Bancos comunitários da Bahia: tecnologias sociais como emancipação, saberes e práticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Juçara Freire
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38739
Resumo: A Tese envolve os bancos comunitários de desenvolvimento que compõem a Rede Baiana de Bancos Comunitários como fenômeno contemporâneo das contracorrentes das revoluções moleculares com as tecnologias sociais. A rede é formada pelos bancos Eco Luzia, Casa do Sol, Ilhamar, Santa Luzia, Banco da Resex de Canavieiras, Abrantes Solidário, Solidário Quilombola do Iguape, Amigos do Sertão, 2 de Julho, Ouro Negro. Os bancos nascem das iniciativas das associações comunitárias, ocorridas no período entre 2005 e 2017. Em meio aos contextos caóticos do capital globalizado, esta pesquisa investiga os potenciais que os bancos exercem na Bahia, como ocorrem seus desempenhos e que mudanças efetivas realizam em suas respectivas comunidades. O estudo abrange levantamentos de dados realizados em abordagens qualitativa e quantitativa. Com o objetivo de estudar essa rede, indagamos: que fluxos transformadores estão sendo produzidos pelas contracorrentes articuladas pelos bancos comunitários? No entorno desta problemática, trazemos os objetivos e as questões norteadoras. Objetivo geral: Estudar a Rede Baiana de Bancos Comunitários, como fenômeno contemporâneo das contracorrentes com as tecnologias sociais. Objetivos específicos: Produzir relatos das práticas dos bancos comunitários; analisar os casos de desempenho dos bancos Abrantes Solidário e Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); identificar as transformações sociais nos territórios onde se encontram os bancos. O estudo mostrou-se adequado, ao método da pesquisa participante. Agregamos o método do estudo de caso, para analisar com aprofundamento duas experiências: o BCD Abrantes Solidário e o BCD Quilombola do Iguape. Esse universo insere-se num sistema social complexo, no qual se evidenciam distintos protagonistas em diferentes funções: os bancos, a rede, as entidades representativas comunitárias, os tomadores de crédito, os comerciantes locais, os agentes de crédito, o Conselho de Análise de Crédito (CAC), a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (ITES) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os aportes feitos pelos BCDs, somaram R$261.725,84, para 1.169 microcréditos, ofertados no período demarcado para a pesquisa (2015 a 2018), com valor médio de crédito de R$223,88, constatam o pequeno volume de recursos que os bancos comunitários dispõem para operar, resultando em pequenos créditos, configurando-se como microcréditos. Na busca do crédito, há predominância das mulheres. Os bancos servem principalmente a elas, o percentual é de 81,3 %. Para os homens, o percentual é de 18,7 %. A inadimplência foi baixa, demonstrando honestidade dos tomadores de crédito e solidariedade do fenômeno. O número de inadimplentes totalizou 63 tomadores de crédito, cujo percentual, com base no número de microcréditos ofertados, foi de 5,3%. O valor da inadimplência foi de R$21.623,56 com base no disponibilizado, com percentual de 8,3%. Os fluxos transformadores produzidos pelas contracorrentes articuladas pelos bancos comunitários, se evidenciaram, conforme se configura a Rede baiana de Bancos Comunitários enquanto fenômeno. Foram produzidos relatos das práticas dos bancos comunitários; analisados os casos de desempenho dos bancos Abrantes Solidário e Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); e identificadas as transformações sociais nos territórios onde se encontram os bancos.
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Com o objetivo de estudar essa rede, indagamos: que fluxos transformadores estão sendo produzidos pelas contracorrentes articuladas pelos bancos comunitários? No entorno desta problemática, trazemos os objetivos e as questões norteadoras. Objetivo geral: Estudar a Rede Baiana de Bancos Comunitários, como fenômeno contemporâneo das contracorrentes com as tecnologias sociais. Objetivos específicos: Produzir relatos das práticas dos bancos comunitários; analisar os casos de desempenho dos bancos Abrantes Solidário e Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); identificar as transformações sociais nos territórios onde se encontram os bancos. O estudo mostrou-se adequado, ao método da pesquisa participante. Agregamos o método do estudo de caso, para analisar com aprofundamento duas experiências: o BCD Abrantes Solidário e o BCD Quilombola do Iguape. 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The network is formed by the banks Eco Luzia, Casa do Sol, Ilhamar, Santa Luzia, Banco da Resex de Canavieiras, Abrantes Solidário, Solidário Quilombola do Iguape, Amigos do Sertão, 2 de Julho, Ouro Negro. The banks are born from the initiatives of community associations, which took place between 2005 and 2017. In the midst of the chaotic contexts of globalized capital, this research investigates the potential that banks exercise in Bahia, how their performances occur and what effective changes they make in their respective communities. The study covers data surveys carried out in qualitative and quantitative approaches. With the aim of studying this network, we ask: what transforming flows are being produced by the countercurrents articulated by community banks? Around this problem, we bring the objectives and guiding uestions. General objective: To study the Bahia Network of Community Banks, as a contemporary phenomenon of countercurrents with social technologies. Specific