Generificação multisseccional ou racialismo multissegmentário: o discurso da degenerescência e a naturalização da diferença
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/29303 |
Resumo: | Neste artigo, investigo como os regimes de dominação interseccional produzem e naturalizam a diferenciação social através de dispositivos politico-discursivos. Articulando estudos pós-estruturalistas e queer com obras que estudam o racismo, a racialização e a colonialidade, entendo que dispositivos de subjetivação precarizante prejudicam corpos e populações, orientando-se por códigos ordenadores sociais hegemonizados pelos regimes de dominação. Trazendo obras de Michel Foucault e Anne McClintock, discorro sobre o desenvolvimento genealógico comum e a operatividade social imbricada dos dispositivos politico-discursivos racialistas, sexistas e capitalistas-coloniais, relacionando essas concepções à metodologia interseccional do feminismo negro, através do trabalho de Carla Akotirene. A teoria micropolítica também é operacionalizada, junto a obras de Paul Preciado, Jota Mombaça, Silvio Almeida e Achille Mbembe, percebendo o funcionamento politico-discursivo dos processos de subjetivação precarizante, que distribuem diferenciadamente as posições sociais. Essa exposição teórica é operacionalizada analisando o discurso da degenerescência, que perseguia diversos grupos sociais considerando-os como pertencentes a uma “raça inferior”. Concluo que a naturalização da diferença e da violência, atualizada em discursos biopolíticos durante a narrativa da degenerescência, continuou a funcionar nas estratégias políticas de diferenciação interseccional, processo que se exacerba novamente no atual período histórico de ascensão conservadora. |
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Generificação multisseccional ou racialismo multissegmentário: o discurso da degenerescência e a naturalização da diferençaNeste artigo, investigo como os regimes de dominação interseccional produzem e naturalizam a diferenciação social através de dispositivos politico-discursivos. Articulando estudos pós-estruturalistas e queer com obras que estudam o racismo, a racialização e a colonialidade, entendo que dispositivos de subjetivação precarizante prejudicam corpos e populações, orientando-se por códigos ordenadores sociais hegemonizados pelos regimes de dominação. Trazendo obras de Michel Foucault e Anne McClintock, discorro sobre o desenvolvimento genealógico comum e a operatividade social imbricada dos dispositivos politico-discursivos racialistas, sexistas e capitalistas-coloniais, relacionando essas concepções à metodologia interseccional do feminismo negro, através do trabalho de Carla Akotirene. A teoria micropolítica também é operacionalizada, junto a obras de Paul Preciado, Jota Mombaça, Silvio Almeida e Achille Mbembe, percebendo o funcionamento politico-discursivo dos processos de subjetivação precarizante, que distribuem diferenciadamente as posições sociais. Essa exposição teórica é operacionalizada analisando o discurso da degenerescência, que perseguia diversos grupos sociais considerando-os como pertencentes a uma “raça inferior”. Concluo que a naturalização da diferença e da violência, atualizada em discursos biopolíticos durante a narrativa da degenerescência, continuou a funcionar nas estratégias políticas de diferenciação interseccional, processo que se exacerba novamente no atual período histórico de ascensão conservadora.Universidade Federal da Bahia2019-11-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/2930310.9771/peri.v1i11.29303Revista Periódicus; Vol. 1 No. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 29-57Revista Periódicus; Vol. 1 Núm. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 29-57Revista Periódicus; v. 1 n. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 29-572358-0844reponame:Revista Periódicusinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/29303/19958Copyright (c) 2019 Revista Periódicushttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessEspósito, Yuri Bataglia2021-10-27T14:10:14Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/29303Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicusPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/oai||revistaperiodicus@ufba.br2358-08442358-0844opendoar:2021-10-27T14:10:14Revista Periódicus - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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