Cooperação internacional como (re)existência em Cuba
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21800 |
Resumo: | O presente estudo dedica-se às bases que edificam a cooperação internacional protagonizadas historicamente por Cuba com outros países periféricos, atentando para a singularidade desse fenômeno no campo das relações internacionais, uma vez que não se alinha diretamente ao ideário de desenvolvimento capitalista consolidado institucionalmente no sistema internacional no pós-guerra. Situar a singularidade do fenômeno cubano pressupõe, nesse sentido, atentar para os fundamentos da cooperação internacional em suas esferas específicas de atuação: a liberal (burguesa) e socialista (proletária). O primeiro capítulo aborda o conceito de internacionalismo na esfera de significação político-ideológica liberal, atentando às formas de articulação do internacionalismo liberal burguês e sua atuação política internacional. Demonstra como a dialética do internacionalismo liberal e suas transformações históricas atuam como lógica estruturante do modo de acumulação capitalista e, portanto, fundamentam as práticas necessárias para garantir esse processo de reprodução social — cooperação internacional como projeto de dominação. O segundo capítulo aborda o conceito de internacionalismo em sua dimensão político-ideológica proletária. Diante da compreensão da essência expansiva do modo de produção capitalista, a articulação do proletariado na dimensão internacional emerge como um imperativo categórico estratégico circunscrito sob a égide do conceito de contra-hegemonia. O capítulo aborda, nesse sentido, o ideário de desenvolvimento que subjaz as práticas do internacionalismo proletário, de modo a apontar sua lógica antagônica de solidariedade e projeto político distinto, consubstanciado no sistema soviético — cooperação internacional como projeto emancipatório. O terceiro capítulo examina, por fim, as particularidades da política de cooperação internacional protagonizada historicamente por Cuba com outros países periféricos, uma vez que a especificidade do regime político revolucionário cubano — um processo endógeno, a partir da implementação de um programa de transformações que alteraram drasticamente as diretrizes políticas, econômicas e sociais de Cuba e sua posição diante do sistema internacional — tem como estrutura a ideologia socialista e, em decorrência disso, fundamenta um ideário de desenvolvimento específico — cooperação internacional como (re)existência. |
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Vasconcelos, Laura Escudeiro deVasconcelos, Laura Escudeiro deKraychete, Elsa SousaKraychete, Elsa SousaTablada, CarlosAragão, Daniel Maurício Cavalcanti de2017-03-30T17:33:09Z2017-03-30T17:33:09Z2017-03-302016-08-22http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21800O presente estudo dedica-se às bases que edificam a cooperação internacional protagonizadas historicamente por Cuba com outros países periféricos, atentando para a singularidade desse fenômeno no campo das relações internacionais, uma vez que não se alinha diretamente ao ideário de desenvolvimento capitalista consolidado institucionalmente no sistema internacional no pós-guerra. Situar a singularidade do fenômeno cubano pressupõe, nesse sentido, atentar para os fundamentos da cooperação internacional em suas esferas específicas de atuação: a liberal (burguesa) e socialista (proletária). O primeiro capítulo aborda o conceito de internacionalismo na esfera de significação político-ideológica liberal, atentando às formas de articulação do internacionalismo liberal burguês e sua atuação política internacional. Demonstra como a dialética do internacionalismo liberal e suas transformações históricas atuam como lógica estruturante do modo de acumulação capitalista e, portanto, fundamentam as práticas necessárias para garantir esse processo de reprodução social — cooperação internacional como projeto de dominação. O segundo capítulo aborda o conceito de internacionalismo em sua dimensão político-ideológica proletária. Diante da compreensão da essência expansiva do modo de produção capitalista, a articulação do proletariado na dimensão internacional emerge como um imperativo categórico estratégico circunscrito sob a égide do conceito de contra-hegemonia. O capítulo aborda, nesse sentido, o ideário de desenvolvimento que subjaz as práticas do internacionalismo proletário, de modo a apontar sua lógica antagônica de solidariedade e projeto político distinto, consubstanciado no sistema soviético — cooperação internacional como projeto emancipatório. O terceiro capítulo examina, por fim, as particularidades da política de cooperação internacional protagonizada historicamente por Cuba com outros países periféricos, uma vez que a especificidade do regime político revolucionário cubano — um processo endógeno, a partir da implementação de um programa de transformações que alteraram drasticamente as diretrizes políticas, econômicas e sociais de Cuba e sua posição diante do sistema internacional — tem como estrutura a ideologia socialista e, em decorrência disso, fundamenta um ideário de desenvolvimento específico — cooperação internacional como (re)existência.This study investigates the basis on which the Cuban cooperation for international development with other peripheral countries is historically built, showing its singularity within the international relations framework, since it is not directly aligned to the idea of capitalist development, institutionally consolidated during the post-war. Localizing the singularity of the Cuban phenomenon demands an attention towards the fundaments of international cooperation in its specific spheres of action: the liberal (burgeois) and the socialist (proletarian). The first chapter is about the concept of internationalism in its liberal political-ideological signification, stressing the forms of articulation of the liberal burgeois internationalism and its international politics. It demonstrates how the dialectics of liberal internationalism and its historical transformations act as a structuring logic of the capitalist mode of production, sustaining, hence, the necessary practices that guarantee this process of social reproduction — international cooperation as a project of domination. The second chapter relates the concept of internationalism to the proletarian political-ideological dimension. Recognizing the expansive essence of the capitalist mode of production, the international articulation of the proletariat emerges as a strategic categorical imperative circumscribed under the aegis of the concept of counter-hegemony. The chapter, therefore, addresses the idea of development that underlines the practices of proletarian internationalism in order to highlight its antagonistic logics of solidarity and its distinct political project materialized in the soviet system — international cooperation as an emancipatory project. The third chapter examines the particularities of the politics of international cooperation played historically by Cuba with other peripheral countries, since specificities of the Cuban revolutionary regime — an indigenous process that is expressed through the implementation of a program of transformations that have drastically altered Cuban political, economical and social guidelines and the position of the country within the international system — is structured on a socialist ideology and, because of that, fundaments a specific idea of development — international cooperation as (re)existence.Submitted by Pós graduação Relações Internacionais (ppgri@ufba.br) on 2017-03-29T20:04:07Z No. of bitstreams: 1 Laura Escudeiro TEXTO ÚNICO - DISSERTAÇÃO nov2016 (1).pdf: 1412069 bytes, checksum: ce2c4967e9e50b2c0489f0f6d6f2036a (MD5)Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2017-03-30T17:33:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Laura Escudeiro TEXTO ÚNICO - DISSERTAÇÃO nov2016 (1).pdf: 1412069 bytes, checksum: ce2c4967e9e50b2c0489f0f6d6f2036a (MD5)Made available in DSpace on 2017-03-30T17:33:09Z (GMT). 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