Práticas e cuidados em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Leonildo Severino da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16831
Resumo: Características culturais da vida reprodutiva de mulheres indígenas exigem uma atenção especial, tendo em vista a produção de cuidados coerentes e adequados prestados por serviços de saúde e profissionais, especialmente por enfermeiras. Assim, os objetivos desse estudo foram: descrever as práticas em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá; identificar o autocuidado das mulheres Kambiwá e o cuidado oferecido por serviços de saúde, principalmente pela equipe de enfermagem, relacionado à saúde reprodutiva; e, analisar práticas e cuidados em saúde reprodutiva de mulheres da etnia Kambiwá à luz da teoria transcultural do cuidado. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de abordagem qualitativa que se utilizou da etnoenfermagem, como proposta metodológica e da Teoria Transcultural do Cuidado. Foi realizada na Aldeia Baixa da Alexandra, em Ibimirim - Pernambuco, com vinte mulheres no período de setembro de 2012 a maio de 2014. A seleção das entrevistadas ocorreu por meio de informantes gerais e informantes-chaves. Utilizamos para obtenção dos dados: formulário etnodemográfico – socioeconômico, técnica da Observação-Participação-Reflexão e roteiro de entrevista semiestruturado da História de Vida e Cuidados em Saúde. Os modos de vida da etnia Kambiwá, semelhantes a uma comunidade rural não indígena, com casas de alvenaria, energia elétrica, água de poço artesiano, entre outros aspectos, são de muita relevância para a manutenção das condições de sobrevivência, e, nem por isso, descaracterizam suas particularidades étnicas. A religiosidade praticada por meio dos rituais como o Praiá e os “trabalhos de mesa”, é uma forma de cuidado tradicional para cura e proteção física e espiritual. As entrevistadas têm entre 22 e 85 anos de idade com escolaridade até o ensino médio. A maioria convive com parceiro sexual em domicílios com até quinze pessoas. Realizam o trabalho doméstico e praticam a agricultura de subsistência, com renda básica do Programa Bolsa Família. Têm em média seis filhos(as). A contracepção é praticada por utilização de contraceptivos modernos e práticas tradicionais como beber água antes e após a relação sexual, banhos com “água de sal” e amamentação. Identificam a gravidez por meio do entojo e da amenorreia. Os cuidados durante a gravidez estão dirigidos a manutenção gestacional, evitando o aborto: satisfazer o desejo por alimentos, não ter sustos, evitar quedas e atividades pesadas. O parto, fisiológico, é permeado por práticas xamânicas de autocuidado e pela atenção hospitalar, apresentando-se em um modelo híbrido de cuidado. No pós-parto, geralmente, permanecem em repouso por 30 dias, delegando o trabalho doméstico as parentas e companheiro, além dos cuidados relacionados à higiene pessoal, seguindo um ritual que inclui um tempo determinado para retornar às suas atividades. As práticas e cuidados de mulheres Kambiwá em relação à saúde reprodutiva mostraram que é constituída dentro de um contexto cultural no qual diferentes sistemas de saúde atuam na construção de sentidos que lhes são peculiares. A cultura é dinâmica, possui forte influência do modelo de saúde hospitalocêntrico e medicalizado, e pode interferir na manutenção do cuidado tradicional.
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