Albert Camus: ética do Absurdo
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Data de Publicação: | 2012 |
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Leite, José Lourenço AraújoHerrera, Antonia2012-04-08T11:43:26Z2012-04-08T11:43:26Z2012-04-08http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/55821a ediçãoLivro proveniente de tese de doutoramentoA literatura camusiana não constrói altares de culto aos deuses nem aos heróis; não elabora discursos retóricos em prol da verdade; não cria Quimeras nem Esfinges que coloquem em risco a sobrevivência dos transeuntes da existência; não fortifica as ideologias totalitárias nem as ditas democráticas; não escreve tratados da existência como manuais de sobrevivência na selva da urbanidade moderna; não faz escatologia da existência humana para agradar ao Vaticano; não prega o Evangelho Segundo São Paulo; não promete a salvação eterna em troca de dízimos diários; não defende a construção do Novo Éden nos Jardins do Paraíso Terrestre; não antropomorfiza Deus; não categoriza o “real” nos moldes da razão cartesiana nem da kantiana; não promete salvação para o homem como mérito da existência; não registra em cartório humano a felicidade como herança; não espera que a inocência seja justificada perante os crimes de lógica; não adere a nenhuma doutrina que mostre a causa da peste; não se filia a nenhum partido que prometa acabar com a miséria no mundo; não aceita as injustiças do mundo nem a justiça divina para garantir a justiça. Todavia, possui a mesma confiança de Prometeu no homem. Ao elaborar as prerrogativas do absurdo vividas em sua época, conduz a humanidade a refletir sobre a verdade que estava presa na ignorância. Não é por acaso que ele elege dois heróis gregos para poderem expressar sua indignação diante da redução do humano às divindades. Prometeu, filiado ao partido da existência humana e Sísifo, condenado eterno do cotidiano que, em meio à tarefa de repetição, supera seus algozes divinos. Juntamente com esses heróis Camus traz de volta a esperança perdida das “primaveras do mundo” em que o homem era humano. Quiçá, seja o maior desafio de sua obra: ser a porta voz da humanidade sem voz, daquela que geme no silêncio de suas falas o mais profundo e fiel sentimento de revolta contra a usurpação da vida que só pode ser recuperada graças à presença do Sol. A realização desse enlace com o mundo, portanto, faz de Camus, muito mais que um homem de seu tempo, um homem que transpõe as barreiras de sua atualidade quando retorna ao próprio mundo em que está inserido e revigora-o sob a égide da pura existência, isto é, sob o sol. Como testemunha de uma época em que o homem está em profunda crise de identidade, Camus brota dos escombros de uma sociedade esvaziada de valores e impregnada de silogismos individualistas em que até a inocência é evocada a se justificar. O autorSubmitted by LOURENÇO LEITE (lourencoleite@ufba.br) on 2012-04-08T11:43:26Z No. of bitstreams: 1 ETICA DO ABSURDO-2012.pdf: 1613566 bytes, checksum: 999803177b0f0fda3472e98b1cf3d5b1 (MD5)Made available in DSpace on 2012-04-08T11:43:26Z (GMT). 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