Perspectiva bioética sobre a transgenitalização no Brasil: autonomia e estigimatização.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Victor Santos de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16122
Resumo: Através da codificação “F64.0 – transexualismo”, da Organização Mundial de Saúde, compreende-se a patologização do transexual, ratificada, no Brasil, pela Resolução nº 1.955/2010 do Conselho Federal de Medicina e pela Portaria 1.707/08 do Ministério da Saúde. Para a cirurgia de transgenitalização é necessário ao sujeito o prévio “diagnóstico” médico para verificação do “transtorno de identidade de gênero”, que constitui a figura médica do “verdadeiro transexual”. Segundo a “lógica binária” existente no campo da sexualidade, os sujeitos que não demandam essa conformidade estabelecida são excluídos do acesso à atenção e aos recursos biomédicos existentes em seus processos de transformação corporais. Objetivo: O objetivo deste trabalho é discutir as propostas argumentativas, segundo as perspectivas da Bioética e da Ética Médica, para a legitimação do direito à realização de cirurgia de transgenitalização a partir de uma leitura contrária à estigmatização do sujeito, que é apontado como portador de patologia. Metodologia: Estudo hipotético-dedutivo, com revisão crítica de referencial teórico em Bioética, Saúde e Direito, e leitura hermenêutica de documentos e instrumentos públicos nacionais e internacionais. Resultados: Dá-se o encontro de dilemas éticos relacionados ao poder no discurso médico e ao biopoder, que, em uma perspectiva foucaultiana, relativiza o acesso à assistência médica no exercício de restrições à liberdade pessoal. A necessidade da avaliação por equipe médica e multidisciplinar para a realização da cirurgia constitui outro ponto de discussão, refletindo possível desrespeito ao princípio da autonomia, na medida em que é considerada insuficiente a vontade livre e o consentimento da pessoa transexual.
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Objetivo: O objetivo deste trabalho é discutir as propostas argumentativas, segundo as perspectivas da Bioética e da Ética Médica, para a legitimação do direito à realização de cirurgia de transgenitalização a partir de uma leitura contrária à estigmatização do sujeito, que é apontado como portador de patologia. Metodologia: Estudo hipotético-dedutivo, com revisão crítica de referencial teórico em Bioética, Saúde e Direito, e leitura hermenêutica de documentos e instrumentos públicos nacionais e internacionais. Resultados: Dá-se o encontro de dilemas éticos relacionados ao poder no discurso médico e ao biopoder, que, em uma perspectiva foucaultiana, relativiza o acesso à assistência médica no exercício de restrições à liberdade pessoal. A necessidade da avaliação por equipe médica e multidisciplinar para a realização da cirurgia constitui outro ponto de discussão, refletindo possível desrespeito ao princípio da autonomia, na medida em que é considerada insuficiente a vontade livre e o consentimento da pessoa transexual.Submitted by Santos Henrique Luiz (henluiz@ufba.br) on 2014-08-22T12:38:18Z No. of bitstreams: 1 Victor Santos de Souza.pdf: 385570 bytes, checksum: c6fa6fc65613004dc154056acbaa0ba7 (MD5)Approved for entry into archive by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2014-09-19T01:51:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Victor Santos de Souza.pdf: 385570 bytes, checksum: c6fa6fc65613004dc154056acbaa0ba7 (MD5)Made available in DSpace on 2014-09-19T01:51:59Z (GMT). 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