Articulações políticas indígenas no sul da Bahia
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20614 |
Resumo: | Os povos indígenas no Brasil têm se organizado social e politicamente diante dos atuais desafios impostos à reapropriação de seus territórios tradicionais e à manutenção dos direitos até então conquistados. No período histórico presente, em que se configura amplamente um meio geográfico técnico-científico-informacional, suas disputas territoriais ganham novos contornos e significados. Inseridos nesse contexto, os povos Tupinambá, Pataxó e Pataxó Hãhãhãe, no sul da Bahia, vêm constituindo significativos processos de organização política, com destaque às reconquistas territoriais através das retomadas de terras e de êxitos na esfera política obtidos através de suas organizações próprias. Diante disso, esta dissertação trata das articulações políticas indígenas contemporâneas no sul da Bahia e seus significados no processo de reconquista e manutenção de seus territórios. As análises aqui presentes partem de entrevistas feitas com lideranças e de observação-participante em eventos do movimento indígena. São enfocadas, prioritariamente, as atuações dos caciques Aruã Pataxó e Babau Tupinambá, lideranças que se destacaram neste processo investigativo pelos modos como têm se articulado com agentes diversos que se encontram e atuam em diferentes escalas geográficas. A autonomia por eles almejada se revela nestes casos, principalmente, pelo autofinanciamento da luta e pela livre escolha de seus parceiros políticos. Dessa forma, essas articulações têm criado as condições de produção de uma territorialidade indígena em rede no sul da Bahia, a qual conecta-se com outras territorialidades na região e fora dela, reforçando os poderes locais das comunidades sobre seus respectivos territórios. Com isso tem contribuído a apropriação das novas tecnologias de telecomunicação. Estas, além de permitirem a troca de informações em tempo real entre os agentes indígenas e não-indígenas que se articulam, servem como canal de divulgação das produções audiovisuais das comunidades e seus parceiros, visando sensibilizar a opinião pública acerca de suas causas e interesses. Este trabalho insere-se, portanto, no rol de debates sobre a influência das novas territorialidades na organização do espaço geográfico. |
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Freire, Ricardo SallumProst, CatherineProst, CatherineGermani, Guiomar InezCarvalho, Maria Rosário Gonçalves de2016-09-16T14:09:03Z2016-09-16T14:09:03Z2016-09-162016CDU: 338.43.02(813.8)http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20614Os povos indígenas no Brasil têm se organizado social e politicamente diante dos atuais desafios impostos à reapropriação de seus territórios tradicionais e à manutenção dos direitos até então conquistados. No período histórico presente, em que se configura amplamente um meio geográfico técnico-científico-informacional, suas disputas territoriais ganham novos contornos e significados. Inseridos nesse contexto, os povos Tupinambá, Pataxó e Pataxó Hãhãhãe, no sul da Bahia, vêm constituindo significativos processos de organização política, com destaque às reconquistas territoriais através das retomadas de terras e de êxitos na esfera política obtidos através de suas organizações próprias. Diante disso, esta dissertação trata das articulações políticas indígenas contemporâneas no sul da Bahia e seus significados no processo de reconquista e manutenção de seus territórios. As análises aqui presentes partem de entrevistas feitas com lideranças e de observação-participante em eventos do movimento indígena. São enfocadas, prioritariamente, as atuações dos caciques Aruã Pataxó e Babau Tupinambá, lideranças que se destacaram neste processo investigativo pelos modos como têm se articulado com agentes diversos que se encontram e atuam em diferentes escalas geográficas. A autonomia por eles almejada se revela nestes casos, principalmente, pelo autofinanciamento da luta e pela livre escolha de seus parceiros políticos. Dessa forma, essas articulações têm criado as condições de produção de uma territorialidade indígena em rede no sul da Bahia, a qual conecta-se com outras territorialidades na região e fora dela, reforçando os poderes locais das comunidades sobre seus respectivos territórios. Com isso tem contribuído a apropriação das novas tecnologias de telecomunicação. Estas, além de permitirem a troca de informações em tempo real entre os agentes indígenas e não-indígenas que se articulam, servem como canal de divulgação das produções audiovisuais das comunidades e seus parceiros, visando sensibilizar a opinião pública acerca de suas causas e interesses. Este trabalho insere-se, portanto, no rol de debates sobre a influência das novas territorialidades na organização do espaço geográfico.ABSTRACT The indigenous peoples in Brazil have been socially and politically organizing themselves face the current challenges imposed to re-appropriation of their traditional territories and to the maintenance of their achieved rights. In the present historic period, in which a technical-scientific-informational environment is widely configured, their territory disputes gain new meanings. Inserted in this new context, the Tupinambá, Pataxó and Pataxó Hãhãhãe peoples, in south of Bahia, have been constituting significant political organization processes with highlight to the territorial re-conquests through land retaken and success in the political sphere through their own organizations. Considering these facts, this thesis aims to discuss the contemporary political indigenous articulations in the south of Bahia and their meanings in the process of re-conquest and maintenance of their territories. The present analyses are based on the interviews with indigenous leaders and on the participatory observation in indigenous movement events in Bahia. It focuses on the political actions from the chiefs Aruã Pataxó and Babau Tupinambá, both leaders which have called attention in this investigative process due to their ability to articulate with many agents which are found and act in different geographical scales. The autonomy they wish to have is revealed in these cases, mainly due to the fight´s self-financing and to the free choice of their political partners. That way these articulations have been creating the conditions for the production of an indigenous network territoriality in the south of Bahia, which connects itself with other region´s and outside territorialities, making the local community power stronger upon their territories. The appropriation of new telecommunication technologies have been contributing to that. They allow the information exchange in real time between the indigenous leadears from different groups and between them and non-indigenous agents; they also serve as a channel for advertising the audio-visual productions of these communities and their partners, aiming to touch the public opinion regarding their causes and interests. This work is therefore related to the debates regarding the influence of new territorialities in the geographical space organization.Submitted by Puentes Torres Antônio (antoniopuentes@hotmail.com) on 2016-09-16T13:44:40Z No. of bitstreams: 1 FREIRE.R.S.2016_Articulacoes_indigenas_Sul_BA.pdf: 4622650 bytes, checksum: 6c63648f209806fc17500827f05f0649 (MD5)Approved for entry into archive by Vanessa Reis (vanessa.jamile@ufba.br) on 2016-09-16T14:09:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 FREIRE.R.S.2016_Articulacoes_indigenas_Sul_BA.pdf: 4622650 bytes, checksum: 6c63648f209806fc17500827f05f0649 (MD5)Made available in DSpace on 2016-09-16T14:09:03Z (GMT). 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