Desconstruindo a aridez: dizeres e práticas da convivência com o semiárido na ressignificação do território
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23701 |
Resumo: | A pesquisa analisa os sentidos da “Convivência com o Semiárido” e em que medida seus dizeres e práticas contribuem na ressignificação desse espaço territorial. Compreende-se a Convivência com o Semiárido como um novo paradigma para pensar, compreender e agir sobre o Sertão, visto durante muito tempo como sinônimo de inércia e atraso. Sua proposta está pautada num conjunto de iniciativas que abrange desde práticas produtivas apropriadas a essa região até ações educativas inseridas nesse contexto e fundamentadas numa relação de sustentabilidade pactuada entre o homem/ a mulher, a cultura e a natureza. Um dos objetivos desse trabalho é investigar como esse modelo engendra novos discursos sobre esse território, quais as características dessas narrativas, qual sua influência nas dimensões identitárias, bem como na possível reconfiguração do imaginário popular sobre ele. O estudo apresenta de forma interdisciplinar a genealogia e a memória discursiva sobre a região, com a contribuição de autores e obras que abordaram o tema. Tomamos como corpus para análise os enunciados de sujeitos da Articulação do Semiárido na Bahia, captados por meio de entrevistas e documentos impressos e digitais produzidos pelas organizações a ela vinculadas. O exame permite afirmar que, a partir da proposta da Convivência, emerge uma perspectiva simbólica que produz novos deslocamentos no pensar o Semiárido, desmistificando o processo de instituição da região como problema exclusivamente de ordem natural, mas como resultado de um processo de cunho social, político e histórico. No entanto, a estrutura conservadora vigente no país, as disputas político-ideológicas que cercam o paradigma e a carência de uma ação comunicativa mais enérgica e esclarecedora por parte do movimento defensor da Convivência, faz com que esse discurso e suas práticas ainda encontrem dificuldades de se ramificar e se consolidar na construção de um “outro Semiárido”. |
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No entanto, a estrutura conservadora vigente no país, as disputas político-ideológicas que cercam o paradigma e a carência de uma ação comunicativa mais enérgica e esclarecedora por parte do movimento defensor da Convivência, faz com que esse discurso e suas práticas ainda encontrem dificuldades de se ramificar e se consolidar na construção de um “outro Semiárido”.Submitted by Lourivânia Santos (louryvania@yahoo.com.br) on 2017-07-05T18:52:41Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - DESCONTRUINDO A ARIDEZ.pdf: 1014113 bytes, checksum: bbf73693197e1c2bf4fd7e21a8b04d61 (MD5)Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2017-07-28T11:22:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - DESCONTRUINDO A ARIDEZ.pdf: 1014113 bytes, checksum: bbf73693197e1c2bf4fd7e21a8b04d61 (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-28T11:22:18Z (GMT). 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A pesquisa analisa os sentidos da “Convivência com o Semiárido” e em que medida seus dizeres e práticas contribuem na ressignificação desse espaço territorial. Compreende-se a Convivência com o Semiárido como um novo paradigma para pensar, compreender e agir sobre o Sertão, visto durante muito tempo como sinônimo de inércia e atraso. Sua proposta está pautada num conjunto de iniciativas que abrange desde práticas produtivas apropriadas a essa região até ações educativas inseridas nesse contexto e fundamentadas numa relação de sustentabilidade pactuada entre o homem/ a mulher, a cultura e a natureza. Um dos objetivos desse trabalho é investigar como esse modelo engendra novos discursos sobre esse território, quais as características dessas narrativas, qual sua influência nas dimensões identitárias, bem como na possível reconfiguração do imaginário popular sobre ele. O estudo apresenta de forma interdisciplinar a genealogia e a memória discursiva sobre a região, com a contribuição de autores e obras que abordaram o tema. Tomamos como corpus para análise os enunciados de sujeitos da Articulação do Semiárido na Bahia, captados por meio de entrevistas e documentos impressos e digitais produzidos pelas organizações a ela vinculadas. O exame permite afirmar que, a partir da proposta da Convivência, emerge uma perspectiva simbólica que produz novos deslocamentos no pensar o Semiárido, desmistificando o processo de instituição da região como problema exclusivamente de ordem natural, mas como resultado de um processo de cunho social, político e histórico. No entanto, a estrutura conservadora vigente no país, as disputas político-ideológicas que cercam o paradigma e a carência de uma ação comunicativa mais enérgica e esclarecedora por parte do movimento defensor da Convivência, faz com que esse discurso e suas práticas ainda encontrem dificuldades de se ramificar e se consolidar na construção de um “outro Semiárido”. |
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