Valor da pesquisa de linfonodo sentinela no câncer de mama: revisão sistemática da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Thayanne Requião
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18404
Resumo: VALOR DA PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA NO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. O câncer de mama ocupa o primeiro lugar em causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo. Sabe-se que o tamanho do tumor, grau nuclear, presença de marcadores tumorais, status dos receptores hormonais e dos linfonodos influenciam na sobrevida do paciente. Estudos recentes têm questionado o valor da pesquisa de linfonodo sentinela. Objetivo: Avaliar o papel do linfonodo sentinela na determinação do prognóstico nos pacientes com câncer de mama. Metodologia: Revisão sistemática da literatura por meio dos bancos de dados Medline, Lilacs, Scopus, Web of Knowledge, Scielo e Cochrane Library. Usou-se também busca ativa de artigos nas referências dos artigos anteriormente encontrados. Os dados foram extraídos de ensaios clínicos e coortes publicados nos últimos 5 anos. Resultados: Foram selecionados 12 artigos que somam uma população estudada de 25.660 pessoas. Destes, 8 são ensaios clínicos randomizados e 4 coortes. Não houve alteração na sobrevida dos pacientes após pesquisa de linfonodo sentinela através da biópsia e da dissecção linfonodal. Discussão: Os estudos que compararam grupos de pacientes com câncer de mama com linfonodo sentinela positivo que realizaram esvaziamento axilar com aqueles que não realizaram esvaziamento axilar, mostraram não haver aumento de sobrevida e de taxa livre de doença naqueles que realizaram o esvaziamento. Estudo em que o receptor de estrogênio (ER) negativo foi usado como critério para tratamento com quimioterapia, a sobrevida não foi pior do que aqueles pacientes que tiveram o tratamento guiado pela informação obtida com linfonodo sentinela. Conclusões: Nos pacientes com câncer de mama em estágio incial (T1, T2, N0), a dissecção de linfonodo sentinela mostrou-se superior à dissecção axilar (ALND), sem qualquer piora na sobrevida. O linfonodo, mesmo quando positivo, não significa que vai alterar a sobrevida de forma significativa em relação à informação que obtemos com ER. Quando negativo, não garante que não haverá metástase posteriormente. Mais estudos são necessários no sentido de avaliar se o acompanhamento clínico e a análise biológica do tumor seriam suficientes para prever prognóstico.
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