O Repertório para canto lírico da Bahia Colonial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39392 |
Resumo: | Esta monografia pretende traçar um panorama sucinto da produção e execução de música vocal erudita no período do Brasil Colonial com ênfase na Bahia do século XVIII e inicio do século XIX. O interesse sobre o tema se justifica, dentre outras coisas, no fato que, enquanto o período imperial parece ter sua música vocal razoavelmente documentada, música colonial ainda tem uma importância a ser revelada. A metodologia utilizada na construção desse artigo recorrerá à bibliografia disponível, principalmente relatos de viajantes como Tollenare, Nuno Marques Pereira e Le Gentil. Recorri a estudos e artigos de reconhecidos pesquisadores como Bruno Kiefer, Vasco Mariz e Regis Duprat, além do exame das partituras musicais que me foi possível reunir. Para melhor compreensão do presente artigo, dividi o repertório vocal erudito da época em três grupos: música de concerto, música religiosa e a música que, grafada em partitura, tem influencia popular, no caso as modinhas e lundus. No primeiro caso assinalamos a primeira partitura musical produzida no Brasil, o Recitativo e Ária (1759) de Caetano de Mello Jesus, escrito para soprano, dois violinos e baixo contínuo. No repertório religioso destaca-se o conjunto da obra de Damião Barbosa de Araujo, o terceiro grupo traz a fascinante personalidade do baiano Domingos Caldas Barbosa, que teria inventado a modinha brasileira que se disseminou na metrópole portuguesa. É possível adiantar que o período revela uma música que embora simples na sua forma, tem importância vital na criação do que podemos chamar de caráter nacional, que será efetivamente revelado no Império. Outro dado significativo se refere à importância da música profissional como meio de libertação e ascensão social das camadas menos favorecidas da sociedade colonial. |
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A metodologia utilizada na construção desse artigo recorrerá à bibliografia disponível, principalmente relatos de viajantes como Tollenare, Nuno Marques Pereira e Le Gentil. Recorri a estudos e artigos de reconhecidos pesquisadores como Bruno Kiefer, Vasco Mariz e Regis Duprat, além do exame das partituras musicais que me foi possível reunir. Para melhor compreensão do presente artigo, dividi o repertório vocal erudito da época em três grupos: música de concerto, música religiosa e a música que, grafada em partitura, tem influencia popular, no caso as modinhas e lundus. No primeiro caso assinalamos a primeira partitura musical produzida no Brasil, o Recitativo e Ária (1759) de Caetano de Mello Jesus, escrito para soprano, dois violinos e baixo contínuo. No repertório religioso destaca-se o conjunto da obra de Damião Barbosa de Araujo, o terceiro grupo traz a fascinante personalidade do baiano Domingos Caldas Barbosa, que teria inventado a modinha brasileira que se disseminou na metrópole portuguesa. É possível adiantar que o período revela uma música que embora simples na sua forma, tem importância vital na criação do que podemos chamar de caráter nacional, que será efetivamente revelado no Império. Outro dado significativo se refere à importância da música profissional como meio de libertação e ascensão social das camadas menos favorecidas da sociedade colonial.BRANDÃO, José Maurício. Ópera no Brasil: um panorama histórico. Revista Música Hodie, Goiânia, v.12 - n. 2, 2012, p. 31-47. BRASIL, Hebe Machado. “A música na cidade de Salvador 1549 – 1900”. Revista da Bahia. Editora EGBA, 1988; DINIZ, Jaime C. Mestres de Capela da Misericórdia da Bahia 1647-1810. Salvador: Centro Editorial Didático da UFBA, 1993; DUPRAT, Régis. 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Esta monografia pretende traçar um panorama sucinto da produção e execução de música vocal erudita no período do Brasil Colonial com ênfase na Bahia do século XVIII e inicio do século XIX. O interesse sobre o tema se justifica, dentre outras coisas, no fato que, enquanto o período imperial parece ter sua música vocal razoavelmente documentada, música colonial ainda tem uma importância a ser revelada. A metodologia utilizada na construção desse artigo recorrerá à bibliografia disponível, principalmente relatos de viajantes como Tollenare, Nuno Marques Pereira e Le Gentil. Recorri a estudos e artigos de reconhecidos pesquisadores como Bruno Kiefer, Vasco Mariz e Regis Duprat, além do exame das partituras musicais que me foi possível reunir. Para melhor compreensão do presente artigo, dividi o repertório vocal erudito da época em três grupos: música de concerto, música religiosa e a música que, grafada em partitura, tem influencia popular, no caso as modinhas e lundus. No primeiro caso assinalamos a primeira partitura musical produzida no Brasil, o Recitativo e Ária (1759) de Caetano de Mello Jesus, escrito para soprano, dois violinos e baixo contínuo. No repertório religioso destaca-se o conjunto da obra de Damião Barbosa de Araujo, o terceiro grupo traz a fascinante personalidade do baiano Domingos Caldas Barbosa, que teria inventado a modinha brasileira que se disseminou na metrópole portuguesa. É possível adiantar que o período revela uma música que embora simples na sua forma, tem importância vital na criação do que podemos chamar de caráter nacional, que será efetivamente revelado no Império. Outro dado significativo se refere à importância da música profissional como meio de libertação e ascensão social das camadas menos favorecidas da sociedade colonial. |
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