objectives: Produce reports on the practices of community banks; analyze the performance cases of the banks Abrantes Solidário and Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); identify the social transformations in the territories where the banks are located. The study proved to be suitable for the participant research method. We added the case study method, to analyze in depth two experiences: BCD Abrantes Solidário and BCD Quilombola do Iguape. This universe is part of a complex social system, in which different protagonists in different functions are evident: banks, the network, community representative entities, credit borrowers, local merchants, credit agents, the Council for Analysis of Credit (CAC), the Technological Incubator of Solidary Economy (ITES) and the Federal University of Bahia (UFBA). Contributions made by BCDs totaled R$261,725.84, for 1,169 microcredits, offered in the period selected for the research (2015 to 2018), with an average credit value of R$223.88, confirming the small volume of resources that community banks have to operate, resulting in small credits, configured as microcredits. In the search for credit, there is a predominance of women. Banks mainly serve them; the percentage is 81.3%. For men, the percentage is 18.7%. Default rates were low, demonstrating the honesty of borrowers and the solidarity of the phenomenon. The number of defaulters totaled 63 borrowers, whose percentage, based on the number of microcredits offered, was 5.3%. The default value was R$21,623.56 based on what was made available, with a percentage of 8.3%. The transforming flows produced by countercurrents articulated by community banks became evident, as the Bahia Network of Community Banks was configured as a phenomenon. Reports were produced on the practices of community banks; analyzed the performance cases of Abrantes Solidário and Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI) banks; and identified as social transformations in the territories where the banks are located.RÉSUMÉ: La thèse implique les banques communautaires de développement qui composent le Réseau Bahia de Banque Communautaires comme phènomene contemporain des contre-courants des révolutions moléculaires avec les technologies sociales. Le réseau est formé par les banques Eco Luzia, Casa do Sol, Ilhamar, Santa Luiza, Banque da Resex de Canavieiras, Abrantes, Solidário Quilombola do Iguape, Amigos do Sertão, 2 de Julho, Ouro Negro. Les banques sont nées des iniciatives des associations communautaires, qui ont eu lieu entre 2005 e 2017. Dans les contextes chaotiques du capital mondialisé, cette recherche étudie le pontenciel que les banques exercent à Bahia, comment leurs performances se produisent et quels changements efficace ont-ils realisé dans ses respectifs communautés. L’étude porte sur les enquêtes des donnes menées dans des aproches qualitatif et quantitatif. Avec l’objetif d’étudier ce réseau, nous avons demandé: quels flux transformteurs sont produits par les contre-courants articulés par les banques ommunautaires? Autour de cette problèmatique, nous apportons les objectifs et les questions directrices. Objectif général: étudier le réseau de banques communautaires de Bahia, en tant que phénomene contemporain de contre-courant avec les technologies sociales. Objectifs spécifiques: produire des rapports sur des pratiques des banques communautaires; analyser les cas de performance des banques Abrantes Solidário et Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); identifier les transformations sociales des territoires où sont implantées les banques. L’étude s’est avérée adaptée à la méthode de recherche participative. Nous avons ajouté la méthode d’études de cas pour analyser en profendeur deux experiènces: le BDC Abrantes Solidário et le BDC Quilombola Iguape. Cet univers fait partie d’un système social complexe, dans lequel se preuvent différentes protagonistes dans différentes fonctions: les banques, le réseau, les entités représentatives de la communauté, les emprunteurs, les comenrçants locaux, les agents de crédits, le Conseils d’analyse du crédit (CAC), l’incubateur technologique d’économie solidaire (ITES) et de l’Université fédéral de Bahia (UFBA). Les contribuitions des BCD ont totalisé 261 725, 84 R$, pour 1.169 minicrédits, offerts au cours de la période définie pour l’ênquete (2015 à 2018), avec une valeur de crédit moyenne de 223,88 R$, confirment le faible volume des ressources dont disposent les banques communautaires pour fonctionner, débouchent sur de petits crédits, configures comme des microcrédits. Dans la recherche de crédit, comme déjà démontré, il y a une prédominance des Femmes.Les banques leurs rendent services, principalmente, le pourcentage é de 81,3%. Pour les hommes, le pourcentage é de 18,7%. Les taux d’impayés étaiet faibles, démontrant l’honnêteté des emprunteurs et la solidarieté du phénomène. Le nombre de défaillants s’élève à 63 emprunteurs dont le pourcentage, basé sur le nombre de microcrédits offerts, et de 5,3%. La valeur par défaut était de 21 623,56 R$ sur la base de ce qui était disponible, avec un pourcentage de 8,3%. Les fluxs transformateurs produits par les contre-courrants articulés par les banques communautaires, sont dévenus évidents, alors que le Réseau de Banques Communautaires de Bahia était configuré comme phénomène. Des rapports des pratiques communautaires ont était produits; analysé les cas de performance des banques Abrantes Solidaire et Banque Solidaire Quilombola do Iguape (BSQI); et identifiés les transformations sociales dans les territoires où sont implantées les banques.Submitted by Eleonora Guimaraes (esilva@ufba.br) on 2023-12-19T21:03:05Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Tese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdf: 9186403 bytes, checksum: f595be05da353dc50576444399ef8f6c (MD5)Approved for entry into archive by Eleonora Guimaraes (esilva@ufba.br) on 2023-12-19T21:06:39Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Tese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdf: 9186403 bytes, checksum: f595be05da353dc50576444399ef8f6c (MD5)Made available in DSpace on 2023-12-19T21:06:39Z (GMT). 