Homicídio e uso de álcool: relação com as desigualdades sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Fabio Leandro dos Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16335
Resumo: O homicídio constitui um problema relevante para a Saúde e Segurança Pública em diversos países do mundo. Distribui-se de forma desigual no espaço urbano e há evidências que esteja relacionado com uso de álcool. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do álcool na mortalidade por homicídio no espaço intraurbano soteropolitano, considerando as inter-relações e influências recíprocas das desigualdades de renda. Realizou-se um estudo ecológico de agregados espaciais em Salvador (BA), 2009, a partir da base de dados do Instituto Médico Legal, tendo o bairro como unidade de análise. Foram construídos mapas temáticos para identificação de padrões da distribuição espacial das taxas de homicídio e de níveis de alcoolemia. A associação entre estas variáveis e indicadores socioeconômicos e demográficos foi avaliada por Regressão Binomial Negativa. Aproximadamente 40% das vítimas apresentaram alcoolemia positiva. Areia Branca apresentou a maior taxa suavizada (173,9/100.000) e não houve homicídios em vinte e um bairros. A taxa de homicídio suavizada aumentou no sentido Sul-Norte e decresceu levemente no sentido Oeste-Leste da cidade. Houve associação positiva estatisticamente significante entre a média de alcoolemia por bairros e mortalidade por homicídio, com maior razão na categoria acima de 0,30 a 0,50G/L (RTM=2,04; IC95% = 1,52 – 2,73). Mesmo considerando as desigualdades de renda, absoluta e relativa, o álcool permaneceu entre os determinantes da vitimização por homicídio no espaço intra-urbano analisados na capital baiana. Assim, para o enfrentamento do homicídio, devem ser prioritárias as políticas públicas de controle do álcool e seu papel na redução deste e de outros agravos.
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A associação entre estas variáveis e indicadores socioeconômicos e demográficos foi avaliada por Regressão Binomial Negativa. Aproximadamente 40% das vítimas apresentaram alcoolemia positiva. Areia Branca apresentou a maior taxa suavizada (173,9/100.000) e não houve homicídios em vinte e um bairros. A taxa de homicídio suavizada aumentou no sentido Sul-Norte e decresceu levemente no sentido Oeste-Leste da cidade. Houve associação positiva estatisticamente significante entre a média de alcoolemia por bairros e mortalidade por homicídio, com maior razão na categoria acima de 0,30 a 0,50G/L (RTM=2,04; IC95% = 1,52 – 2,73). Mesmo considerando as desigualdades de renda, absoluta e relativa, o álcool permaneceu entre os determinantes da vitimização por homicídio no espaço intra-urbano analisados na capital baiana. 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