Impacto da implantação da unidade de terapia intensiva neonatal na mortalidade neonatal em maternidade de referência de Salvador (Bahia, Brasil)
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16865 |
Resumo: | A importância crescente do componente neonatal na mortalidade infantil é uma tendência característica dos países desenvolvidos e associa-se às causas originadas no período perinatal, de mais difícil controle. A redução dos índices de mortalidade neonatal pode ser alcançada através de programas de atenção materna e do suporte adequado aos recém-nascidos de risco. Objetivo: avaliar o impacto da implantação da unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) na mortalidade neonatal em maternidade de referência. Metodologia: trata-se de um estudo de avaliação de impacto do tipo antes-depois, realizado através da revisão dos registros da instituição e prontuários. Foram coletadas informações das crianças nascidas ou internadas na maternidade no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010 e que faleceram com idade inferior a 28 dias de vida. A UTIN foi implantada no fim do ano de 2007 no serviço. Resultados: dados foram obtidos de 81 crianças, representando 48,7% dos óbitos registrados na maternidade no período. A taxa de mortalidade neonatal no período A (2005 a 2007) foi 7‰ e no período B (2008 a 2010) foi 11,3‰. Ocorreu incremento de 61,4% no risco de morte neonatal do período A para o período B. As causas mais frequentes de morte neonatal no período A foram: asfixia perinatal (29,2%), malformações congênitas (20,8%), infecção perinatal (16,7%) e síndrome da aspiração meconial (16,7%). No período B, as causas mais frequentes foram: transtornos relacionados ao baixo peso ao nascer/ prematuridade (47,4%), infecção perinatal (22,8%) e malformações congênitas (12,3%). A incidência de prematuridade aumentou de 41,7% (A) para 75,4% (B). Discussão: no período B foi possível observar alta incidência de prematuridade e maior participação dos transtornos associados a essa condição como causas de morte, aspectos que sugerem impacto da UTIN na modificação do perfil de mortalidade do serviço. O incremento no risco de morte pode sofrer influência do viés de seleção introduzido na maternidade com a implantação da UTI (maior concentração de gestações de alto risco), contudo são necessários estudos capazes de avaliar outros aspectos, como infecção hospitalar, indicadores de qualidade da UTI e taxa de sobrevida associada ao serviço. Conclusões: ocorreu incremento de 61,4% no risco de morte na maternidade no período B em relação ao período A. No período após a implantação da UTI ocorreu modificação no perfil de mortalidade em relação às principais causas de morte. |
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Foram coletadas informações das crianças nascidas ou internadas na maternidade no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010 e que faleceram com idade inferior a 28 dias de vida. A UTIN foi implantada no fim do ano de 2007 no serviço. Resultados: dados foram obtidos de 81 crianças, representando 48,7% dos óbitos registrados na maternidade no período. A taxa de mortalidade neonatal no período A (2005 a 2007) foi 7‰ e no período B (2008 a 2010) foi 11,3‰. Ocorreu incremento de 61,4% no risco de morte neonatal do período A para o período B. As causas mais frequentes de morte neonatal no período A foram: asfixia perinatal (29,2%), malformações congênitas (20,8%), infecção perinatal (16,7%) e síndrome da aspiração meconial (16,7%). No período B, as causas mais frequentes foram: transtornos relacionados ao baixo peso ao nascer/ prematuridade (47,4%), infecção perinatal (22,8%) e malformações congênitas (12,3%). A incidência de prematuridade aumentou de 41,7% (A) para 75,4% (B). Discussão: no período B foi possível observar alta incidência de prematuridade e maior participação dos transtornos associados a essa condição como causas de morte, aspectos que sugerem impacto da UTIN na modificação do perfil de mortalidade do serviço. O incremento no risco de morte pode sofrer influência do viés de seleção introduzido na maternidade com a implantação da UTI (maior concentração de gestações de alto risco), contudo são necessários estudos capazes de avaliar outros aspectos, como infecção hospitalar, indicadores de qualidade da UTI e taxa de sobrevida associada ao serviço. Conclusões: ocorreu incremento de 61,4% no risco de morte na maternidade no período B em relação ao período A. 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