Rotulação diagnóstica psiquiátrica e atribuição de autonomia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26258 |
Resumo: | Tradições de pesquisa em cognições sociais e estereótipos têm analisado os impactos da rotulação diagnóstica psiquiátrica e seus efeitos nos indivíduos rotulados, investigando como o meio social pensa, se sente e se comporta em direção à categoria social de pessoas diagnosticadas. Embora haja a investigação dos efeitos da rotulação diagnóstica na produção de estereótipos, pouco interesse é identificado em estudos que versem sobre a avaliação de autonomia do sujeito que é diagnosticado, ou sobre a percepção autônoma deste sujeito sobre sua própria categoria. Considerando que estereótipos sobre a categoria de pessoas diagnosticadas dizem respeito também à avaliação de sua autonomia, o presente estudo teve como objetivo identificar se o fato de um indivíduo ser diagnosticado com um transtorno psiquiátrico influencia sua atribuição de autonomia aos membros de sua própria categoria social. A pesquisa avaliou as perspectivas de 125 participantes, sendo 50 diagnosticados e 75 participantes nunca diagnosticados. Foram construídas três vinhetas com descrições de personagens fictícios contemplando sinais e sintomas dos diagnósticos de esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo e depressão, caracterizados conforme categorias do DSM-V. Os participantes responderam a escalas avaliando a autonomia dos três personagens. Nessa avaliação, dois grupos foram formados, um grupo avaliando as três vinhetas com o rótulo diagnóstico explícito e outro grupo avaliando as não rotuladas. Os resultados indicaram que participantes diagnosticados atribuem menor autonomia aos alvos de sua avaliação quando comparados com participantes não diagnosticados. Não houve efeito da vinheta ser explicitamente diagnosticada na autonomia a ela atribuída. Efeitos de variáveis adicionais (essencialização biogenética, autopercepção de autonomia, inflexibilidade psicológica) foram analisados e discutidos, bem como as limitações do estudo e perspectivas futuras. |
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Matos, João Pedro AlvesPereira, Marcos EmanoelFerreira, Tiago AlfredoBanaco, Roberto AlvesSouza, Fabrício de2018-06-26T19:25:41Z2018-06-26T19:25:41Z2018-06-262018-06-11http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26258Tradições de pesquisa em cognições sociais e estereótipos têm analisado os impactos da rotulação diagnóstica psiquiátrica e seus efeitos nos indivíduos rotulados, investigando como o meio social pensa, se sente e se comporta em direção à categoria social de pessoas diagnosticadas. Embora haja a investigação dos efeitos da rotulação diagnóstica na produção de estereótipos, pouco interesse é identificado em estudos que versem sobre a avaliação de autonomia do sujeito que é diagnosticado, ou sobre a percepção autônoma deste sujeito sobre sua própria categoria. Considerando que estereótipos sobre a categoria de pessoas diagnosticadas dizem respeito também à avaliação de sua autonomia, o presente estudo teve como objetivo identificar se o fato de um indivíduo ser diagnosticado com um transtorno psiquiátrico influencia sua atribuição de autonomia aos membros de sua própria categoria social. A pesquisa avaliou as perspectivas de 125 participantes, sendo 50 diagnosticados e 75 participantes nunca diagnosticados. Foram construídas três vinhetas com descrições de personagens fictícios contemplando sinais e sintomas dos diagnósticos de esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo e depressão, caracterizados conforme categorias do DSM-V. Os participantes responderam a escalas avaliando a autonomia dos três personagens. Nessa avaliação, dois grupos foram formados, um grupo avaliando as três vinhetas com o rótulo diagnóstico explícito e outro grupo avaliando as não rotuladas. Os resultados indicaram que participantes diagnosticados atribuem menor autonomia aos alvos de sua avaliação quando comparados com participantes não diagnosticados. Não houve efeito da vinheta ser explicitamente diagnosticada na autonomia a ela atribuída. Efeitos de variáveis adicionais (essencialização biogenética, autopercepção de autonomia, inflexibilidade psicológica) foram analisados e discutidos, bem como as limitações do estudo e perspectivas futuras.Lines of research in social cognition and stereotypes have been analyzing the impacts of psychiatric diagnostic labeling and its effects on the labeled individuals, investigating how the social community thinks, feels and acts towards the social category of people with psychiatric diagnoses. Even though there is a line of investigation directed to the effects of diagnostic labeling in producing stereotypes, little interest is seen in studies on the external evaluation of the autonomy of diagnosed individuals, or on the diagnosed individual’s perception of the autonomy of their own category. Considering that stereotypes about the category of people with psychiatric diagnoses are directed also to the evaluation of their autonomy, the present study aimed to identify if the fact that a person is diagnosed with a psychiatric disorder influences their attribution of autonomy to the members of their own social category. The study evaluated 125 participants, 50 of which were diagnosed with psychiatric disorders and 75 were never diagnosed. The participants responded to three descriptions of fictional characters made up to contemplate signals and symptoms corresponding to the diagnoses of schizophrenia, obsessive-compulsive disorder and depression, characterized according to DSM-V categories. All participants were asked to answer scales evaluating the autonomy of all three characters. During that evaluation, two groups were formed: one evaluating descriptions with explicit diagnostic label and one evaluating descriptions without it. Results indicated that participants who were diagnosed attribute less autonomy to the target of their evaluation, when compared to participants who were never diagnosed. Whether the description had the explicit diagnosis or not had no perceived effect on the autonomy attributed to the character. Effects of additional variables (biogenetic essencialism, self-perception of autonomy, psychological inflexibility) were analyzed and discussed, as well as limitations to the study and future perspectives.Submitted by JOÃO MATOS (joaoalvesmt@gmail.com) on 2018-06-26T14:55:18Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Mestrado_Joao_Pedro_A_Matos.pdf: 5844165 bytes, checksum: 9aaa1f645afe8907a3c4575ff29d9d2b (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2018-06-26T19:25:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Mestrado_Joao_Pedro_A_Matos.pdf: 5844165 bytes, checksum: 9aaa1f645afe8907a3c4575ff29d9d2b (MD5)Made available in DSpace on 2018-06-26T19:25:41Z (GMT). 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