REPRESENTAÇÃO, PARTIDOS E SOCIEDADE CIVIL NA ARGENTINA E NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoschstetler, Kathryn
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Jay Friedman, Elisabeth
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caderno CRH
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/18956
Resumo: Este artigo questiona se as organizações da sociedade civil (OSCs) podem e cumprem o papel de exercer uma função de representação em tempos de crise dos partidos políticos. Para tanto, ele examina práticas recentes de representação no Brasil e na Argentina, dois países onde os partidos políticos têm experimentado crises agudas depois de décadas de avaliações ambíguas a respeito de seus sistemas partidários. Em tais momentos, qualquer substituição de partidos por OSCs deveria ser facilmente identificável. Inicialmente, examinam-se as funções e o potencial de representação das OSCs, usando o modelo de partido político como referência. Em seguida, argumenta-se a partir de surveys já publicados e pesquisa de campo inédita, numa comparação focada em quão bem os partidos e OSCs têm desempenhado suas funções públicas e organizacionais no Brasil e na Argentina. A conclusão é a de que as OSCs não substituem os partidos como mecanismos  de  representação de interesses e valores dos cidadãos – e nem ao menos tentam fazer isso, exceto por um breve período, no auge da crise na Argentina. Em ambos os países, porém, as OSCs melhoram a qualidade de representação dos cidadãos. PALAVRAS-CHAVE: representação, sociedade civil, Brasil, Argentina, partidos políticos. REPRESENTATION, PARTIES AND CIVIL SOCIETY IN ARGENTINA AND BRAZIL Kathryn Hoschstetler, Elisabeth Jay Friedman This paper questions if the civil society organizations (in portuguese, OSCs) can and do accomplish their role of exercising a representative function in times of crisis of the political parties. In order to do so, it examines recent practices of representation in Brazil and in Argentina, two countries where political parties have gone through acute crises after decades of ambiguous evaluations regarding their partidary systems. In such moments, any substitution of parties for OSCs should be easily identifiable. Initially, the functions and the representative potential of OSCs are examined, using the political party model as reference. Then, it is shown from already published surveys and unpublished field research, in a comparison focused in how well the parties and OSCs have been carrying out their public and organizational functions in Brazil and in Argentina.  The conclusion is that OSCs do not substitute parties as mechanisms of representation of citizens’ values and interests – and do not even try to do that, except for a brief period, in the peak of the crisis in Argentina. In both countries, however, OSCs improve the quality of the citizens’ representation. KEYWORDS: representation, civil society, Brazil, Argentina, political parties. REPRÉSENTATION, PARTIS ET SOCIÉTÉ CIVILE, EN ARGENTINE ET AU BRÉSIL Kathryn Hoschstetler, Elisabeth Jay Friedman La question abordée dans cet article est de savoir si les organisations de la société civile (OSCs) peuvent et exercent effectivement une fonction de représentation en temps de crise des partis politiques. Dans ce but, on analyse les pratiques récentes de représentation au Brésil et en Argentine, deux pays où les partis politiques ont souffert de crises aiguës après des décennies d’évaluation ambiguë de leurs systèmes de partis. Au cours de ces crises, le remplacement d’un parti, quel qu’il soit, par ces OSCs devrait pouvoir être facilement identifié.Tout d’abord, ce sont les fonctions et le potentiel de représentation des OSCs qui sont analysés, en utilisant comme référence le modèle du parti politique. Ensuite, les arguments proviennent des surveys déjà publiés et d’une recherche inédite sur le terrain, en faisant une comparaison centrée sur le bon développement des fonctions publiques et organisationelles des partis et des OSCs, au Brésil et en Argentine. On en arrive à la conclusion que les OSCs ne remplacent pas les partis en tant que mécanismes de représentations des intérêts et des valeurs des citoyens – ni essaient de le faire, sauf au cours d’une périodes très brève, lorsque la crise a atteint son point culminant en Argentine. Les OSCs ont cependant amélioré la qualité de la représentation des citoyens, dans ces deux pays. MOTS-CLÉS: représentation, société civile, Brésil, Argentine, partis politiques. Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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In order to do so, it examines recent practices of representation in Brazil and in Argentina, two countries where political parties have gone through acute crises after decades of ambiguous evaluations regarding their partidary systems. In such moments, any substitution of parties for OSCs should be easily identifiable. Initially, the functions and the representative potential of OSCs are examined, using the political party model as reference. Then, it is shown from already published surveys and unpublished field research, in a comparison focused in how well the parties and OSCs have been carrying out their public and organizational functions in Brazil and in Argentina.  The conclusion is that OSCs do not substitute parties as mechanisms of representation of citizens’ values and interests – and do not even try to do that, except for a brief period, in the peak of the crisis in Argentina. In both countries, however, OSCs improve the quality of the citizens’ representation. KEYWORDS: representation, civil society, Brazil, Argentina, political parties. REPRÉSENTATION, PARTIS ET SOCIÉTÉ CIVILE, EN ARGENTINE ET AU BRÉSIL Kathryn Hoschstetler, Elisabeth Jay Friedman La question abordée dans cet article est de savoir si les organisations de la société civile (OSCs) peuvent et exercent effectivement une fonction de représentation en temps de crise des partis politiques. Dans ce but, on analyse les pratiques récentes de représentation au Brésil et en Argentine, deux pays où les partis politiques ont souffert de crises aiguës après des décennies d’évaluation ambiguë de leurs systèmes de partis. Au cours de ces crises, le remplacement d’un parti, quel qu’il soit, par ces OSCs devrait pouvoir être facilement identifié.Tout d’abord, ce sont les fonctions et le potentiel de représentation des OSCs qui sont analysés, en utilisant comme référence le modèle du parti politique. Ensuite, les arguments proviennent des surveys déjà publiés et d’une recherche inédite sur le terrain, en faisant une comparaison centrée sur le bon développement des fonctions publiques et organisationelles des partis et des OSCs, au Brésil et en Argentine. On en arrive à la conclusion que les OSCs ne remplacent pas les partis en tant que mécanismes de représentations des intérêts et des valeurs des citoyens – ni essaient de le faire, sauf au cours d’une périodes très brève, lorsque la crise a atteint son point culminant en Argentine. Les OSCs ont cependant amélioré la qualité de la représentation des citoyens, dans ces deux pays. MOTS-CLÉS: représentation, société civile, Brésil, Argentine, partis politiques. 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