Grau de ativação e frequência das sub-populações de monócitos entre os pacientes com a forma multibacilar e paucibacilar da hanseníase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franciscon, Giovana Bergheme
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13000
Resumo: INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença de caráter granulomatoso e crônico causada pelo Mycobacterium leprae, o qual tem tropismo por nervos periféricos e pele. Apresenta-se de forma espectral e polarizada. Enquanto pacientes com a forma multibacilar (MB) da doença não montam uma resposta Th1 facilitando assim a multiplicação do Mycobacterium, indivíduos com a forma paucibacilar (PB) produzem IFN-gama em resposta a antígenos de M. leprae. Os monócitos são tipos celulares circulantes derivados da medula óssea que se diferenciam em macrófagos e células dendríticas no tecido. Recentemente, os monócitos circulantes foram classificados em clássicos (CD14++CD16-), intermediários (CD14++CD16+) e nãoclássicos (CD14+CD16++). O grau de ativação dessas células está associado à intensidade da resposta de linfócitos T. Objetivo: Determinar o grau de ativação das sub-populações de monócitos em pacientes com hanseníase antes e durante o tratamento e identificar o perfil do grau de incapacidade funcional apresentado pelos pacientes incluídos no estudo. Metodologia: Foram coletados 20 ml de sangue heparinizado de pacientes PB (n=22) e MB (n=12) e realizada a separação de células mononucleares e a caracterização e o grau de ativação dos monócitos foi determinado por citometria de fluxo através da marcação de CD14, CD16, MHC II, CD80, CD86 e CD40. Resultados: Os pacientes com a forma multibacilar apresentaram a frequência de monócitos não-clássicos aumentada. Não houve diferença na expressão de CD80 e MHC II entre monócitos de pacientes com a forma paucibacilar e multibacilar da hanseníase. No entanto, monócitos de pacientes com a forma paucibacilar apresentaram uma baixa expressão de CD86 antes de iniciar o tratamento, a qual foi restaurada durante o tratamento. A maioria dos pacientes apresentaram grau zero de incapacidade funcional. Conclusão: Pacientes com a forma paucibacilar da hanseníase apresentam uma diminuição do grau de expressão da molécula co-estimulatória CD86 a qual é restaurada durante o tratamento com a PQT. Todos os pacientes não apresentaram alteração no grau de incapacidade funcional devido à hanseníase.
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O grau de ativação dessas células está associado à intensidade da resposta de linfócitos T. Objetivo: Determinar o grau de ativação das sub-populações de monócitos em pacientes com hanseníase antes e durante o tratamento e identificar o perfil do grau de incapacidade funcional apresentado pelos pacientes incluídos no estudo. Metodologia: Foram coletados 20 ml de sangue heparinizado de pacientes PB (n=22) e MB (n=12) e realizada a separação de células mononucleares e a caracterização e o grau de ativação dos monócitos foi determinado por citometria de fluxo através da marcação de CD14, CD16, MHC II, CD80, CD86 e CD40. Resultados: Os pacientes com a forma multibacilar apresentaram a frequência de monócitos não-clássicos aumentada. Não houve diferença na expressão de CD80 e MHC II entre monócitos de pacientes com a forma paucibacilar e multibacilar da hanseníase. No entanto, monócitos de pacientes com a forma paucibacilar apresentaram uma baixa expressão de CD86 antes de iniciar o tratamento, a qual foi restaurada durante o tratamento. A maioria dos pacientes apresentaram grau zero de incapacidade funcional. Conclusão: Pacientes com a forma paucibacilar da hanseníase apresentam uma diminuição do grau de expressão da molécula co-estimulatória CD86 a qual é restaurada durante o tratamento com a PQT. 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