Sexualidade de mulheres de diferentes gerações após o diagnóstico de HIV

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suto, Cleuma Sueli Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32848
Resumo: Esta pesquisa aborda a sexualidade de mulheres de diferentes gerações após o diagnóstico de HIV, compreendendo que a sexualidade está assentada em experiência e representações culturais disponíveis e complexas. Foram traçados como objetivos: apreender as representações sociais, em diferentes gerações de mulheres, sobre a sexualidade após o diagnóstico de HIV; e, analisar as representações sociais sobre sexualidade segundo mulheres com diagnóstico de HIV considerando características geracionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem multimétodos e enfoque metodológico na Teoria das Representações Socais, desenvolvida em serviço de atenção especializada em Feira de Santana-BA, tendo como critérios de inclusão mulheres com idade igual/acima de 18 anos que convivem com o diagnóstico por mais de seis meses e estavam em uso da terapia antiretroviral. Como critérios de exclusão, as que utilizavam medicamentos como medida profilática. Os instrumentos de coleta foram entrevista semiestruturada e teste de associação livre, com três termos indutores. Como formas de análise: a abordagem estrutural conformou nove quadros de quatro casas, utilizando-se o software EVOC; as entrevistas e evocações, com auxílio do software Iramuteq, geraram Análise Fatorial de Correspondência e Classificação Hierárquica Descendente, Árvores de Similitude e Nuvens de Palavras; a Análise de Discurso, como técnica, possibilitou operações semânticas, sintáticas e lógicas que revelaram a linguagem em interação por meio de três categorias. Para fins éticos, o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFBA sob número 2.776.570/2017. Os resultados revelaram que a sexualidade é concebida, pelas 191 participantes, como algo difícil de ser nominado, associado à prática sexual e que exige cuidados preventivos para ser vivido e/ou necessita ser afastado, em decorrência de sua condição sorológica. Á luz da abordagem dialógica o medo se revelou incorporado e impossibilitando-as de vivenciar a sexualidade, quando sua condição sorológica se apresenta positiva. Ao conformar os subgrupos geracionais, mulheres jovens, após descobrir-se positiva, se mantêm fiel a um relacionamento afetivossexual, nem sempre satisfatório; a necessidade de tomar medicamentos é imperiosa, o preconceito é difícil de ser enfrentado, e as preocupações relacionadas ao desejo de ser mãe perpassam suas representações; mulheres adultas e de meia-idade esboçam histórias de arrependimento, sofrimento, medo e ciúmes do parceiro; a forma admitida pelas mesmas para lidar com a condição atual é manter o foco no autocuidado e no papel materno, distanciando-se de entes queridos; mulheres idosas centram atenção no binômio filho/infecção e revelam a dificuldade dolorosa de tornar visível sua sexualidade em uma nuance própria de negação e autocensura. As questões geracionais apresentaram pequenas divergências, ao ocuparem espaços distintos nos diversos tipos de análise, ratificando a necessidade de novos estudos que abordem a temática privilegiando a categoria geração. As representações sociais analisadas possibilitaram refletir na tentativa de demonstrar o que está por trás e o que motiva a ação discursiva sobre sexualidade por mulheres que vivem com HIV e revelaram saberes partilhados, ancorados no medo, a partir de uma sexualidade negada que precisa permanecer em segredo que configura um campo de vulnerabilidades feminina, produtoras de demandas para o cuidado.
