Sambas, batuques e candomblés em Cachoeira-Bahia: a construção ideológica da cidade do feitiço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23938 |
Resumo: | Esta dissertação analisa as perseguições da imprensa baiana contra os Candomblés. São colocados sob exame os discursos e representações que figuraram nas páginas dos jornais da cidade de Cachoeira sobre as práticas lúdicas e religiosas de matriz africana nas primeiras décadas do século XX. Procuro demonstrar a complexidade dos argumentos dos setores letrados da Bahia em oposição aos Candomblés, dissimulando o racismo indelével em suas atitudes e textos. Investigam-se os interesses políticos e econômicos dos jornais, bem como, as motivações de diferentes indivíduos e grupos sociais relacionados às redações. Assim, perseguimos, por um lado, a trajetória de jornalistas, médicos e políticos, por outro lado, ogans, pais e, especialmente, mães-de-santo. Os adeptos da religiosidade afro-baiana souberam utilizar em seu favor as disputas políticas das elites, silenciando em momentos específicos, constituindo alianças, persistindo na manutenção de sua fé e do seu jeito de festejar. Dessa maneira, os indivíduos que davam corpo as práticas lúdicas e religiosas afro-baianas forjaram estratégias de resistência declarada ou sub-reptícia contra os que desejavam o fim dos sambas e dos candomblés. |
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Santos, Edmar FerreiraParés, Luis NicolauSantos, JocélioTeles dosAlbuquerque, Wlamyra Ribeiro de2017-08-10T18:24:59Z2017-08-10T18:24:59Z2017-08-102007http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23938Esta dissertação analisa as perseguições da imprensa baiana contra os Candomblés. São colocados sob exame os discursos e representações que figuraram nas páginas dos jornais da cidade de Cachoeira sobre as práticas lúdicas e religiosas de matriz africana nas primeiras décadas do século XX. Procuro demonstrar a complexidade dos argumentos dos setores letrados da Bahia em oposição aos Candomblés, dissimulando o racismo indelével em suas atitudes e textos. Investigam-se os interesses políticos e econômicos dos jornais, bem como, as motivações de diferentes indivíduos e grupos sociais relacionados às redações. Assim, perseguimos, por um lado, a trajetória de jornalistas, médicos e políticos, por outro lado, ogans, pais e, especialmente, mães-de-santo. Os adeptos da religiosidade afro-baiana souberam utilizar em seu favor as disputas políticas das elites, silenciando em momentos específicos, constituindo alianças, persistindo na manutenção de sua fé e do seu jeito de festejar. Dessa maneira, os indivíduos que davam corpo as práticas lúdicas e religiosas afro-baianas forjaram estratégias de resistência declarada ou sub-reptícia contra os que desejavam o fim dos sambas e dos candomblés.This dissertation examines the Bahian press persecution of Afro-Brazilian religious communities of Candomblé. It analyzes the discourses and representations conveyed by the city of Cachoeira’s newspapers on the African-derived profane and religious practices in the early decades of the twentieth century. It tries to highlight the complexity of the arguments of the Bahian intellectual elites against Candomblé, showing the inherent racism hidden in their practices and texts. The work investigates the newspapers’ political and economic interests as well as the motivations of the different individuals and social groups associated with the editors. Hence, the study follows the trajectories of journalists, physicians and politicians on the one hand, and of religious experts like ogans, high-priests and, especially, high-priestesses (mães-desanto) on another. The research identifies how the practitioners of Afro-Bahian religion knew how to use to its own advantage the elite’s political disputes, silencing the ritual practices in certain moments or establishing alliances in others, in order to preserve their religiosity and ways of celebration. By these means, the practitioners of Afro-Bahian religion articulated overt or hidden strategies of resistance against those who wanted to finish with the sambas and candomblés.Submitted by Programa Pos-Graduação Estudos Etnicos Africanos (posafro@ufba.br) on 2013-12-17T13:50:20Z No. of bitstreams: 1 dissertacao_EFSantos.pdf: 3841030 bytes, checksum: cdfff3420ec1c1f3655189d9e4634faf (MD5)Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-10T18:24:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao_EFSantos.pdf: 3841030 bytes, checksum: cdfff3420ec1c1f3655189d9e4634faf (MD5)Made available in DSpace on 2017-08-10T18:24:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_EFSantos.pdf: 3841030 bytes, checksum: cdfff3420ec1c1f3655189d9e4634faf (MD5)MultidisciplinarSamba.Feitiçaria.Cachoeira.Sambas, batuques e candomblés em Cachoeira-Bahia: a construção ideológica da cidade do feitiçoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma Multidisciplinar de Pós-graduação em Estudos Étnicos e AfricanosUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALdissertacao_EFSantos.pdfdissertacao_EFSantos.pdfapplication/pdf3841030https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23938/1/dissertacao_EFSantos.pdfcdfff3420ec1c1f3655189d9e4634fafMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23938/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTdissertacao_EFSantos.pdf.txtdissertacao_EFSantos.pdf.txtExtracted texttext/plain471667https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23938/3/dissertacao_EFSantos.pdf.txt1a09151cb5fd95d7e33fa8d5e075e6f8MD53ri/239382022-02-20 21:49:43.901oai:repositorio.ufba.br:ri/23938VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T00:49:43Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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