Efetividade do tratamento ortodôntico com alinhadores avaliada por meio do sistema proposto pelo board americano de ortodontia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Sara Ramos Braga
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33689
Resumo: Os alinhadores ortodônticos constituem uma técnica de tratamento cada vez mais utilizada pelos profissionais e requisitada pelos pacientes, principalmente por conta do apelo estético que possui. Apesar de existirem há cerca de 20 anos, poucos estudos avaliaram, de forma objetiva e precisa, a qualidade do resultado final do tratamento realizado através desta ferramenta. Então, o objetivo deste estudo foi avaliar, utilizando o método proposto pelo Board Americano de Ortodontia (ABO), se os resultados dos tratamentos ortodônticos realizados por meio de alinhadores são satisfatórios e se há associação entre estes resultados e o grau de complexidade do caso ou a maloclusão apresentada pelo paciente ao início do tratamento. Foram analisados, segundo os critérios propostos pelo ABO, exames pré e pós-tratamento (modelos de estudo, telerradiografia lateral inicial e panorâmica ou conjunto de periapicais finais) de 44 pacientes, tratados exclusivamente com o sistema Invisalign®. Por meio da avaliação dos exames iniciais, foi mensurado o Índice do Grau de Complexidade (IGC) e, na avaliação dos exames pós-tratamento, por meio dos critérios estabelecidos pelo Sistema Objetivo de Avaliação (SOA), foi mensurada a qualidade do resultado final. Todas as avaliações foram feitas digitalmente, utilizando-se os softwares OrthoAnalyzer® e Dolphin®. Os erros intra e inter- examinadores foram calculados por meio dos Coeficientes de Lin e Bland-Altman e os dados obtidos foram tratados estatisticamente. Foram calculadas as médias e medianas para cada variável do IGC e do SOA, bem como as associações entre cada aspecto do IGC ou o tipo de maloclusão apresentado pelo paciente, de acordo com a classificação de Angle, e o escore do SOA, por meio de testes de soma de rankings de Wilcoxon. Foi considerado nível de significância de 5%. Dos 44 pacientes, 36 apresentaram IGC de grau leve, cinco grau moderado e três grau severo, tendo-se obtido um IGC médio de 10,9 pontos. Para o SOA, obteve-se média de 21,1 pontos perdidos na avaliação pós-tratamento. Não foi encontrada associação entre a complexidade inicial da maloclusão (IGC) e o SOA, embora, ao se considerar individualmente cada aspecto que compõe o IGC, observou-se associação significativa (p<0,05) com o ângulo SN-GoGn. Em relação ao tipo de maloclusão presente ao início do tratamento, 25 pacientes apresentaram maloclusão de Classe I, 14, de Classe II e cinco, de Classe III. Os pacientes com maloclusão de Classe II foram os que sofreram maior quantidade de pontos perdidos na avaliação final (25 pontos), seguidos pelos portadores de maloclusão de Classe I (19 pontos) e Classe III (12 pontos), com diferença estatisticamente significante entre eles (p<0,05). Assim, uma vez que a quantidade de pontos perdidos para um tratamento ser considerado satisfatório é de até 30 pontos, pode-se concluir que o uso de alinhadores pode produzir resultados finais adequados, especialmente em pacientes que apresentam, ao início do tratamento, ângulo do plano mandibular próximo da normalidade e maloclusões de Classe I ou III.
