Entre práticas e representações: o bairro do Engenho Velho da Federação segundo candomblecistas (do Terreiro do Cobre) e evangélicos (da Igreja Universal)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Caê Garcia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20992
Resumo: Esta dissertação vislumbra discutir como a religião influencia o espaço social de dois grupos religiosos – candomblecistas (do Terreiro do Cobre) e evangélicos (da Universal) – bem como analisar a força dos credos na percepção, nas representações e quanto aos sentimentos que os agentes mantêm acerca do bairro do Engenho Velho da Federação, Salvador-BA. A escolha do recorte se justifica por que a espacialidade do sagrado é algo singular no bairro: seguimos pela rua principal do Engenho Velho e passamos por inúmeras igrejas e vários templos religiosos de matriz africana. Neste caso de grande densidade religiosa, será ainda mais interessante nos determos em um dos objetivos específicos desta pesquisa: os territórios dos grupos religiosos, questão de particular importância, pois o convívio entre evangélicos e adeptos do Candomblé nem sempre é harmonioso. Iremos privilegiar, nesse estudo, aquilo que é o cerne da religião: suas concepções do sagrado. Buscamos analisar como o sagrado influencia a percepção do bairro e a constituição do espaço social dos grupos em tela. Conduzimos uma argumentação que parte das verdades religiosas – des-veladas pelo Divino e apropriadas por um corpo sacerdotal – impulsionadas pelos rituais que se direcionam e atingem o fiel. A ideia é entender o poder do discurso religioso na conformação dos itens aqui propostos (o que nos vincula, por sua vez, ao sagrado). Enquanto os candomblecistas têm um denso sentimento topofílico pelo bairro, os evangélicos se alternam entre uma gritante indiferença (os mais velhos) e uma intensa topofobia (entre os adolescentes), e as explicações para tanto residem, justamente, nos valores e representações religiosas – sempre remetidas ao seu caráter sacro. Na vinculação da religiosidade com outras esferas sociais, a força da religião na vida desses agentes nos leva a conceber um habitus religioso. Esse habitus pesa nas representações/sentimentos perante ao bairro e se manifesta de maneira concreta quando olhamos a espacialidade da vida social dos grupos em pauta. Para os candomblecistas, grande parte de sua vida social se erige em bairros populares da cidade de Salvador, isso porque são nesses bairros que o Candomblé é mais forte e é nos terreiros que os laços sociais são construídos. Entre os evangélicos, há uma negação do mundo e o esmagamento da vida social que fica restrita ao âmbito da Igreja, caso dos mais velhos. Para os mais novos, a Igreja direciona uma ampla gama de atividades – condicionando aprioristicamente, por uma ordem distante, as suas sociabilidades – no intuito de apartarem tais agentes do mundo, visto essencialmente como negativo.
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Neste caso de grande densidade religiosa, será ainda mais interessante nos determos em um dos objetivos específicos desta pesquisa: os territórios dos grupos religiosos, questão de particular importância, pois o convívio entre evangélicos e adeptos do Candomblé nem sempre é harmonioso. Iremos privilegiar, nesse estudo, aquilo que é o cerne da religião: suas concepções do sagrado. Buscamos analisar como o sagrado influencia a percepção do bairro e a constituição do espaço social dos grupos em tela. Conduzimos uma argumentação que parte das verdades religiosas – des-veladas pelo Divino e apropriadas por um corpo sacerdotal – impulsionadas pelos rituais que se direcionam e atingem o fiel. A ideia é entender o poder do discurso religioso na conformação dos itens aqui propostos (o que nos vincula, por sua vez, ao sagrado). Enquanto os candomblecistas têm um denso sentimento topofílico pelo bairro, os evangélicos se alternam entre uma gritante indiferença (os mais velhos) e uma intensa topofobia (entre os adolescentes), e as explicações para tanto residem, justamente, nos valores e representações religiosas – sempre remetidas ao seu caráter sacro. Na vinculação da religiosidade com outras esferas sociais, a força da religião na vida desses agentes nos leva a conceber um habitus religioso. Esse habitus pesa nas representações/sentimentos perante ao bairro e se manifesta de maneira concreta quando olhamos a espacialidade da vida social dos grupos em pauta. Para os candomblecistas, grande parte de sua vida social se erige em bairros populares da cidade de Salvador, isso porque são nesses bairros que o Candomblé é mais forte e é nos terreiros que os laços sociais são construídos. Entre os evangélicos, há uma negação do mundo e o esmagamento da vida social que fica restrita ao âmbito da Igreja, caso dos mais velhos. Para os mais novos, a Igreja direciona uma ampla gama de atividades – condicionando aprioristicamente, por uma ordem distante, as suas sociabilidades – no intuito de apartarem tais agentes do mundo, visto essencialmente como negativo.ABSTRACT We intend discuss how religion has an influence on the social space of two religious groups - candomblecistas (Terreiro do Cobre) and protestants (from Universal) - as well as the how these creeds have the power over perceptions, and representations around the agents’ neighborhoods, Engenho Velho da Federação, Salvador-BA. This snippet was chosen because the spatiality of the scared is singular in the neighborhood: following Engenho Velho’s main street, many churches can be found and numerous temples of an African matrix. In such a context of high-density religious culture, it is really