Percursos de resistência e aprendizagem nos cortejos de Maracatu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13950 |
Resumo: | Esta tese se propõe à compreensão dos percursos de vida como relações de tensão que se dão no cenário interpretativo dos cortejos de Maracatu Nação em Pernambuco, considerando esse espaço como uma complexa rede geradora de processos formativos éticos, estéticos e educativos construídos a partir da convivência comunitária. O maracatu nação é uma manifestação cultural que retrata as antigas Coroações de Reis do Congo. A composição do objeto de estudo incorre sobre as narrativas simbólicas de ancestralidade africana evidenciadas nos cortejos de “tradição” do maracatu a partir da personagem da Dama do Paço e do elemento simbólico da Calunga - boneca negra que representa a ancestralidade. Nessa perspectiva, procuro abrir a concepção de Calunga, considerando-a como o próprio corpo-cortejo do maracatu, um corpo político-social, o qual não existe sem a força simbólica deste elemento. O entendimento de educação se insere na concepção de pensamento-ação entrelaçado a esses cenários pedagógicos desses atores sociais enfatizando, nesse processo, suas visões de mundo e suas experiências de enfrentamentos junto aos trabalhos de organização para saída dos cortejos a cada ano no carnaval pernambucano, constituindo a complexidade do que denomino sistema formativo corpo calungueiro. A problemática do estudo se inscreve na busca dos fios que tecem o corpo calungueiro do maracatu, articulando linguagem, imaginário e contexto, caracterizando um encontro entre sistemas culturais em processo contínuo de aprendizagem. Como pressuposto entendo que ocorre uma interalimentação entre esses sistemas que possibilita a permanência desta manifestação na contemporaneidade. Para tanto, me utilizo da pesquisa de inspiração etnográfica circunscrita pelos recursos teóricos da antropologia e da sociologia de Laplantine, Maffesoli e Geertz, além, das teorias sobre corpo, arte, cultura e educação que tecem aproximações com Paulo Freire, Brandão e Edgar Morin. Foram, ainda, utilizados os estudos sobre ancestralidade africana de Santos, Oliveira, Sodré e Luz, e sobre os princípios da dança africana, apontados por Asante. A relevância do estudo está na compreensão do corpo calungueiro do maracatu como uma Escola de Vida e comunidade que opera conhecimentos e revigora, no cortejo, a luta de significados. |
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Nessa perspectiva, procuro abrir a concepção de Calunga, considerando-a como o próprio corpo-cortejo do maracatu, um corpo político-social, o qual não existe sem a força simbólica deste elemento. O entendimento de educação se insere na concepção de pensamento-ação entrelaçado a esses cenários pedagógicos desses atores sociais enfatizando, nesse processo, suas visões de mundo e suas experiências de enfrentamentos junto aos trabalhos de organização para saída dos cortejos a cada ano no carnaval pernambucano, constituindo a complexidade do que denomino sistema formativo corpo calungueiro. A problemática do estudo se inscreve na busca dos fios que tecem o corpo calungueiro do maracatu, articulando linguagem, imaginário e contexto, caracterizando um encontro entre sistemas culturais em processo contínuo de aprendizagem. Como pressuposto entendo que ocorre uma interalimentação entre esses sistemas que possibilita a permanência desta manifestação na contemporaneidade. Para tanto, me utilizo da pesquisa de inspiração etnográfica circunscrita pelos recursos teóricos da antropologia e da sociologia de Laplantine, Maffesoli e Geertz, além, das teorias sobre corpo, arte, cultura e educação que tecem aproximações com Paulo Freire, Brandão e Edgar Morin. Foram, ainda, utilizados os estudos sobre ancestralidade africana de Santos, Oliveira, Sodré e Luz, e sobre os princípios da dança africana, apontados por Asante. A relevância do estudo está na compreensão do corpo calungueiro do maracatu como uma Escola de Vida e comunidade que opera conhecimentos e revigora, no cortejo, a luta de significados.EducaçãoCorpo calungueiroResistênciaMovimento naçãoEducação musicalMemóriaPercursos de resistência e aprendizagem nos cortejos de Maracatuinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de EducaçãoPrograma de Pesquisa e Pós-Graduação em EducaçãoFACED/UFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTese Final.pdfTese Final.pdfapplication/pdf7909479https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/13950/1/Tese%20Final.pdfd1255d19c797680b384fd2b189782b3dMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/13950/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52open accessTEXTTese Final.pdf.txtTese Final.pdf.txtExtracted texttext/plain707289https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/13950/3/Tese%20Final.pdf.txta6621cf8a4ee22b10a7e6658f43a1176MD53open accessri/139502024-03-28 10:49:37.253open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/13950VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-03-28T13:49:37Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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