Avaliação do potencial de contaminação de lixões na Bahia – Brasil, utilizando parâmetros do meio físico e de resíduos sólidos urbanos - RSU

• Autor(a) principal: Jesus, Marcelo Henrique de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34060
• topic: Ciências Exatas e da Terra; GeoCiências; Geologia; Hidrogeologia; Geologia Ambiental; Recursos hídricos; Resíduos Sólidos; Lixões -- Contaminação ambiental; Potencial de Contaminação; Lixões -- Bahia; Lixo urbano

O trabalho em questão, traz em evidência, o potencial de contaminação ambiental dos lixões ou vazadouros a céu aberto na Bahia, onde quase 80% dos municípios baianos (324), destinam seus resíduos em lixões. Nesse cenário de má gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, a Bahia é um estado com grande variabilidade os seus aspectos fisiográficos na direção de leste para oeste, a partir da zona costeira, principalmente em relação ao clima e nos tipos de solo (pedologia), tornando os lixões baianos, ambientes bastante peculiares em relação as diferenças na quantidade de chorume produzida, que varia em função da pluviosidade e no potencial de infiltração se seus solos, que varia em razão de suas características pedogenéticas. Desse modo, os riscos de contaminação ao meio ambiente variam de acordo com a especificidade de cada lixão, tais como a contaminação do próprio solo e dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Logo, visando avaliar o potencial de contaminação ambiental desses lixões, buscou-se entender a tendência geral de leste para oeste no comportamento dos lixões no estado da Bahia, considerando a diversidade nos aspectos climatológicos e pedológicos, assim como a variação na quantidade de chorume gerada por cada lixão e sua proximidade com recursos hídricos. Dessa forma, foram selecionados 10 lixões, a partir dos quais foram adquiridos dados sobre os parâmetros estudados: 1) Resíduos Sólidos (fração orgânica, umidade gravimétrica e produção diária de RSU dos municípios estudados), visando estimar a quantidade de chorume produzida pelos lixões; 2) Clima (pluviosidade, evaporação e escoamento superficial), para determinação do excedente hídrico proveniente da chuva capaz de incrementar água ao chorume; 3) Parâmetros pedológicos (velocidade de infiltração, textura, estrutura e características gerais das classes de solo), visando avaliar o potencial de infiltração dos solos; 4) Parâmetros hidrográficos (profundidade do nível freático e distância de rios). Os resultados mostraram que o potencial de contaminação dos lixões depende da variação no potencial hídrico de produção de lixiviado, que é intensamente influenciado pela pluviometria, assim como das características inerentes a cada classe de solo, que controlam sua infiltração tanto no subsolo, como no escoamento em superfície, que pode atingir os recursos hídricos superficiais e/ou subterrâneos, a depender se sua proximidade. Esses aspectos variam em larga escala de leste para oeste no Estado da Bahia, partindo da zona costeira até seu interior.