interesting to focus on one of our research goals: these religious groups territories, something of poignant importance, since the evangelicals and candomblecistas are not always living together harmoniously. In this study, we will privilege that which is the essence of religion: its conceptions of the sacred. Therefore, the ultimate goal is to analyze how the sacred influences the neighborhood perceptions and the constitution of the social space of the groups. We conducted an argumentation that is born from the religious truths - unveiled by the Divine and appropriated by a sacerdotal body - driven by the rituals that reach the faithful. The idea is to understand the power of the religious speech in the proposed items (which links us to the sacred). While the candomblecistas have a dense topophilia within the neighborhood, the protestants shift between outrageous indifference and intense topophobia (older and teenagers, respectively), which can be explained by the religious values and representations, always related to its sacred character. However, religions is not an independent realm and it converses with social, cultural and spatial elements. We will follow, then, the summoning of articulated religion to its position and condition in the social structure, with economic, cultural and social’s capital (Bourdieu), which builds up to a religious habitus. This habitus is important to the representation and feelings about the neighborhood, but it is more powerful when we look to the spatiality of the social lives of the faithful's groups. To the candomblecistas, a big part of their social lives is lived in popular neighborhoods of the city of Salvador, since it is in this neighborhoods that the Candomblé is stronger and it is in the terreiros (temples) that the ties between the faithful are made. Between the protestants, there’s a denial of the world and the suppression of social life, that becomes restricted to the church, for the older followers. For the younger ones, the church leads them to a wide range of activities - making a conditioning of their sociabilities early on - with the goal of detaching these agents from the world, seen essentially as a negative place.Submitted by Puentes Torres Antônio (antoniopuentes@hotmail.com) on 2016-12-01T17:56:13Z No. of bitstreams: 1 mestrado pdffff.pdf: 4320091 bytes, checksum: 8576d29fb4a68f8a4dd45b63ed0e7136 (MD5)Approved for entry into archive by Vanessa Reis (vanessa.jamile@ufba.br) on 2016-12-02T12:24:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 mestrado pdffff.pdf: 4320091 bytes, checksum: 8576d29fb4a68f8a4dd45b63ed0e7136 (MD5)Made available in DSpace on 2016-12-02T12:24:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mestrado pdffff.pdf: 4320091 bytes, checksum: 8576d29fb4a68f8a4dd45b63ed0e7136 (MD5)Engenho Velho da Federaçãoreligião e sagradoespaço socialrepresentaçãohabitus religiosoEntre práticas e representações: o bairro do Engenho Velho da Federação segundo candomblecistas (do Terreiro do Cobre) e evangélicos (da Igreja Universal)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal da Bahia, Instituto de Geografia, Departamento de GeografiaPrograma de pós-graduação em GeografiaUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALmestrado pdffff.pdfmestrado pdffff.pdfapplication/pdf4320091https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20992/1/mestrado%20pdffff.pdf8576d29fb4a68f8a4dd45b63ed0e7136MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20992/2/license.txt0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900MD52TEXTmestrado pdffff.pdf.txtmestrado pdffff.pdf.txtExtracted texttext/plain610182https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/20992/3/mestrado%20pdffff.pdf.txt0d54c425c0b8676bc43675aaf669cb3fMD53ri/209922022-07-05 14:03:56.124oai:repositorio.ufba.br:ri/20992VGVybW8gZGUgTGljZW4/YSwgbj9vIGV4Y2x1c2l2bywgcGFyYSBvIGRlcD9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZCQS4KCiBQZWxvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3M/byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldSByZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIAplc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD9yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSAKbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgYz9waWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXQ/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4gCkVzc2VzIHRlcm1vcywgbj9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIApjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpPz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EgCmVudGVuZGUgcXVlOgoKIE1hbnRlbmRvIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCByZXBhc3NhZG9zIGEgdGVyY2Vpcm9zLCBlbSBjYXNvIGRlIHB1YmxpY2E/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/cmlvCnBvZGUgcmVzdHJpbmdpciBvIGFjZXNzbyBhbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1hPz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/P28gY2llbnQ/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgZWRpdG9yZXMgZGUgcGVyaT9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/P2VzIHNlbSBpbmljaWF0aXZhcyBxdWUgc2VndWVtIGEgcG9sP3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwP3NpdG9zIApjb21wdWxzP3Jpb3MgbmVzc2UgcmVwb3NpdD9yaW8gbWFudD9tIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudD9tIGFjZXNzbyBpcnJlc3RyaXRvIAphbyBtZXRhZGFkb3MgZSB0ZXh0byBjb21wbGV0by4gQXNzaW0sIGEgYWNlaXRhPz9vIGRlc3NlIHRlcm1vIG4/byBuZWNlc3NpdGEgZGUgY29uc2VudGltZW50bwogcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:56Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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