Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Cristine de Almeida
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32102
Resumo: Conhecidos como rochas de origem celestial, os meteoritos estão presentes nas mais diversas pocas da história servindo tanto de anteparo para a criação da siderurgia, quanto para a construção de lendas, e posteriormente, para o desenvolvimento de um ramo específico da ciência denominado de Meteorítica. Nesta vertente, os meteoritos são classificados e estudados de acordo com suas características texturais, mineraloquímicas e isotópicas, permitindo a separação de grupos não apenas por suas propriedades físico-químicas semelhantes, mas pelas gêneses em um mesmo corpo parental. Assim, a partir deste processo classificatório, foi possível o estabelecimento de três grupos principais para os meteoritos: (i) os férreos – formados majoritariamente por uma liga de Ferro-Níquel; (ii) os rochosos: condríticos e acondriticos; e (iii) os mistos – formados pela mistura da liga Fe-Ni com minerais silicáticos. Este último grupo, é subdividido em duas classes: os mesosideritos – rochas com aspecto de brechas; e os palasitos. Em função de seu aspecto exótico devido à presença de cristais de olivina bem amareladas em contato direto com a fase metálica, os palasitos são utilizados inclusive como jóias. Contudo, é no âmbito científico que essas rochas geram maior especulação, pois a classe tende a ter sua formação correlacionada com a zona de interface do manto-núcleo de planetas rochosos, como a própria Terra, sendo interpretadas como sondas indiretas e profundas, que testemunham processos geológicos inacessíveis por outros meios, uma vez que em condições de menores pressões e temperaturas, as duas fases principais - olivina e metal - não são geoquimicamente compatíveis. É neste contexto que o presente trabalho foi desenvolvido, buscando detalhar a petrografia do único palasito da coleção brasileira, o meteorito Quijingue, um palasito do grupo principal. O foco principal foram as olivinas, mas secundariamente buscou-se também identificar as fases acessórias presentes. Dados mineraloquímicos foram gerados buscando comprovar a homogeneidade destas olivinas. Os estudos investigaram duas lâminas polido-delgadas, preparadas em diferentes espessuras, em microscópio óptico com luz refletida, e uma fatia polida do meteorito. As técnicas analíticas não-destrutivas escolhidas foram a Microssonda Eletrônica (EPMA) e a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), que propiciaram o imageamento das fases minerais e texturas presentes. A análise do material obtido permitiu: (i) reconhecer texturas e relacionamentos entre as olivinas e o metal, fases principais da amostra; (ii) identificar a presença cromita, troilita, schreibersita, e dos raros fosfatos, como fases acessórias; (iii) estudar as diferentes morfologias dos cristais de olivina, bem como (iv) comprovar a homogeneidade composicional dos núcleos desses cristais.
id UFBA-2_c9d6188815268ace53effaf869ca041e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/32102
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Pereira, Cristine de AlmeidaPereira, Cristine de AlmeidaRios, Débora CorreiaZucolotto, Maria ElizabethCruz, Simone Cerqueira PereiraCarvalho, Wilton Pinto de2020-08-11T23:11:02Z2020-08-11T23:11:02Z2020-08-112019-11-20http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32102Conhecidos como rochas de origem celestial, os meteoritos estão presentes nas mais diversas pocas da história servindo tanto de anteparo para a criação da siderurgia, quanto para a construção de lendas, e posteriormente, para o desenvolvimento de um ramo específico da ciência denominado de Meteorítica. Nesta vertente, os meteoritos são classificados e estudados de acordo com suas características texturais, mineraloquímicas e isotópicas, permitindo a separação de grupos não apenas por suas propriedades físico-químicas semelhantes, mas pelas gêneses em um mesmo corpo parental. Assim, a partir deste processo classificatório, foi possível o estabelecimento de três grupos principais para os meteoritos: (i) os férreos – formados majoritariamente por uma liga de Ferro-Níquel; (ii) os rochosos: condríticos e acondriticos; e (iii) os mistos – formados pela mistura da liga Fe-Ni com minerais silicáticos. Este último grupo, é subdividido em duas classes: os mesosideritos – rochas com aspecto de brechas; e os palasitos. Em função de seu aspecto exótico devido à presença de cristais de olivina bem amareladas em contato direto com a fase metálica, os palasitos são utilizados inclusive como jóias. Contudo, é no âmbito científico que essas rochas geram maior especulação, pois a classe tende a ter sua formação correlacionada com a zona de interface do manto-núcleo de planetas rochosos, como a própria Terra, sendo interpretadas como sondas indiretas e profundas, que testemunham processos geológicos inacessíveis por outros meios, uma vez que em condições de menores pressões e temperaturas, as duas fases principais - olivina e metal - não são geoquimicamente compatíveis. É neste contexto que o presente trabalho foi desenvolvido, buscando detalhar a petrografia do único palasito da coleção brasileira, o meteorito Quijingue, um palasito do grupo principal. O foco principal foram as olivinas, mas secundariamente buscou-se também identificar as fases acessórias presentes. Dados mineraloquímicos foram gerados buscando comprovar a homogeneidade destas olivinas. Os estudos investigaram duas lâminas polido-delgadas, preparadas em diferentes espessuras, em microscópio óptico com luz refletida, e uma fatia polida do meteorito. As técnicas analíticas não-destrutivas escolhidas foram a Microssonda Eletrônica (EPMA) e a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), que propiciaram