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem multimétodos e enfoque metodológico na Teoria das Representações Socais, desenvolvida em serviço de atenção especializada em Feira de Santana-BA, tendo como critérios de inclusão mulheres com idade igual/acima de 18 anos que convivem com o diagnóstico por mais de seis meses e estavam em uso da terapia antiretroviral. Como critérios de exclusão, as que utilizavam medicamentos como medida profilática. Os instrumentos de coleta foram entrevista semiestruturada e teste de associação livre, com três termos indutores. Como formas de análise: a abordagem estrutural conformou nove quadros de quatro casas, utilizando-se o software EVOC; as entrevistas e evocações, com auxílio do software Iramuteq, geraram Análise Fatorial de Correspondência e Classificação Hierárquica Descendente, Árvores de Similitude e Nuvens de Palavras; a Análise de Discurso, como técnica, possibilitou operações semânticas, sintáticas e lógicas que revelaram a linguagem em interação por meio de três categorias. Para fins éticos, o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFBA sob número 2.776.570/2017. Os resultados revelaram que a sexualidade é concebida, pelas 191 participantes, como algo difícil de ser nominado, associado à prática sexual e que exige cuidados preventivos para ser vivido e/ou necessita ser afastado, em decorrência de sua condição sorológica. Á luz da abordagem dialógica o medo se revelou incorporado e impossibilitando-as de vivenciar a sexualidade, quando sua condição sorológica se apresenta positiva. Ao conformar os subgrupos geracionais, mulheres jovens, após descobrir-se positiva, se mantêm fiel a um relacionamento afetivossexual, nem sempre satisfatório; a necessidade de tomar medicamentos é imperiosa, o preconceito é difícil de ser enfrentado, e as preocupações relacionadas ao desejo de ser mãe perpassam suas representações; mulheres adultas e de meia-idade esboçam histórias de arrependimento, sofrimento, medo e ciúmes do parceiro; a forma admitida pelas mesmas para lidar com a condição atual é manter o foco no autocuidado e no papel materno, distanciando-se de entes queridos; mulheres idosas centram atenção no binômio filho/infecção e revelam a dificuldade dolorosa de tornar visível sua sexualidade em uma nuance própria de negação e autocensura. As questões geracionais apresentaram pequenas divergências, ao ocuparem espaços distintos nos diversos tipos de análise, ratificando a necessidade de novos estudos que abordem a temática privilegiando a categoria geração. As representações sociais analisadas possibilitaram refletir na tentativa de demonstrar o que está por trás e o que motiva a ação discursiva sobre sexualidade por mulheres que vivem com HIV e revelaram saberes partilhados, ancorados no medo, a partir de uma sexualidade negada que precisa permanecer em segredo que configura um campo de vulnerabilidades feminina, produtoras de demandas para o cuidado.This research addresses the sexuality of women of different generations after the diagnosis of HIV, understanding that sexuality is founded on experience and available and complex cultural representations. The outlined objectives of the study were: to understand the social representations, in different generations of women, on sexuality after HIV diagnosis. And, analyze the social representations on sexuality according to women diagnosed with HIV, considering generational characteristics. A qualitative research, with a multi-method concept and methodological approach on the Theory of Social Representations, developed in a specialized service in Feira de Santana-BA, having as inclusion criteria women of ages equal to or over 18 years, living with the seropositive diagnosis for over six months and using antiretroviral therapy. The exclusion criterion was of women using medication as a preventive measure. Data collection instruments were semistructured interviews and free association test, with three inductive terms. For the purpose of analysis: the structural approach comprised nine tables of four houses, using the EVOC software; the interviews and evocations, using the Iramutq software, generated the as Factorial Analysis of Correspondence and Descending Hierarchical Classification, Maximum Similitude Tree and Word Clouds; the Discourse Analysis, as technique, permitted semantic, syntactic and logical operations that revealed the in interaction by means of three categories. For ethical purposes, the research project was approved by the Research Ethics Committee of Escola de Enfermagem at UFBA number 2.776.570/2017. The results disclosed that sexuality is conceived, by the 191 participants, as something difficult to be specified, associated to sexual practice requiring preventive care to be experienced and/or that needed to be warded off, in view of the serostatus. In light of the dialogic approach, fear was revealed to be incorporated and inhibiting them to experience sexuality when they are seropositive. When forming the generational sub-groups, young women, after discovering they are seropositive, remain faithful to one emotional-sexual relationship, not always satisfactory; the need