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Bancos Comunitários da Bahia: tecnologias sociais como emancipação, saberes e práticas. 2023. 298 f.: il. Tese (Doutorado em Difusão do Conhecimento) - Programa de Pós-graduação Multi-institucional em Difusão de Conhecimento - Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2023reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdf.txtTese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdf.txtExtracted texttext/plain749554https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38739/4/Tese%20Ju%c3%a7ara%20Freire%20VF%2015.12.2023.pdf.txt3e48a2ea776323db1479cd2054bb2910MD54ORIGINALTese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdfTese Juçara Freire VF 15.12.2023.pdfapplication/pdf9186403https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38739/1/Tese%20Ju%c3%a7ara%20Freire%20VF%2015.12.2023.pdff595be05da353dc50576444399ef8f6cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8701https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38739/2/license_rdf42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38739/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/387392023-12-23 22:06:33.862oai:repositorio.ufba.br:ri/38739TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-12-24T01:06:33Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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Knowledge and Practices
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description A Tese envolve os bancos comunitários de desenvolvimento que compõem a Rede Baiana de Bancos Comunitários como fenômeno contemporâneo das contracorrentes das revoluções moleculares com as tecnologias sociais. A rede é formada pelos bancos Eco Luzia, Casa do Sol, Ilhamar, Santa Luzia, Banco da Resex de Canavieiras, Abrantes Solidário, Solidário Quilombola do Iguape, Amigos do Sertão, 2 de Julho, Ouro Negro. Os bancos nascem das iniciativas das associações comunitárias, ocorridas no período entre 2005 e 2017. Em meio aos contextos caóticos do capital globalizado, esta pesquisa investiga os potenciais que os bancos exercem na Bahia, como ocorrem seus desempenhos e que mudanças efetivas realizam em suas respectivas comunidades. O estudo abrange levantamentos de dados realizados em abordagens qualitativa e quantitativa. Com o objetivo de estudar essa rede, indagamos: que fluxos transformadores estão sendo produzidos pelas contracorrentes articuladas pelos bancos comunitários? No entorno desta problemática, trazemos os objetivos e as questões norteadoras. Objetivo geral: Estudar a Rede Baiana de Bancos Comunitários, como fenômeno contemporâneo das contracorrentes com as tecnologias sociais. Objetivos específicos: Produzir relatos das práticas dos bancos comunitários; analisar os casos de desempenho dos bancos Abrantes Solidário e Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); identificar as transformações sociais nos territórios onde se encontram os bancos. O estudo mostrou-se adequado, ao método da pesquisa participante. Agregamos o método do estudo de caso, para analisar com aprofundamento duas experiências: o BCD Abrantes Solidário e o BCD Quilombola do Iguape. Esse universo insere-se num sistema social complexo, no qual se evidenciam distintos protagonistas em diferentes funções: os bancos, a rede, as entidades representativas comunitárias, os tomadores de crédito, os comerciantes locais, os agentes de crédito, o Conselho de Análise de Crédito (CAC), a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (ITES) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os aportes feitos pelos BCDs, somaram R$261.725,84, para 1.169 microcréditos, ofertados no período demarcado para a pesquisa (2015 a 2018), com valor médio de crédito de R$223,88, constatam o pequeno volume de recursos que os bancos comunitários dispõem para operar, resultando em pequenos créditos, configurando-se como microcréditos. Na busca do crédito, há predominância das mulheres. Os bancos servem principalmente a elas, o percentual é de 81,3 %. Para os homens, o percentual é de 18,7 %. A inadimplência foi baixa, demonstrando honestidade dos tomadores de crédito e solidariedade do fenômeno. O número de inadimplentes totalizou 63 tomadores de crédito, cujo percentual, com base no número de microcréditos ofertados, foi de 5,3%. O valor da inadimplência foi de R$21.623,56 com base no disponibilizado, com percentual de 8,3%. Os fluxos transformadores produzidos pelas contracorrentes articuladas pelos bancos comunitários, se evidenciaram, conforme se configura a Rede baiana de Bancos Comunitários enquanto fenômeno. Foram produzidos relatos das práticas dos bancos comunitários; analisados os casos de desempenho dos bancos Abrantes Solidário e Banco Solidário Quilombola do Iguape (BSQI); e identificadas as transformações sociais nos territórios onde se encontram os bancos.
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