2013-05-10T20:50:29Z2013-05-10T20:50:29Z2005http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10830A presente dissertação de mestrado tem como objeto às significações históricas do ?índio?, lidas em diferentes produtos culturais como a literatura e a mídia impressa. De maneira a buscar as primeiras imagens dos índios plasmadas no imaginário nacional, no primeiro capítulo da minha dissertação, efetuei uma leitura crítica da literatura indianista, produzidas no século XIX por José de Alencar, como os romances Ubirajara, O Guarani e Iracema. Em confronto com essas imagens estão as matérias selecionadas no ano 2000, dos jornais A Tarde, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, que trazem questões contemporâneas relativas aos povos indígenas, em especial, os discursos e imagens sobre os índios que emergiram na cena comemorativa dos 500 anos do Brasil. No terceiro e último capítulo analiso como a Antropologia tentou reverter as imagens já consagradas dos índios no imaginário nacional, ou seja, a importância dos estudos sobre as populações indígenas que tiveram como conseqüência o deslocamento no modo de se representar os índios e de se tentar solucionar, inclusive no plano analítico, os principais problemas referentes ao contato entre índios e a sociedade nacional. Para isso, o romance Maíra do antropólogo Darcy Ribeiro apresenta-se como umas das mais interessantes narrativas, tanto para se pensar no fazer antropológico quanto para se repensar as questões mais contemporâneas relativas às etnias indígenas. Muitos foram os discursos produzidos sobre o índio, desenvolvidos para a constituição de um lugar, de um repertório de imagens, que fez com que o ?índio? tenha se tornado o que é, um traço forte no desenho do imaginário brasileiro, um campo semântico complexo que se exprime de maneiras variadas e tem implicações concretas ligadas ao momento em que são mobilizadas. O processo histórico que originou essa construção envolveu relações de poder que permitiram tanto a sua realização como a sua eficácia.Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-09T14:17:37Z No. of bitstreams: 1 Manoela Freire de Oliveira.pdf: 943901 bytes, checksum: 2738baf5e1b790e9cd330cb0855373c4 (MD5)Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-05-10T20:50:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Manoela Freire de Oliveira.pdf: 943901 bytes, checksum: 2738baf5e1b790e9cd330cb0855373c4 (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-10T20:50:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Manoela Freire de Oliveira.pdf: 943901 bytes, checksum: 2738baf5e1b790e9cd330cb0855373c4 (MD5) Previous issue date: 2005SalvadorPrograma de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBAMídiaImagensÍndiosLiteratura brasileiraLiteraturaIndianismo(Literatura)EtnologiaRibeiro, Darcy, 1922-1997Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALManoela Freire de Oliveira.pdfManoela Freire de Oliveira.pdfapplication/pdf943901https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/10830/1/Manoela%20Freire%20de%20Oliveira.pdf2738baf5e1b790e9cd330cb0855373c4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/10830/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52ri/108302022-07-05 14:02:59.031oai:repositorio.ufba.br:ri/10830VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:02:59Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
title Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
spellingShingle Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
Oliveira, Manoela Freire de
Mídia
Imagens
Índios
Literatura brasileira
Literatura
Indianismo(Literatura)
Etnologia
Ribeiro, Darcy, 1922-1997
title_short Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
title_full Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
title_fullStr Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
title_full_unstemmed Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
title_sort Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.
author Oliveira, Manoela Freire de
author_facet Oliveira, Manoela Freire de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Manoela Freire de
Oliveira, Manoela Freire de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cunha, Eneida Leal
contributor_str_mv Cunha, Eneida Leal
dc.subject.por.fl_str_mv Mídia
Imagens
Índios
Literatura brasileira
Literatura
Indianismo(Literatura)
Etnologia
Ribeiro, Darcy, 1922-1997
topic Mídia
Imagens
Índios
Literatura brasileira
Literatura
Indianismo(Literatura)
Etnologia
Ribeiro, Darcy, 1922-1997
description A presente dissertação de mestrado tem como objeto às significações históricas do ?índio?, lidas em diferentes produtos culturais como a literatura e a mídia impressa. De maneira a buscar as primeiras imagens dos índios plasmadas no imaginário nacional, no primeiro capítulo da minha dissertação, efetuei uma leitura crítica da literatura indianista, produzidas no século XIX por José de Alencar, como os romances Ubirajara, O Guarani e Iracema. Em confronto com essas imagens estão as matérias selecionadas no ano 2000, dos jornais A Tarde, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, que trazem questões contemporâneas relativas aos povos indígenas, em especial, os discursos e imagens sobre os índios que emergiram na cena comemorativa dos 500 anos do Brasil. No terceiro e último capítulo analiso como a Antropologia tentou reverter as imagens já consagradas dos índios no imaginário nacional, ou seja, a importância dos estudos sobre as populações indígenas que tiveram como conseqüência o deslocamento no modo de se representar os índios e de se tentar solucionar, inclusive no plano analítico, os principais problemas referentes ao contato entre índios e a sociedade nacional. Para isso, o romance Maíra do antropólogo Darcy Ribeiro apresenta-se como umas das mais interessantes narrativas, tanto para se pensar no fazer antropológico quanto para se repensar as questões mais contemporâneas relativas às etnias indígenas. Muitos foram os discursos produzidos sobre o índio, desenvolvidos para a constituição de um lugar, de um repertório de imagens, que fez com que o ?índio? tenha se tornado o que é, um traço forte no desenho do imaginário brasileiro, um campo semântico complexo que se exprime de maneiras variadas e tem implicações concretas ligadas ao momento em que são mobilizadas. O processo histórico que originou essa construção envolveu relações de poder que permitiram tanto a sua realização como a sua eficácia.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-05-10T20:50:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-05-10T20:50:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10830
url http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10830
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/10830/1/Manoela%20Freire%20de%20Oliveira.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/10830/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2738baf5e1b790e9cd330cb0855373c4
1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459443286835200