Utilização de agentes antioxidantes no tratamento da orbitopatia de Graves leve ou moderada: revisão da literatura

• Autor(a) principal: Guimarães, Gabriel Kamei
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18574
• topic: Graves orbithoparhy; Antioxidant treatment; Oftalmopatia de graves

A orbitopatia de Graves (OG), manifestação extratiroideana mais frequente da doença de Graves (DG), possui etiopatogenia indefinida e pode le var a quadro desfigurante, com intenso prejuízo funcional e profundo impacto na qualidade de vida dos indivíduos, além de existir amplas ofertas quanto a terapêutica. O uso de glicocorticóides (GC) é bem estabelecido para o tratamento da OG há mais de 40 a nos e dentre as opções de agentes antioxidantes, o selênio e a pentoxifilina são dois dos mais debatidos nessa área, porém apesar do crescente interesse nos estudos que apontam a potencial utilidade clínica dos agentes antioxidantes em pacientes com OG, ainda não há evidência científica para a utilização rotineira. Objetivos: Avaliar estudos sobre a eficácia de tratamentos com uso de antioxidantes na OG leve a moderada e determinar se há uma melhoria na qualidade de vida comparado aos outros tratamentos pré- estabelecidos. Metodologia: Realizada revisão sistemática da literatura científica, sem metanálise, de acordo com metodologia proposta no protocolo PRISMA e utilizando como base de dados o PubMed. Resultados: Foram encontrados através de estratégica de busca aplicada no PubMed 980 artigos, onde 44 foram selecionados para leitura dos resumos com base nos títulos, e apenas 13 foram incluídos devido aos critérios de elegibilidade, dos quais apenas 4 artigos foram incluídos para coleta e análise qualitativa dos dados. Discussão: Apesar de alguns estudos demonstrarem a eficácia dos agentes antioxidantes perante a DG leve a moderada, a limitação desses estudos quanto a quantidade de pacientes, desenhos de estudos inapropripados, levantam a dúvida sobre a real capacidade dos antioxidantes em combater os sintomas da OG. Conclusões: É possível dizer que há uma necessidade de realização de estudos mais coesos, capazes de ampliar e validar externamente a premissa de que os agentes antioxidantes são eficazes em combater os sintomas leves a moderados da OG, uma vez que os poucos estudos realizados foram capazes de comprovar tal eficácia, porém alguns deixam a desejar quanto a qualidade do estudo realizado.