Apresentação: Organizações Familiares como Linha de Pesquisa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fischer, Tânia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Organizações & Sociedade (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10506
Resumo: O início de uma linha de pesquisa é uma aventura e um compromisso acadêmico de longo prazo. Linhas de pesquisa podem gerar a formação de grupos e podem ser mais uma trilha em grupos já consolidados. podem ser uma guinada para o desconhecido ou tornar mais tangível o que está muito próximo e ainda não havia sido reconhecido. Refletimos sobre o que significa uma linha de pesquisa ao abrirmos espaço para o tema - Organizações Familiares - e para as pessoas que têm interesse em desenvolvê-lo; justificando a a opção de integra-lo ao Núcleo de Estudos sobre Poder e Organizações Locais (NEPOL), em apoio ao ensino de graduação e ao Núcleo de Pós-Graduaçào em Administração (NPGA). Inicialmente, entende-se por LINHA DE PESQUISA um conjunto de estudos investigativos organizados em projetos articulados tematicamente, de escopo e formatação variável, delimitando um domínio de conhecimento e ação. Assim concebida, a linha de pesquisa apresenta uma dimensão substantiva (conceitual e epistemológica) e processual (formas e dinamização), o que inclui recortes temáticos que poderão assumir a forma de projetos empíricos e teóricos e estratégias de difusão, como apoio a publicações e eventos. A configuração de uma linha de pesquisa prevê a delimitação de uma área temática, o estabelecimento de um quadro de referência teórico - metodológico e a identificação de possíveis projetos e formas de apoio institucional e de financiamento que possibilitem a produção do conjunto de estudos que responderão os objetivos de linha. Por que uma linha de pesquisa sobre Organizações Familiares? Primeiro, porque as organizações familiares, empresariais ou não, são determinantes na dinâmica regional local. Se as maiores empresas brasileiras são familiares, na Bahia a tradicional Organização Odebrecht convive com a FORD, empresa que chega com um dos mais inovadores projetos empresariais do grupo. A FORD é uma organização de origem familiar, símbolo da modernidade e paradigma empresarial para o século que se encerra e talvez, para o que se inicia. Não apenas as empresas industriais e comerciais são familiares. são familiares também os blocos afro-culturias, reflexos da cultura baiana e produtores de modelos empresariais que articulam o público e o privado, a arte e o negócio, a tradição e a modernidade. Segundo, porque, ao desenhar sua trajetória evolutiva, as organizações familiares articulam seus interesses à malha formada por acordos táticos e explícitos, dos poderes especializados e historicamente datados existentes no local. Alianças e conflitos, rejeições e afinidades conformam a vida das organizações na esfera local. Conhecer melhor as organizações familiares é também conhecer a cultura local e o modo de viver e organizar-se de comunidades, já que a ancoragem destas organizações são determinantes de sua história. E, finalmente, porque a renovação em grupos de pesquisa é fundamental para sua continuidade. Esta linha foi iniciada pelo estudo de blocos afro-culturais há alguns anos, que geraram dissertações e teses. De dois anos para cá, os estudos sobre as Organizações Odebrecht abrem perspectivas para as organizações de grande porte, que tem impactos consideráveis no local onde estão inseridas. Marcelo Dantas e Eduardo Davel têm dado consistência ao desejo de se compreender melhor os poderes e as organizações locais, entendendo as organizações de origem familiar como estruturadores do contexto em que atuam, reflexivas da cultura local e construtoras desta mesma cultura. Outros professores da Escola de Administração podem agregar-se, bem como a articulação com outras instituições é uma possibilidade a ser considerada. Além de organizações características baianas de origem, pretende-se estudar as organizações familiares que escolheram a Bahia para expandir suas atividades. O significado destas organizações para o país e a importância delas para a região, os impactos de culturas de outros estados nas culturas organizacionais baianas, são temáticas que oferecem muitas possibilidades de conhecermos melhor o mosaico organizacional brasileiro. A singularidade das organizações familiares, o lugar que ocupam nos espaços locais na contemporaneidade e como preservam a identidade local, competindo em arenas nacionais e internacionais é o foco que pretendemos privilegiar; apoiando, como núcleo de pesquisa a formação de alunos de iniciação científica, mestrado profissional, acadêmico e doutorado. Compartilhar a aventura da descoberta é firmar e honrar compromissos com a difusão e a formação de gestores, professores e pesquisadores.
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Assim concebida, a linha de pesquisa apresenta uma dimensão substantiva (conceitual e epistemológica) e processual (formas e dinamização), o que inclui recortes temáticos que poderão assumir a forma de projetos empíricos e teóricos e estratégias de difusão, como apoio a publicações e eventos. A configuração de uma linha de pesquisa prevê a delimitação de uma área temática, o estabelecimento de um quadro de referência teórico - metodológico e a identificação de possíveis projetos e formas de apoio institucional e de financiamento que possibilitem a produção do conjunto de estudos que responderão os objetivos de linha. Por que uma linha de pesquisa sobre Organizações Familiares? Primeiro, porque as organizações familiares, empresariais ou não, são determinantes na dinâmica regional local. Se as maiores empresas brasileiras são familiares, na Bahia a tradicional Organização Odebrecht convive com a FORD, empresa que chega com um dos mais inovadores projetos empresariais do grupo. 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E, finalmente, porque a renovação em grupos de pesquisa é fundamental para sua continuidade. Esta linha foi iniciada pelo estudo de blocos afro-culturais há alguns anos, que geraram dissertações e teses. De dois anos para cá, os estudos sobre as Organizações Odebrecht abrem perspectivas para as organizações de grande porte, que tem impactos consideráveis no local onde estão inseridas. Marcelo Dantas e Eduardo Davel têm dado consistência ao desejo de se compreender melhor os poderes e as organizações locais, entendendo as organizações de origem familiar como estruturadores do contexto em que atuam, reflexivas da cultura local e construtoras desta mesma cultura. Outros professores da Escola de Administração podem agregar-se, bem como a articulação com outras instituições é uma possibilidade a ser considerada. Além de organizações características baianas de origem, pretende-se estudar as organizações familiares que escolheram a Bahia para expandir suas atividades. O significado destas organizações para o país e a importância delas para a região, os impactos de culturas de outros estados nas culturas organizacionais baianas, são temáticas que oferecem muitas possibilidades de conhecermos melhor o mosaico organizacional brasileiro. A singularidade das organizações familiares, o lugar que ocupam nos espaços locais na contemporaneidade e como preservam a identidade local, competindo em arenas nacionais e internacionais é o foco que pretendemos privilegiar; apoiando, como núcleo de pesquisa a formação de alunos de iniciação científica, mestrado profissional, acadêmico e doutorado. 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