Juventude na educação de jovens e adultos: novos sujeitos num velho cenário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11067 |
Resumo: | A pesquisa Juventude na EJA: novos sujeitos num velho cenário é o resultado de um estudo com jovens entre 15 e 24 anos, que frequentam a educação de jovens e adultos em uma escola pública da cidade de Salvador. Trata-se de compreender os significados produzidos pelos jovens da EJA em relação à sua trajetória escolar e a repercussão destes para a configuração de propostas pedagógicas coerentes com as demandas do público jovem da EJA. A pesquisa, de natureza qualitativa, caracteriza-se como um estudo de caso do tipo etnográfico, considera a multireferencialidade como perspectiva teórica, ressaltando os princípios da etnografia como balizadores da pesquisa. O trabalho conta com os seguintes procedimentos metodológicos: observação participante, entrevista semiestruturada, questionário, registro fotográfico e grupos de diálogos. Na discussão teórica, costurada com as biografias escolares dos jovens, se estabelece um diálogo sobre o conceito de juventude e identificam-se maneiras diversificadas dos grupos sociais vivenciarem a condição juvenil. As reflexões acerca do processo de globalização mostram os efeitos da mesma para a produção de existência dos jovens das classes populares. Percebe-se incompatibilidade entre o lugar social que a escola atribui aos jovens da EJA e a percepção destes sobre sua inserção na escola. Por conta desses fatores, são evidenciadas algumas estratégias de resistência ao lugar instituído pela escola, expressas a partir de atitudes que promovem a autoafirmação. Na medida em que se busca problematizar as tramas das relações na escola, observam-se fenômenos contraditórios: a escola é apresentada como espaço de exclusão e medo, e, ao mesmo tempo, como espaço de proteção e sociabilidade. As relações de poder que perpassam o cotidiano da escola apontam para algumas facetas do silenciamento, estratégia utilizada para escamotear a violência e sustentar a baixa qualidade do ensino. Os jovens chegam a EJA por conta de um percurso escolar com pouco sentido positivo para suas vidas, percebem a força negativa dos estigmas no processo de aprendizagem e inclusão social, demarcam desejo de valorização de suas culturas e saberes, reconhecem suas fragilidades e recorrem à escola na esperança de se apropriarem dos conteúdos escolarizados, serem ouvidos e construir trajetórias exitosas. Para isso a escuta sensível pode se constituir um caminho viável à aproximação das demandas dos estudantes e possibilitar a elaboração de um projeto específico para os jovens da EJA. |
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Borghi, Idalina Souza MascarenhasBorghi, Idalina Souza MascarenhasSá, Maria Roseli Gomes Brito deMarques, Maria Ornélia da Silveira2013-05-17T13:19:55Z2013-05-17T13:19:55Z2009http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11067A pesquisa Juventude na EJA: novos sujeitos num velho cenário é o resultado de um estudo com jovens entre 15 e 24 anos, que frequentam a educação de jovens e adultos em uma escola pública da cidade de Salvador. Trata-se de compreender os significados produzidos pelos jovens da EJA em relação à sua trajetória escolar e a repercussão destes para a configuração de propostas pedagógicas coerentes com as demandas do público jovem da EJA. A pesquisa, de natureza qualitativa, caracteriza-se como um estudo de caso do tipo etnográfico, considera a multireferencialidade como perspectiva teórica, ressaltando os princípios da etnografia como balizadores da pesquisa. O trabalho conta com os seguintes procedimentos metodológicos: observação participante, entrevista semiestruturada, questionário, registro fotográfico e grupos de diálogos. Na discussão teórica, costurada com as biografias escolares dos jovens, se estabelece um diálogo sobre o conceito de juventude e identificam-se maneiras diversificadas dos grupos sociais vivenciarem a condição juvenil. As reflexões acerca do processo de globalização mostram os efeitos da mesma para a produção de existência dos jovens das classes populares. Percebe-se incompatibilidade entre o lugar social que a escola atribui aos jovens da EJA e a percepção destes sobre sua inserção na escola. Por conta desses fatores, são evidenciadas algumas estratégias de resistência ao lugar instituído pela escola, expressas a partir de atitudes que promovem a autoafirmação. Na medida em que se busca problematizar as tramas das relações na escola, observam-se fenômenos contraditórios: a escola é apresentada como espaço de exclusão e medo, e, ao mesmo tempo, como espaço de proteção e sociabilidade. As relações de poder que perpassam o cotidiano da escola apontam para algumas facetas do silenciamento, estratégia utilizada para escamotear a violência e sustentar a baixa qualidade do ensino. Os jovens chegam a EJA por conta de um percurso escolar com pouco sentido positivo para suas vidas, percebem a força negativa dos estigmas no processo de aprendizagem e inclusão social, demarcam desejo de valorização de suas culturas e saberes, reconhecem suas fragilidades e recorrem à escola na esperança de se apropriarem dos conteúdos escolarizados, serem ouvidos e construir trajetórias exitosas. Para isso a escuta sensível pode se constituir um caminho viável à aproximação das demandas dos estudantes e possibilitar a elaboração de um projeto específico para os jovens da EJA.Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-04-25T13:04:24Z No. of bitstreams: 1 Idalina Borghi.pdf: 2480464 bytes, checksum: 721c1755cc766a5cf0d92b861179def5 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora Lopes(silopes@ufba.br) on 2013-05-17T13:19:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Idalina Borghi.pdf: 2480464 bytes, checksum: 721c1755cc766a5cf0d92b861179def5 (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-17T13:19:55Z (GMT). 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