o imageamento das fases minerais e texturas presentes. A análise do material obtido permitiu: (i) reconhecer texturas e relacionamentos entre as olivinas e o metal, fases principais da amostra; (ii) identificar a presença cromita, troilita, schreibersita, e dos raros fosfatos, como fases acessórias; (iii) estudar as diferentes morfologias dos cristais de olivina, bem como (iv) comprovar a homogeneidade composicional dos núcleos desses cristais.Meteorites are known as rocks of celestial origin and they are present in many points of history, serving for the creation of the steel industry, as well as for the construction of legends, and later, for the development of a specific branch of science called Meteoritic. In this scientific field, meteorites are classified and studied according to their textural, geochemical and isotopic characteristics, allowing the separation of groups not only by their similar chemical properties but by the genesis in the same parent body. Thus, because of this classification process, it was possible to establish three main groups for meteorites: (i) the iron - formed mainly by an Iron-Nickel alloy; (ii) stony: chondrite and achondrite; and (iii) mixed - formed by mixing Fe-Ni alloy with silicate minerals. This latter group is subdivided into two classes: the mesosiderites - breach-like rocks; and the pallasites. Due to their exotic appearance because of the presence of well yellowish olivine crystals in direct contact with the metallic phase, the pallasites are even used as jewels. However, it is in the scientific area that these rocks generate the most speculation since the class tends to have its formation correlated with the mantle-core interface zone of rocky planets, such as Earth itself, being interpreted as deep and indirect probes that testify geological processes inaccessible by other means, since under conditions of lower pressures and temperatures, the two main phases - olivine and metal - are not geochemically compatible. It is in this context that the present work was developed, aiming to detail the petrography of the only pallasite of the Brazilian collection, the Quijingue meteorite, a pallasite of the main group. The main focus was the olivines, but secondarily it was also possible to identify the accessory phases present. Geochemical data were generated seeking to prove the homogeneity of these olivines. The studies investigated two polished-thin slides, prepared in different thicknesses, under a light-reflecting optical microscope, and a polished slice of the meteorite. The non-destructive analytical techniques chosen were the Electron Probe Micron-Analyzer (EPMA) and the Scanning Electron Microscopy (SEM), which provided the imaging of the mineral phases and textures present. The analysis of the obtained material allowed: (i) to recognize textures and relationships between olivines and metal, main phases of the sample; (ii) identify the presence of chromite, troilite, schreibersite, and rare phosphates as accessory phases; (iii) study the different morphologies of olivine crystals, and (iv) prove the compositional homogeneity of the cores of these crystals.Submitted by Jailma Oliveira (jailma.souza@ufba.br) on 2020-07-23T18:23:10Z No. of bitstreams: 1 20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf: 1457385 bytes, checksum: 74f992ca4ed3e654ae13cb0971afaf55 (MD5)Approved for entry into archive by Solange Rocha (soluny@gmail.com) on 2020-08-11T23:11:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf: 1457385 bytes, checksum: 74f992ca4ed3e654ae13cb0971afaf55 (MD5)Made available in DSpace on 2020-08-11T23:11:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf: 1457385 bytes, checksum: 74f992ca4ed3e654ae13cb0971afaf55 (MD5)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC); Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Extensão Universitária (PIBIEX)GeologiaMineralogiaPetrologiaMeteorito - QuijinguePalasitosQuijingueOlivinasPetrografiaMineralogiaCaracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisInstituto de GeociênciasUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBALICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1442https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/2/license.txt817035eff4c4c7dda1d546e170ee2a1aMD52ORIGINAL20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdfapplication/pdf1457385https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/1/20192_Cristine%20Pereira_TFG_VB.pdf74f992ca4ed3e654ae13cb0971afaf55MD51TEXT20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf.txt20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf.txtExtracted texttext/plain129802https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/3/20192_Cristine%20Pereira_TFG_VB.pdf.txt979488d47df2cca63b94a02b353f358cMD53ri/321022022-07-05 14:04:12.273oai:repositorio.ufba.br:ri/32102VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8ODwqNvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwqdhLCBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTDg8KzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgY8ODwrNwaWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcODwqfDg8Kjby4gCgpFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7Dg8KjbyBleGNsdXNpdm9zLCBtYW50w4PCqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byBjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpw4PCp8ODwqNvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw4PCp2EgZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMsIG8gcmVwb3NpdMODwrNyaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHDg8Knw4PCtWVzIHNvYnJlIG8gZG9jdW1lbnRvIChNZXRhZGFkb3MgZGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDg8Knw4PCo28gY2llbnTDg8KtZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJpw4PCp8ODwrVlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw4PCs2RpY29zLgoKIFBhcmEgYXMgcHVibGljYcODwqfDg8K1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDg8KtdGljYSBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvLCBvcyBkZXDDg8Kzc2l0b3MgY29tcHVsc8ODwrNyaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTDg8KzcmlvIG1hbnTDg8KpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDg8KpbSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhb3MgbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0YcODwqfDg8KjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw4PCo28gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8gcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:04:12Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
title Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
spellingShingle Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
Pereira, Cristine de Almeida
Geologia
Mineralogia
Petrologia
Meteorito - Quijingue
Palasitos
Quijingue
Olivinas
Petrografia
Mineralogia
title_short Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
title_full Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
title_fullStr Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
title_full_unstemmed Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
title_sort Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
author Pereira, Cristine de Almeida
author_facet Pereira, Cristine de Almeida
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Cristine de Almeida
Pereira, Cristine de Almeida
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rios, Débora Correia
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Zucolotto, Maria Elizabeth
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Cruz, Simone Cerqueira Pereira
Carvalho, Wilton Pinto de
contributor_str_mv Rios, Débora Correia
Zucolotto, Maria Elizabeth
Cruz, Simone Cerqueira Pereira
Carvalho, Wilton Pinto de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Geologia
Mineralogia
Petrologia
topic Geologia
Mineralogia
Petrologia
Meteorito - Quijingue
Palasitos
Quijingue
Olivinas
Petrografia
Mineralogia
dc.subject.por.fl_str_mv Meteorito - Quijingue
Palasitos
Quijingue
Olivinas
Petrografia
Mineralogia
description Conhecidos como rochas de origem celestial, os meteoritos estão presentes nas mais diversas pocas da história servindo tanto de anteparo para a criação da siderurgia, quanto para a construção de lendas, e posteriormente, para o desenvolvimento de um ramo específico da ciência denominado de Meteorítica. Nesta vertente, os meteoritos são classificados e estudados de acordo com suas características texturais, mineraloquímicas e isotópicas, permitindo a separação de grupos não apenas por suas propriedades físico-químicas semelhantes, mas pelas gêneses em um mesmo corpo parental. Assim, a partir deste processo classificatório, foi possível o estabelecimento de três grupos principais para os meteoritos: (i) os férreos – formados majoritariamente por uma liga de Ferro-Níquel; (ii) os rochosos: condríticos e acondriticos; e (iii) os mistos – formados pela mistura da liga Fe-Ni com minerais silicáticos. Este último grupo, é subdividido em duas classes: os mesosideritos – rochas com aspecto de brechas; e os palasitos. Em função de seu aspecto exótico devido à presença de cristais de olivina bem amareladas em contato direto com a fase metálica, os palasitos são utilizados inclusive como jóias. Contudo, é no âmbito científico que essas rochas geram maior especulação, pois a classe tende a ter sua formação correlacionada com a zona de interface do manto-núcleo de planetas rochosos, como a própria Terra, sendo interpretadas como sondas indiretas e profundas, que testemunham processos geológicos inacessíveis por outros meios, uma vez que em condições de menores pressões e temperaturas, as duas fases principais - olivina e metal - não são geoquimicamente compatíveis. É neste contexto que o presente trabalho foi desenvolvido, buscando detalhar a petrografia do único palasito da coleção brasileira, o meteorito Quijingue, um palasito do grupo principal. O foco principal foram as olivinas, mas secundariamente buscou-se também identificar as fases acessórias presentes. Dados mineraloquímicos foram gerados buscando comprovar a homogeneidade destas olivinas. Os estudos investigaram duas lâminas polido-delgadas, preparadas em diferentes espessuras, em microscópio óptico com luz refletida, e uma fatia polida do meteorito. As técnicas analíticas não-destrutivas escolhidas foram a Microssonda Eletrônica (EPMA) e a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), que propiciaram o imageamento das fases minerais e texturas presentes. A análise do material obtido permitiu: (i) reconhecer texturas e relacionamentos entre as olivinas e o metal, fases principais da amostra; (ii) identificar a presença cromita, troilita, schreibersita, e dos raros fosfatos, como fases acessórias; (iii) estudar as diferentes morfologias dos cristais de olivina, bem como (iv) comprovar a homogeneidade composicional dos núcleos desses cristais.
publishDate 2019
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2019-11-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-08-11T23:11:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-08-11T23:11:02Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-08-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32102
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32102
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/1/20192_Cristine%20Pereira_TFG_VB.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32102/3/20192_Cristine%20Pereira_TFG_VB.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 817035eff4c4c7dda1d546e170ee2a1a
74f992ca4ed3e654ae13cb0971afaf55
979488d47df2cca63b94a02b353f358c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459614590599168