Pinóquio e a jornada para tornar-se humano: contos que persistem
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/25775 |
Resumo: | Era uma vez um pedaço de madeira. O presente texto vale-se da história de Pinóquio, originalmente escrita pelo italiano Carlo Collodi em 1881, para colocar em análise a constituição da infância moderna. Os indóceis corpos de crianças passam por uma jornada de humanização na família nuclear e no estabelecimento escolar, no qual devem atender às regras morais, com o objetivo de serem cidadãos trabalhadores e produtivos no futuro. As peripécias de um boneco de madeira em sua jornada para ser um menino – dito de verdade – apresentam a fragilidade das instituições que teimam em lhe exigir um comportamento normatizado. No final, o objetivo é alcançado, mas o boneco de madeira ainda está lá; ele ri da história linear dos vencedores, questiona as regras do teatro e da escrita, afirma o exercício político de narrar, tensionando os sentidos do que é ser um menino, ser verdadeiro, e ser humano. Em diálogo com a filosofia e a literatura, Pinóquio dirige-nos à ousadia de conversarmos com vidas e existências interrompidas, destruídas e indesejadas, imaginadas por nós, que não as entendemos como improváveis. Aos regimes que querem silenciar, tentemos dizer: era uma vez, e outra, e mais outra. |
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Pinóquio e a jornada para tornar-se humano: contos que persistem Era uma vez um pedaço de madeira. O presente texto vale-se da história de Pinóquio, originalmente escrita pelo italiano Carlo Collodi em 1881, para colocar em análise a constituição da infância moderna. Os indóceis corpos de crianças passam por uma jornada de humanização na família nuclear e no estabelecimento escolar, no qual devem atender às regras morais, com o objetivo de serem cidadãos trabalhadores e produtivos no futuro. As peripécias de um boneco de madeira em sua jornada para ser um menino – dito de verdade – apresentam a fragilidade das instituições que teimam em lhe exigir um comportamento normatizado. No final, o objetivo é alcançado, mas o boneco de madeira ainda está lá; ele ri da história linear dos vencedores, questiona as regras do teatro e da escrita, afirma o exercício político de narrar, tensionando os sentidos do que é ser um menino, ser verdadeiro, e ser humano. Em diálogo com a filosofia e a literatura, Pinóquio dirige-nos à ousadia de conversarmos com vidas e existências interrompidas, destruídas e indesejadas, imaginadas por nós, que não as entendemos como improváveis. Aos regimes que querem silenciar, tentemos dizer: era uma vez, e outra, e mais outra.Universidade Federal da Bahia2018-06-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/2577510.9771/peri.v1i9.25775Revista Periódicus; Vol. 1 No. 9 (2018): Crianças desviadas, sexualidades monstruosas, educação pervertida: paisagens alteritárias das infâncias; 288-302Revista Periódicus; Vol. 1 Núm. 9 (2018): Crianças desviadas, sexualidades monstruosas, educação pervertida: paisagens alteritárias das infâncias; 288-302Revista Periódicus; v. 1 n. 9 (2018): Crianças desviadas, sexualidades monstruosas, educação pervertida: paisagens alteritárias das infâncias; 288-3022358-0844reponame:Revista Periódicusinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/25775/16117Copyright (c) 2018 Revista Periódicushttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, Marcelo SantanaCassal, Luan Carpes BarrosPamplona, Marina Harter2021-10-27T12:57:07Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/25775Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicusPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/oai||revistaperiodicus@ufba.br2358-08442358-0844opendoar:2021-10-27T12:57:07Revista Periódicus - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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