O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Organizações & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921 |
Resumo: | O ensaio ´A carne e os ossos do ofício acadêmico´ é um convite aberto a importantes reflexões para todos os envolvidos nos fazeres que configuram a vida acadêmica. Instigante, o texto levanta as múltiplas faces de uma ocupação tão central à vida da sociedade, pelo potencial de geração de novos conhecimentos, tecnologias e, sobretudo, formação de novas gerações de profissionais e de cidadãos. O fazer acadêmico, especialmente nessa dimensão mais pessoal e que considera o contexto atual de transformação do mundo do trabalho, não é objeto de intenso interesse reflexivo e, menos ainda, investigativo pelo próprio professor/acadêmico. Olhamos mais para o mundo de fora com seus problemas tão complexos a desafiar a nossa curiosidade e busca de respostas e menos para as características deste cotidiano que molda as nossas relações com o trabalho, com os colegas, com as instituições e com a sociedade. Olhar a carreira acadêmica, buscando trazer à luz os ‘motivos de gozo assim como as armadilhas, desafios e mal-estares’ é o objetivo central do ensaio. Nesse sentido, o texto permite a construção de diálogos nas múltiplas dimensões que aborda. Nos três segmentos em que se estrutura, o ensaio nos convida a pensar sobre as escolhas que conduzem à carreira acadêmica, sobre as satisfações que dela pode-se obter e, na conclusão, sobre o ritmo de vida e o volume de tensões desse ofício que, por sua magnitude, tem se constituído em séria ameaça à saúde dos seus atores. O texto, no seu conjunto, instiga muitas diferentes perspectivas para se dialogar com a autora. O contraponto aqui construído ancora-se no meu olhar de pesquisador que vem se dedicando a compreender os vínculos que unem as pessoas aos seus trabalhos, às suas organizações, bem como as implicações desses vínculos para o trabalho, para as organizações e para os próprios sujeitos. Assim, este texto se estrutura a partir de um conjunto de questões que buscam, em essência, delimitar de que ofício acadêmico a autora está falando. A quem se aplica esse conjunto de idéias? Em que nível elas podem ser generalizadas? Em princípio, busco destacar que o ‘ofício acadêmico’ constitui um mosaico heterogêneo quando se consideram a complexidade e a diversidade dos contextos institucionais em que se inserem os docentes. Logo, muitas das idéias apresentadas como aplicáveis ao ‘ofício acadêmico’ no seu conjunto, na realidade, talvez caracterizem um segmento especial de acadêmicos. Fazer tais delimitações é a essência do empreendimento científico, algo tão central no nosso ofício acadêmico. |
id |
UFBA-4_00622d5caf1dc41e845da91244bb4ac1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.periodicos.ufba.br:article/10921 |
network_acronym_str |
UFBA-4 |
network_name_str |
Organizações & Sociedade (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitasofício acadêmicocontexto institucionalcomplexidadeO ensaio ´A carne e os ossos do ofício acadêmico´ é um convite aberto a importantes reflexões para todos os envolvidos nos fazeres que configuram a vida acadêmica. Instigante, o texto levanta as múltiplas faces de uma ocupação tão central à vida da sociedade, pelo potencial de geração de novos conhecimentos, tecnologias e, sobretudo, formação de novas gerações de profissionais e de cidadãos. O fazer acadêmico, especialmente nessa dimensão mais pessoal e que considera o contexto atual de transformação do mundo do trabalho, não é objeto de intenso interesse reflexivo e, menos ainda, investigativo pelo próprio professor/acadêmico. Olhamos mais para o mundo de fora com seus problemas tão complexos a desafiar a nossa curiosidade e busca de respostas e menos para as características deste cotidiano que molda as nossas relações com o trabalho, com os colegas, com as instituições e com a sociedade. Olhar a carreira acadêmica, buscando trazer à luz os ‘motivos de gozo assim como as armadilhas, desafios e mal-estares’ é o objetivo central do ensaio. Nesse sentido, o texto permite a construção de diálogos nas múltiplas dimensões que aborda. Nos três segmentos em que se estrutura, o ensaio nos convida a pensar sobre as escolhas que conduzem à carreira acadêmica, sobre as satisfações que dela pode-se obter e, na conclusão, sobre o ritmo de vida e o volume de tensões desse ofício que, por sua magnitude, tem se constituído em séria ameaça à saúde dos seus atores. O texto, no seu conjunto, instiga muitas diferentes perspectivas para se dialogar com a autora. O contraponto aqui construído ancora-se no meu olhar de pesquisador que vem se dedicando a compreender os vínculos que unem as pessoas aos seus trabalhos, às suas organizações, bem como as implicações desses vínculos para o trabalho, para as organizações e para os próprios sujeitos. Assim, este texto se estrutura a partir de um conjunto de questões que buscam, em essência, delimitar de que ofício acadêmico a autora está falando. A quem se aplica esse conjunto de idéias? Em que nível elas podem ser generalizadas? Em princípio, busco destacar que o ‘ofício acadêmico’ constitui um mosaico heterogêneo quando se consideram a complexidade e a diversidade dos contextos institucionais em que se inserem os docentes. Logo, muitas das idéias apresentadas como aplicáveis ao ‘ofício acadêmico’ no seu conjunto, na realidade, talvez caracterizem um segmento especial de acadêmicos. Fazer tais delimitações é a essência do empreendimento científico, algo tão central no nosso ofício acadêmico.Núcleo de Pós-graduação em Administração, Escola de Administração, UFBA2014-06-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921Organizações & Sociedade; Vol. 14 No. 43 (2007)Organizações & Sociedade; v. 14 n. 43 (2007)1984-92301413-585Xreponame:Organizações & Sociedade (Online)instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921/7858Bastos, Antônio Virgílio Bittencourtinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-06-06T15:16:05Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/10921Revistahttp://www.revistaoes.ufba.