O cinema como criador de próteses: uma análise díldica de Os rapazes das calçadas
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/29254 |
Resumo: | Os anos da ditadura militar brasileira de 1964-1985 foram marcados, nas produções audiovisuais, por uma forte representação abjeta e cisheteronormativa das multidões sexopolíticas. Nossa premissa é a existência de linhas de fuga, em tais lógicas. Nos aproximamos de gêneros fílmicos produzidos na época – mais especificamente, a pornochanchada e a pornografia explícita –, para investigar tais questões. Elencamos, para a construção desta análise, a película Os rapazes das calçadas, lançada em 1981. Operamos a análise fílmica em diálogo com a interpretação do sonho, na psicanálise; mais precisamente, com a articulação entre trabalho do sonho e trabalho do filme, proposta por Thierry Kuntzel. Além disso, entendemos, em sintonia com Preciado, que o cinema consiste em uma prótese de sonhos. Tais próteses permitem deslocar a coincidência entre carne e corpo, assim como contrassexualizar o prazer narrativo-visual. Tecendo diálogos com as análises fílmicas, a psicanálise e a teoria queer, propomos pensar o cinema, além de prótese de sonho, sobretudo como criador de próteses. Nesse sentido, também propomos o deslocamento da análise fílmica, aqui, para o que chamamos de análise díldica, isto é, a prótese-dildo entendida a partir do cinema. |
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O cinema como criador de próteses: uma análise díldica de Os rapazes das calçadasOs anos da ditadura militar brasileira de 1964-1985 foram marcados, nas produções audiovisuais, por uma forte representação abjeta e cisheteronormativa das multidões sexopolíticas. Nossa premissa é a existência de linhas de fuga, em tais lógicas. Nos aproximamos de gêneros fílmicos produzidos na época – mais especificamente, a pornochanchada e a pornografia explícita –, para investigar tais questões. Elencamos, para a construção desta análise, a película Os rapazes das calçadas, lançada em 1981. Operamos a análise fílmica em diálogo com a interpretação do sonho, na psicanálise; mais precisamente, com a articulação entre trabalho do sonho e trabalho do filme, proposta por Thierry Kuntzel. Além disso, entendemos, em sintonia com Preciado, que o cinema consiste em uma prótese de sonhos. Tais próteses permitem deslocar a coincidência entre carne e corpo, assim como contrassexualizar o prazer narrativo-visual. Tecendo diálogos com as análises fílmicas, a psicanálise e a teoria queer, propomos pensar o cinema, além de prótese de sonho, sobretudo como criador de próteses. Nesse sentido, também propomos o deslocamento da análise fílmica, aqui, para o que chamamos de análise díldica, isto é, a prótese-dildo entendida a partir do cinema.Universidade Federal da Bahia2019-11-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/2925410.9771/peri.v1i11.29254Revista Periódicus; Vol. 1 No. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 234-249Revista Periódicus; Vol. 1 Núm. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 234-249Revista Periódicus; v. 1 n. 11 (2019): Corpos aliadxs e lutas políticas em tempos de regimes de exceção; 234-2492358-0844reponame:Revista Periódicusinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/29254/19967Copyright (c) 2019 Revista Periódicushttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessStumm, Eugênio HelyantusWeinmann, Amadeu De Oliveira2021-10-27T14:10:14Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/29254Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicusPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/oai||revistaperiodicus@ufba.br2358-08442358-0844opendoar:2021-10-27T14:10:14Revista Periódicus - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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