Ser uma pessoa transgênera é ser um não-ser
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/17188 |
Resumo: | Ser uma pessoa transgênera é ser um não-ser, alguém que mesmo tendo existência material não é socialmente reconhecida e legitimada. É o “olhar do outro” – ou seja, o olhar da sociedade – quem atesta o êxito ou o fracasso da pessoa transgênera em passar como membro do gênero oposto. Gênero e orientação social só sobrevivem como critérios de classificação e hierarquização dos seres humanos graças à permanente ratificação – ou contestação – do olhar do outro, que é, em última análise, o olhar de aprovação ou de reprovação da própria sociedade. Somente através do combate sistemático ao binarismo de gênero, às normas de conduta e aos estereótipos dele resultantes será possível assegurar, em longo prazo, a maior visibilidade social para as pessoas transgêneras que, finalmente, poderão manifestar livremente suas singulares expressões de gênero, e orgulhar-se delas, por mais discrepantes que sejam dos modelos oficiais de homem e mulher, instituídos e patrocinados pela ordem social vigente. |
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Ser uma pessoa transgênera é ser um não-serSer uma pessoa transgênera é ser um não-ser, alguém que mesmo tendo existência material não é socialmente reconhecida e legitimada. É o “olhar do outro” – ou seja, o olhar da sociedade – quem atesta o êxito ou o fracasso da pessoa transgênera em passar como membro do gênero oposto. Gênero e orientação social só sobrevivem como critérios de classificação e hierarquização dos seres humanos graças à permanente ratificação – ou contestação – do olhar do outro, que é, em última análise, o olhar de aprovação ou de reprovação da própria sociedade. Somente através do combate sistemático ao binarismo de gênero, às normas de conduta e aos estereótipos dele resultantes será possível assegurar, em longo prazo, a maior visibilidade social para as pessoas transgêneras que, finalmente, poderão manifestar livremente suas singulares expressões de gênero, e orgulhar-se delas, por mais discrepantes que sejam dos modelos oficiais de homem e mulher, instituídos e patrocinados pela ordem social vigente.Universidade Federal da Bahia2016-07-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/1718810.9771/peri.v1i5.17188Revista Periódicus; Vol. 1 No. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 205-220Revista Periódicus; Vol. 1 Núm. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 205-220Revista Periódicus; v. 1 n. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 205-2202358-0844reponame:Revista Periódicusinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/17188/11343http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLanz, Letícia2021-10-18T23:16:06Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/17188Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicusPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/oai||revistaperiodicus@ufba.br2358-08442358-0844opendoar:2021-10-18T23:16:06Revista Periódicus - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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