SAMBA DE PAREIA NA ENCRUZILHADA: Traduções de uma Dança Afrocentrada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Edeise Gomes Cardoso
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29962
Resumo: trabalho tem como objetivo promover processos de criação em dança “aterrados” (tradução e encruzilhadas) partindo de disparadores afros centrados despertados no diálogo da Manifestação Samba de Pareia e com as universidades UFS e UESB. Este samba é um ritual de acolhimento aos recém-nascidos que acontece na comunidade remanescente de quilombo Mussuca, localizada a 20 quilômetros de Aracaju-SE. Busca-se uma dança afro centrada desenvolvida não só a partir do tema, mas, também, pela proposta de uma descolonização dos seus processos. Para tanto, pretendeu-se trabalhar com os disparadores criativos surgidos na pesquisa de campo, como: ritmo, ancestralidade, chão, aterrar e festa, estes disparadores sendo ponto de partida das traduções, que são ideias de processos promovidas pela professora, que geram as encruzilhadas, que são essas ideias experimentas em sala no corpo do aluno, de forma a promover uma dança contemporânea afro popular em que a particularidade negra esteja no processo e na estética. O estudo abriu interlocução com pensamentos de Boaventura de Souza Santos (2010) e Grada Kilomba (2016) a respeito de suas reflexões sobre descolonização do pensamento. A articulação expande-se para tratarmos do corpo/ filosofia/ancestralidade com Inaicyra Falcão (2012), Vanda Machado (2016) e Eduardo Oliveira (2007). A contextualização do Samba de Pareia se relaciona nas discussões das autoras Alexandra Dumas (2016) e Oswaldice Conceição (2014). Na metodologia, utilizo princípios da etnografia e a prática como pesquisa em uma bricolagem metodológica. A partir das reflexões e experimentações apresento uma pesquisa que se propõe a pensar uma dança contemporânea afro popular que provoca reflexões sobre os discursos hegemônicos e busca processos que priorizam o pensamento afrocentrado como provedor de conhecimento.
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Para tanto, pretendeu-se trabalhar com os disparadores criativos surgidos na pesquisa de campo, como: ritmo, ancestralidade, chão, aterrar e festa, estes disparadores sendo ponto de partida das traduções, que são ideias de processos promovidas pela professora, que geram as encruzilhadas, que são essas ideias experimentas em sala no corpo do aluno, de forma a promover uma dança contemporânea afro popular em que a particularidade negra esteja no processo e na estética. O estudo abriu interlocução com pensamentos de Boaventura de Souza Santos (2010) e Grada Kilomba (2016) a respeito de suas reflexões sobre descolonização do pensamento. A articulação expande-se para tratarmos do corpo/ filosofia/ancestralidade com Inaicyra Falcão (2012), Vanda Machado (2016) e Eduardo Oliveira (2007). A contextualização do Samba de Pareia se relaciona nas discussões das autoras Alexandra Dumas (2016) e Oswaldice Conceição (2014). 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