A cara da escravidão e a cara da liberdade: honra e infâmia (Corte do Brasil, 1809-1833)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Roberto Guedes
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Boscaro, Ana Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Afro-Ásia (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/25897
Resumo: Referente ao Sul-Sudeste escravista do Brasil nas três primeiras décadas do século XIX, o artigo aborda assunto pouco conhecido pela historiografia: literalmente, a cara da escravidão e a cara da liberdade. A construção da face nesta sociedade escravista estava relacionada à infâmia da escravidão e à honra da liberdade, o que levou a diferentes percepções/classificações dos rostos por agentes da Polícia da Corte do Brasil. Protagonistas de suas aparências, homens livres, forros e escravos, de diferentes naturalidades, tiveram seus “retratos falados” descritos conforme suas condições jurídicas, origens e faixas etárias. Eram homens em trânsito que saíam do Rio de Janeiro para vários destinos. A barba era um atributo crucial para atestar honra-liberdade, e sua ausência ou pouco volume caracterizavam faces escravas. Para aferir a hipótese, utilizamos despachos de escravos e passaportes de viajantes emitidos pela Polícia da Corte entre os anos de 1809 a 1833, cruzados a gravuras de viajantes e dicionários de época. 
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