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcandidab@ufba.br||revistaoes@ufba.br1984-92301413-585Xopendoar:2014-06-06T15:16:05Organizações & Sociedade (Online) - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
title |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
spellingShingle |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt ofício acadêmico contexto institucional complexidade |
title_short |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
title_full |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
title_fullStr |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
title_full_unstemmed |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
title_sort |
O Ofício Acadêmico: Singular ou Plural? Réplica a: “A Carne e os Ossos do Ofício Acadêmico”, de M. Ester de Freitas |
author |
Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt |
author_facet |
Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ofício acadêmico contexto institucional complexidade |
topic |
ofício acadêmico contexto institucional complexidade |
description |
O ensaio ´A carne e os ossos do ofício acadêmico´ é um convite aberto a importantes reflexões para todos os envolvidos nos fazeres que configuram a vida acadêmica. Instigante, o texto levanta as múltiplas faces de uma ocupação tão central à vida da sociedade, pelo potencial de geração de novos conhecimentos, tecnologias e, sobretudo, formação de novas gerações de profissionais e de cidadãos. O fazer acadêmico, especialmente nessa dimensão mais pessoal e que considera o contexto atual de transformação do mundo do trabalho, não é objeto de intenso interesse reflexivo e, menos ainda, investigativo pelo próprio professor/acadêmico. Olhamos mais para o mundo de fora com seus problemas tão complexos a desafiar a nossa curiosidade e busca de respostas e menos para as características deste cotidiano que molda as nossas relações com o trabalho, com os colegas, com as instituições e com a sociedade. Olhar a carreira acadêmica, buscando trazer à luz os ‘motivos de gozo assim como as armadilhas, desafios e mal-estares’ é o objetivo central do ensaio. Nesse sentido, o texto permite a construção de diálogos nas múltiplas dimensões que aborda. Nos três segmentos em que se estrutura, o ensaio nos convida a pensar sobre as escolhas que conduzem à carreira acadêmica, sobre as satisfações que dela pode-se obter e, na conclusão, sobre o ritmo de vida e o volume de tensões desse ofício que, por sua magnitude, tem se constituído em séria ameaça à saúde dos seus atores. O texto, no seu conjunto, instiga muitas diferentes perspectivas para se dialogar com a autora. O contraponto aqui construído ancora-se no meu olhar de pesquisador que vem se dedicando a compreender os vínculos que unem as pessoas aos seus trabalhos, às suas organizações, bem como as implicações desses vínculos para o trabalho, para as organizações e para os próprios sujeitos. Assim, este texto se estrutura a partir de um conjunto de questões que buscam, em essência, delimitar de que ofício acadêmico a autora está falando. A quem se aplica esse conjunto de idéias? Em que nível elas podem ser generalizadas? Em princípio, busco destacar que o ‘ofício acadêmico’ constitui um mosaico heterogêneo quando se consideram a complexidade e a diversidade dos contextos institucionais em que se inserem os docentes. Logo, muitas das idéias apresentadas como aplicáveis ao ‘ofício acadêmico’ no seu conjunto, na realidade, talvez caracterizem um segmento especial de acadêmicos. Fazer tais delimitações é a essência do empreendimento científico, algo tão central no nosso ofício acadêmico. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-06-06 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921 |
url |
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10921/7858 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Núcleo de Pós-graduação em Administração, Escola de Administração, UFBA |
publisher.none.fl_str_mv |
Núcleo de Pós-graduação em Administração, Escola de Administração, UFBA |
dc.source.none.fl_str_mv |
Organizações & Sociedade; Vol. 14 No. 43 (2007) Organizações & Sociedade; v. 14 n. 43 (2007) 1984-9230 1413-585X reponame:Organizações & Sociedade (Online) instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Organizações & Sociedade (Online) |
collection |
Organizações & Sociedade (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Organizações & Sociedade (Online) - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
candidab@ufba.br||revistaoes@ufba.br |
_version_ |
1799698968795414528 |