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Foram analisados, segundo os critérios propostos pelo ABO, exames pré e pós-tratamento (modelos de estudo, telerradiografia lateral inicial e panorâmica ou conjunto de periapicais finais) de 44 pacientes, tratados exclusivamente com o sistema Invisalign®. Por meio da avaliação dos exames iniciais, foi mensurado o Índice do Grau de Complexidade (IGC) e, na avaliação dos exames pós-tratamento, por meio dos critérios estabelecidos pelo Sistema Objetivo de Avaliação (SOA), foi mensurada a qualidade do resultado final. Todas as avaliações foram feitas digitalmente, utilizando-se os softwares OrthoAnalyzer® e Dolphin®. Os erros intra e inter- examinadores foram calculados por meio dos Coeficientes de Lin e Bland-Altman e os dados obtidos foram tratados estatisticamente. Foram calculadas as médias e medianas para cada variável do IGC e do SOA, bem como as associações entre cada aspecto do IGC ou o tipo de maloclusão apresentado pelo paciente, de acordo com a classificação de Angle, e o escore do SOA, por meio de testes de soma de rankings de Wilcoxon. Foi considerado nível de significância de 5%. Dos 44 pacientes, 36 apresentaram IGC de grau leve, cinco grau moderado e três grau severo, tendo-se obtido um IGC médio de 10,9 pontos. Para o SOA, obteve-se média de 21,1 pontos perdidos na avaliação pós-tratamento. Não foi encontrada associação entre a complexidade inicial da maloclusão (IGC) e o SOA, embora, ao se considerar individualmente cada aspecto que compõe o IGC, observou-se associação significativa (p<0,05) com o ângulo SN-GoGn. Em relação ao tipo de maloclusão presente ao início do tratamento, 25 pacientes apresentaram maloclusão de Classe I, 14, de Classe II e cinco, de Classe III. Os pacientes com maloclusão de Classe II foram os que sofreram maior quantidade de pontos perdidos na avaliação final (25 pontos), seguidos pelos portadores de maloclusão de Classe I (19 pontos) e Classe III (12 pontos), com diferença estatisticamente significante entre eles (p<0,05). Assim, uma vez que a quantidade de pontos perdidos para um tratamento ser considerado satisfatório é de até 30 pontos, pode-se concluir que o uso de alinhadores pode produzir resultados finais adequados, especialmente em pacientes que apresentam, ao início do tratamento, ângulo do plano mandibular próximo da normalidade e maloclusões de Classe I ou III.Orthodontic aligners are a treatment technique increasingly used by professionals and requested by patients, mainly because of its great aesthetic. Although they have existed for about 20 years, few studies have objectively and accurately assessed the quality of the outcome of the treatment performed using this tool. Then, the aim of this study was to assess, by using the American Board of Orthodontics (ABO) grading system, whether the results of orthodontic treatments using aligners are satisfactory and if there is an association between these results and the case complexity, or the patient malocclusion, according to Angle classification, at the beginning of treatment. Pre- and post-treatment records (dental casts, initial cephalometric radiograph, final panoramic or complete periapical set) of 44 patients, treated exclusively with Invisalign® system, were analyzed, according to the ABO grading system. By the evaluation of the initial records, the Discrepancy Index (DI) was measured, and using the post-treatment exams, the quality of treatment results was assessed by the Objective Grading System (OGS). All measurements were digitally performed using OrthoAnalyzer® and Dolphin® softwares. Intra- and inter- examiners reliability was assessed by Lin and Bland-Altman coefficients and the data obtained were statistically treated. Means and medians were calculated for each DI and OGS variable, as well as associations between each DI variable or the patient malocclusion, according to Angle classification, and the OGS score, using Wilcoxon rank sum tests. The significance level was set at 5%. Among the 44 patients, the discrepancy was mild in 36, moderate in five, and severe in three, there have been a mean DI of 10.9 points. For OGS, a mean of 21.1 lost points was scored at post- treatment evaluation. No association was found between the initial case complexity (DI) and OGS, although considering each DI variable individually, a significant association (p<0.05) was found at SN-GoGn angle. Regarding the malocclusion present at the beginning of the treatment, 25 patients were Class I, 14 Class II, and five Class III. Class II malocclusion patients had the most points lost in the final evaluation (25 points), followed by those Class I (19 points) and Class III (12 points) patients, with statistically significant difference between them (p<0.05). Thus, since an orthodontic treatment with up to 30 lost points is considered satisfactory, it can be concluded that the use of aligners can produce very acceptable outcomes, especially in patients who have, at the beginning of the treatment, close to normal mandibular plane angle and Class I or Class III malocclusions.Submitted by Programa de Pós-Graduação em Odontologia Saúde (mestrodo@ufba.br) on 2021-06-29T14:58:37Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO SARA RAMOS.pdf: 32292403 bytes, checksum: ae4bf73bcb8eb8675a07c8ea3f50ee2c (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2021-06-30T20:26:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO SARA RAMOS.pdf: 32292403 bytes, checksum: ae4bf73bcb8eb8675a07c8ea3f50ee2c (MD5)Made available in DSpace on 2021-06-30T20:26:20Z (GMT). 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