O re-inventar das Cambindas de Triunfo: diálogos de corpo, memória e tradição

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Daiane Nonato de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35649
Resumo: As Cambindas de Triunfo é uma manifestação popular que tem seu surgimento por volta de 1913 na comunidade do Alto da Boa Vista, na cidade de Triunfo, no Sertão Pernambucano. Como uma brincadeira no carnaval, composta a princípio apenas por homens, em sua maioria negros, as Cambindas saíam às ruas vestidas de mulheres para brincar e animar a festa das pessoas por onde passavam. Uma das características do cortejo era passar nas casas onde eram sempre recebidas com comidas e bebidas pelos donos. Contam os mais velhos, que os moradores de toda a cidade ao chegar o carnaval abriam espaços nas salas das suas casas, pois havia grandes possibilidades de serem contemplados com uma visita das cambindas. Depois de décadas fazendo a alegria nos carnavais, as Cambindas deixaram de sair às ruas, não se sabe nem a época e nem os motivos que desencadearam a descontinuidade desta manifestação dentro desta comunidade. Hoje, o que acredito mediar enquanto mestra popular que ensina os modos de fazer das cambindas é um processo de re_invenção dessa tradição (Hobsbawn, 1997). O objetivo da pesquisa foi, a partir dos atos de reinvenção com o grupo “Cambindas de Triunfo”, aprofundar a relação com o bairro berço dessa manifestação, ampliando o entendimento da sua importância para a cultura desse município. A pesquisa assume a pesquisa-ação, as histórias de vida e a etnopesquisa crítica como perspectivas metodológicas para essa mediação cultural. Entendo também que é no fazer da pesquisa que a re_invenção das Cambindas ganha novos sentidos fortalecendo os laços da memória e acionando o imaginário simbólico dos corpos na comunidade que tocam, cantam e dançam.
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spelling 2022-07-07T11:56:15Z2022-07-07T11:56:15Z2021-05-28https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35649As Cambindas de Triunfo é uma manifestação popular que tem seu surgimento por volta de 1913 na comunidade do Alto da Boa Vista, na cidade de Triunfo, no Sertão Pernambucano. Como uma brincadeira no carnaval, composta a princípio apenas por homens, em sua maioria negros, as Cambindas saíam às ruas vestidas de mulheres para brincar e animar a festa das pessoas por onde passavam. Uma das características do cortejo era passar nas casas onde eram sempre recebidas com comidas e bebidas pelos donos. Contam os mais velhos, que os moradores de toda a cidade ao chegar o carnaval abriam espaços nas salas das suas casas, pois havia grandes possibilidades de serem contemplados com uma visita das cambindas. Depois de décadas fazendo a alegria nos carnavais, as Cambindas deixaram de sair às ruas, não se sabe nem a época e nem os motivos que desencadearam a descontinuidade desta manifestação dentro desta comunidade. Hoje, o que acredito mediar enquanto mestra popular que ensina os modos de fazer das cambindas é um processo de re_invenção dessa tradição (Hobsbawn, 1997). O objetivo da pesquisa foi, a partir dos atos de reinvenção com o grupo “Cambindas de Triunfo”, aprofundar a relação com o bairro berço dessa manifestação, ampliando o entendimento da sua importância para a cultura desse município. A pesquisa assume a pesquisa-ação, as histórias de vida e a etnopesquisa crítica como perspectivas metodológicas para essa mediação cultural. Entendo também que é no fazer da pesquisa que a re_invenção das Cambindas ganha novos sentidos fortalecendo os laços da memória e acionando o imaginário simbólico dos corpos na comunidade que tocam, cantam e dançam.The Cambindas de Triunfo is a popular manifestation that had its appearance around 1913 in the Alto da Boa Vista community, in the city of Triunfo, in the Sertão Pernambucano. As a carnival manifestation, composed primarily of mostly black men, Cambindas went out into the streets dressed as women to play and cheer the party where they passed. One of the characteristics of the procession was to pass in the houses where they were always received with food and drinks by the owners. The elders tell us that the residents of the whole city when the carnival arrived opened spaces in the rooms of their houses, because there had great possibilities of being contemplated with a visit from the cambindas. After decades of cheering for carnivals, Cambindas no longer take to the streets, and nobody knows the reasons that triggered the discontinuity of this performance within this community. Today what I believe to mediate as a popular teacher who teaches the ways of making Cambindas is a process of re_invention of this tradition (Hobsbawn, 1997). The objective was, from the reinvention acts with the group “Cambindas de Triunfo”, to deepen the relationship with the neighborhood cradle of this manifestation, broadening the understanding of its importance for the culture of this city. This research deal with the methodology of action research, life histories and critical ethnoresearch as methodological perspectives for this cultural mediation. I also understand that it is in doing research that the re_invention of Cambindas gains new meanings by strengthening the bonds of memory and triggering the symbolic imaginary of the bodies in the community that play, sing and dance.Submitted by Daiane Lima (daia.nonato@gmail.com) on 2022-07-06T17:02:51Z No. of bitstreams: 1 versão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf: 5619844 bytes, checksum: e0bd9e4a691abe006ac7fb6619de437b (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2022-07-07T11:56:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 versão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf: 5619844 bytes, checksum: e0bd9e4a691abe006ac7fb6619de437b (MD5)Made available in DSpace on 2022-07-07T11:56:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 versão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf: 5619844 bytes, checksum: e0bd9e4a691abe006ac7fb6619de437b (MD5) Previous issue date: 2021-05-28OUTRASporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)UFBABrasilEscola de DançaCambindas; dance; community; (re) invention; traditionCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::DANCA::EXECUCAO DA DANCADançaDanças folclóricas - Triunfo (PE)Cultura popularCarnavalEtnologiaCambindasO re-inventar das Cambindas de Triunfo: diálogos de corpo, memória e tradiçãoTHE RE_INVENTING OF CAMBINDAS DE TRIUNFO: Dialogues of body, memory and traditioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAmoroso, Daniela Mariahttp://lattes.cnpq.br/7502274109504758Amoroso, Daniela Mariahttp://lattes.cnpq.br/7502274109504758Conrado, Amélia Vitória de Souzahttp://lattes.cnpq.br/1501867561383444Ramos, Jarbas Siqueirahttps://orcid.org/0000-0002-8146-9761http://lattes.cnpq.br/8633520438663625http://lattes.cnpq.br/6259280941088237Lima, Daiane Nonato deAMOROSO, Daniela. 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Dissertação (Mestrado em desenvolvimento regional) Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTversão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf.txtversão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf.txtExtracted texttext/plain231921https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35649/3/vers%c3%a3o%20final.Dissertac%cc%a7a%cc%83o_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdf.txtbd63653dcf53007eefe5f3db13e6531cMD53ORIGINALversão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdfversão final.Dissertação_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdfDissertação - Daiane Nonatoapplication/pdf5619844https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35649/1/vers%c3%a3o%20final.Dissertac%cc%a7a%cc%83o_CambindasdeTriunfo_DaianeNonato.pdfe0bd9e4a691abe006ac7fb6619de437bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35649/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52ri/356492022-07-09 02:00:37.289oai:repositorio.ufba.br:ri/35649TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-09T05:00:37Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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