for taking medication is vital, prejudice is difficult to be faced, and the concerns related to the desire of being a mother is present in their representations; adult and middle-aged women outline stories of remorse, suffering, fear and jealousy of the partner; the manner admitted by them to deal with their present condition is to maintain their focus on self-care and on their maternal role, distancing themselves from their loved ones; elderly women focus their attention on the child/infection binomial and reveal the painful difficulty of making visual their sexuality in a nuance of denial and self-censorship. Generational issues present small divergences, occupying distinctive spaces in the different types of analyses, ratifying the need for new studies that address the theme, privileging the category of generation. The social representations analyzed permit a reflection on the attempt of demonstrating what lies behind and what motivates the discursive action on sexuality by seropositive women and revealing shared knowledge, anchored on fear, from a denied sexuality that needs to be maintained a secret, which shapes a field for female vulnerabilities, producing the demand for care.Esta pesquisa aborda la sexualidad de mujeres de diferentes generaciones después del diagnóstico del VIH, comprendiendo que la sexualidad esté basada en experiencia y representaciones culturales disponibles y complejas. Fueron trazados como objetivos comprehender las representaciones sociales, en diferentes generaciones de mujeres, sobre la sexualidad después del diagnóstico de VIH, considerando características generacionales. Se trata de una investigación cualitativa, con abordaje multimedios y metodológico en la Teoría de las Representaciones Sociales, desarrollada en un servicio de atención especializada en Feira de Santana-BA, teniendo como criterios de inclusión mujeres con edad igual/superior a 18 años que conviven con el diagnóstico por más de seis meses y estaban en uso de la terapia antiretroviral. Como criterios de exclusión, las que utilizaban medicamentos como medida profiláctica. Los instrumentos de colecta fueron entrevistas semiestructurada y teste de libre asociación, con tres términos inductores. Como formas de análisis: el abordaje estructural conformó nueve cuadros de casas, utilizándose el software EVOC; las entrevistas y evocaciones, con auxilio del software Iramuteq, generaron Análisis Factorial de Correspondencia y Clasificación Jerárquica Descendiente, Árboles de Similitud y Nubes de Palabras; el Análisis de Discurso, cómo técnica, posibilitó operaciones semánticas, sintácticas y lógicas que revelaron el lenguaje en interacción por medio de tres categorías. Para fines éticos, el proyecto de investigación fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la Escola de Enfermagem da UFBA bajo el número 2.776.570/2017. Los resultados revelaron que la sexualidad es concebida, por las 191 participantes, como algo difícil para ser vivido y/o necesita ser alejado, a causa de su condición serológica. A la luz del abordaje dialógico el miedo se reveló incorporado e imposibilitándolas de vivenciar la sexualidad, cuando su condición serológica se presenta positiva. Al confirmar los subgrupos generacionales, mujeres jóvenes, después de descubrirse positiva, se mantiene fiel a un relacionamiento afectivo-sexual, no siempre satisfactorio; la necesidad de tomar medicamento es imperiosa, el prejuicio es difícil de ser enfrentado, y las preocupaciones relacionadas al deseo de ser madre permean sus representaciones; mujeres adultas y de mediana edad esbozan historias de arrepentimiento, sufrimiento, miedo y celos del compañero; la forma admitida por las mismas para hacer frente a su actual condición es de mantener el foco en el autocuidado y en el rol materno, distanciándose de entes queridos. Mujeres de edad avanzada centran atención en el binomio hijo/infección y revelan la dificultad dolorosa de tornar visible su sexualidad en matiz propio de negación y autocensura. Las cuestiones generacionales presentaron pequeñas divergencias, al ocupar espacios distintos en los diversos tipos de análisis, ratificando la necesidad de nuevos estudios que aborden la temática privilegiando la categoría generación. Las representaciones sociales analizadas posibilitaron reflejar en la tentativa de demonstrar lo que está por detrás y lo que motiva la acción discursiva sobre sexualidad por mujeres que viven con VIH y revelaron saberes compartidos, ancorados en el miedo, a partir de una sexualidad negada que necesita permanecer en secreto que configura un campo de vulnerabilidades femenina, productoras de demandas para el cuidado.Submitted by Cleuma Suto (cleuma.suto@gmail.com) on 2020-12-21T12:32:07Z No. of bitstreams: 1 Tese 16 01 2020 PDF.pdf: 2502697 bytes, checksum: e811cf18d5d8a0cb4e27ac80f702aefa (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2021-02-19T21:35:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese 16 01 2020 PDF.pdf: 2502697 bytes, checksum: e811cf18d5d8a0cb4e27ac80f702aefa (MD5)Made available in DSpace on 2021-02-19T21:35:39Z (GMT). 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