Experiência de mulheres em tratamento de infecções vaginais: participação do parceiro e do serviço de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38049 |
Resumo: | A atenção em ginecologia constitui oportunidade para rastrear vulnerabilidades de mulheres oriundas das experiências sexuais. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são consideradas como um problema de saúde pública, principalmente pelas consequências referentes à saúde sexual e reprodutiva. Para as mulheres, preservar a saúde se constitui um desafio e a abstinência sexual durante o tratamento de infecções genitais pode gerar conflitos diante de desigualdades na relação com o parceiro pela assimetria na tomada de decisões. O estudo teve como objetivo geral analisar a experiência de mulheres no tratamento de infecções genitais considerando a relação com seus parceiros e com os serviços de saúde. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa do tipo exploratório. Foi realizado por meio de entrevistas presenciais e virtuais, no período de novembro de 2020 a junho de 2021, com 13 mulheres em idade reprodutiva, vinculadas a uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba. A análise do material empírico foi feita por meio da técnica de análise de discurso. A pesquisa atende aos requisitos éticos contidos nas resoluções do Conselho Nacional de Saúde, 466/2012 e 510/2016. Os resultados deste estudo mostram que mulheres estão atentas ao tratamento correto de infecções ginecológicas e alguns parceiros participam respeitando a abstinência sexual necessária ou contrariando-a com jogos de poder e sedução. São em sua totalidade eximidos de responsabilização na ocorrência de infecções ginecológicas, no tratamento e na vulnerabilidade de mulheres. As vulnerabilidades se sedimentam na relação com os parceiros, mas tem participação do serviço de saúde, na medida em que, apesar das orientações preventivas, não envolvem o parceiro, sendo predominante a continuidade da desinformação também para as mulheres. |
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2023-10-17T10:12:52Z2023-10-17T10:12:52Z2021-07-30SANCHEZ, Diana Santos. Experiência de mulheres em tratamento de infecções vaginais: participação do parceiro e do serviço de saúde. 2021. 67 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem e Saúde) - Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2021.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38049A atenção em ginecologia constitui oportunidade para rastrear vulnerabilidades de mulheres oriundas das experiências sexuais. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são consideradas como um problema de saúde pública, principalmente pelas consequências referentes à saúde sexual e reprodutiva. Para as mulheres, preservar a saúde se constitui um desafio e a abstinência sexual durante o tratamento de infecções genitais pode gerar conflitos diante de desigualdades na relação com o parceiro pela assimetria na tomada de decisões. O estudo teve como objetivo geral analisar a experiência de mulheres no tratamento de infecções genitais considerando a relação com seus parceiros e com os serviços de saúde. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa do tipo exploratório. Foi realizado por meio de entrevistas presenciais e virtuais, no período de novembro de 2020 a junho de 2021, com 13 mulheres em idade reprodutiva, vinculadas a uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba. A análise do material empírico foi feita por meio da técnica de análise de discurso. A pesquisa atende aos requisitos éticos contidos nas resoluções do Conselho Nacional de Saúde, 466/2012 e 510/2016. Os resultados deste estudo mostram que mulheres estão atentas ao tratamento correto de infecções ginecológicas e alguns parceiros participam respeitando a abstinência sexual necessária ou contrariando-a com jogos de poder e sedução. São em sua totalidade eximidos de responsabilização na ocorrência de infecções ginecológicas, no tratamento e na vulnerabilidade de mulheres. As vulnerabilidades se sedimentam na relação com os parceiros, mas tem participação do serviço de saúde, na medida em que, apesar das orientações preventivas, não envolvem o parceiro, sendo predominante a continuidade da desinformação também para as mulheres.Gynecology care is an opportunity to track the vulnerabilities of women arising from sexual experiences. Sexually Transmitted Infections are considered a public health problem, mainly due to the consequences related to sexual and reproductive health. For women, preserving health is a challenge and sexual abstinence during the treatment of genital infections can generate conflicts in the face of inequalities in the relationship with the partner due to the asymmetry in decision-making. The study had as general objective to analyze the experience of women in the treatment of genital infections considering the relationship with their partners and with health services. This is an exploratory study with a qualitative approach. It was carried out through face-to-face and virtual interviews, from November 2020 to June 2021, with 13 women of reproductive age, linked to a Family Health Unit in the Sanitary District of Subúrbio Ferroviário of Salvador-Ba. The analysis of the empirical material was performed using the discourse analysis technique. The research meets the ethical requirements contained in the resolutions of the National Health Council, 466/2012 and 510/2016. The results of this study show that women are attentive to the correct treatment of gynecological infections and some partners participate respecting the necessary sexual abstinence or counteracting it with power and seduction games. They are entirely exempt from liability for the occurrence of gynecological infections, treatment and vulnerability of women. The vulnerabilities are consolidated in the relationship with the partners, but the health service participates, as, despite the preventive guidelines, they do not involve the partner, and the continuity of misinformation is predominant for women as well.Submitted by Programa de Pós- Graduação de Enfermagem (pro.pgenf@gmail.com) on 2023-10-13T18:31:50Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO - DIANA SANTOS SANCHEZ.pdf: 2656360 bytes, checksum: 29a9ee06cd4f1eb7d55397cb5548b551 (MD5)Approved for entry into archive by Marly Santos (marly@ufba.br) on 2023-10-17T10:12:52Z (GMT) No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO - DIANA SANTOS SANCHEZ.pdf: 2656360 bytes, checksum: 29a9ee06cd4f1eb7d55397cb5548b551 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-17T10:12:52Z (GMT). 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A atenção em ginecologia constitui oportunidade para rastrear vulnerabilidades de mulheres oriundas das experiências sexuais. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são consideradas como um problema de saúde pública, principalmente pelas consequências referentes à saúde sexual e reprodutiva. Para as mulheres, preservar a saúde se constitui um desafio e a abstinência sexual durante o tratamento de infecções genitais pode gerar conflitos diante de desigualdades na relação com o parceiro pela assimetria na tomada de decisões. O estudo teve como objetivo geral analisar a experiência de mulheres no tratamento de infecções genitais considerando a relação com seus parceiros e com os serviços de saúde. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa do tipo exploratório. Foi realizado por meio de entrevistas presenciais e virtuais, no período de novembro de 2020 a junho de 2021, com 13 mulheres em idade reprodutiva, vinculadas a uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba. A análise do material empírico foi feita por meio da técnica de análise de discurso. A pesquisa atende aos requisitos éticos contidos nas resoluções do Conselho Nacional de Saúde, 466/2012 e 510/2016. Os resultados deste estudo mostram que mulheres estão atentas ao tratamento correto de infecções ginecológicas e alguns parceiros participam respeitando a abstinência sexual necessária ou contrariando-a com jogos de poder e sedução. São em sua totalidade eximidos de responsabilização na ocorrência de infecções ginecológicas, no tratamento e na vulnerabilidade de mulheres. As vulnerabilidades se sedimentam na relação com os parceiros, mas tem participação do serviço de saúde, na medida em que, apesar das orientações preventivas, não envolvem o parceiro, sendo predominante a continuidade da desinformação também para as mulheres. |
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