Crise e crítica do capitalismo financeirizado : por uma teoria crítica nas relações internacionais
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| Data de Publicação: | 2022 |
| Tipo de documento: | Dissertação |
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| Título da fonte: | Repositório Institucional da UFABC |
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Resumo: | Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Daniel Campos De Carvalho |
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Crise e crítica do capitalismo financeirizado : por uma teoria crítica nas relações internacionaisFINANCEIRIZAÇÃOCRISECAPITALISMODEMOCRACIAFINANCIALIZATIONCRISISCAPITALISMDEMOCRACYPROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAISOrientador(a): Prof(a). Dr(a). Daniel Campos De CarvalhoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós Graduação em Relações Internacionais. São Bernardo do Campo, 2022A presente pesquisa tem como objetivo propor uma contribuição conceitual para a compreensão das tendências de crise inscritas no capitalismo financeiro. Trata-se, portanto, de desdobrar as consequências teóricas da seguinte hipótese: o processo de financeirização das economias foi responsável por refuncionalizar os aparelhos políticos dos estados nacionais. Isto é, convertidos em plataformas de valorização do capital financeiro, os estados veem esvaziado o conteúdo de seus processos políticos, o que significa, consequentemente, a perda da capacidade de produção de legitimidade. Se o capitalismo democrático consistiu-se como um arranjo no interior do qual a estrutura político administrativa dos estados nacionais criou condições de legitimação dos processos de acumulação pela produção de engajamento das populações nos processos decisórios, o esvaziamento do conteúdo político desses mesmos processos implica um curto circuito no interior dessa formação social. A crise da democracia traduz-se, portanto, como crise do capitalismo democrático e como expressão das contradições inscritas na própria ordem social reproduzida pelo capitalismo financeiro. A presente pesquisa, nesse sentido, procura explorar conceitualmente a noção de que o processo de financeirização expressa de forma aguda as contradições políticas da forma capitalista e expõe os limites imanentes de uma ordem social fundada sobre a autovalorização do valor. No primeiro capítulo, será avançada a proposta de uma aclimatação da Teoria Crítica nas Relações Internacionais, entendidas como o campo por excelências da expressão das contradições do capitalismo financeirizado. No segundo capítulo, será apresentado o conceito de capitalismo como ordem social, de modo a afastar o risco de se tomar a economia em sentido demasiadamente restritivo. Entendido como ordem social, o capitalismo nomeia toda uma forma de vida institucionalizada, fundamentada sobre pressupostos políticos e sociais. Como forma de vida contraditória, no entanto, a reprodução dessa ordem social instituída implica a destruição de seus próprios pressupostos de institucionalização. Verificar a forma específica de como esse fenômeno se expressa no capitalismo financeiro é o objetivo do capítulo 3. Assim, por fim, o olhar será direcionado à história da institucionalização do capitalismo financeirizado e, consequentemente, ao seu auge na crise financeira de 2008. A ideia de contradição política do capitalismo financeiro, portanto, será a chave de leitura para o enquadramento do período. A pesquisa, além disso, procura ainda proporcionar uma ampliação do escopo teórico do campo das Relações Internacionais pela elaboração conceitual da relação intrínseca entre fenômenos locais e globais. A própria dinâmica globalizada dos processos que se desenvolvem no interior do capitalismo sob a regência da dominação financeira pressupõe a internacionalização do escopo analítico como condição necessária de qualquer observação. Advoga-se, portanto, que o campo das Relações Internacionais se constitui como platafora privilegiada de análise da crise capitalismo financeiro e de suas consequências políticas.The present research aims to propose a conceptual contribution to the understanding of the crisis tendencies inscribed in financial capitalism. It is therefore a matter of unfolding the theoretical consequences of the following hypothesis: the process of financialization of economies was responsible for refunctionalizing the political apparatus of national states. Converted into platforms for the valorization of financial capital, States see the content of their political processes emptied, which means, consequently, the loss of the capacity to produce legitimacy. If democratic capitalism consisted of an arrangement within which the political form created conditions for legitimizing the processes of accumulation through the production of engagement in decision-making processes, the emptying of the political content of these same processes implies a short circuit within this social form.The crisis of democracy is, therefore, translated as a crisis of democratic capitalism and as an expression of the contradictions inscribed in the very social order reproduced by financial capitalism. The present research, in this sense, seeks to conceptually explore the notion that the process of financialization acutely expresses the political contradictions of the capitalist form and exposes the immanent limits of a social order founded on the self-valorization of value.In the first chapter, a new critical theory in international relations will be proposed, understanding international relations as the field par excellence of the contradictions of contemporary capitalism. In the second chapter, the concept of capitalism as a social order will be presented, in order to avoid the risk of taking the economy in an overly restrictive sense. Understood as a social order, capitalism names an entire institutionalized way of life, based on political and social assumptions. As a contradictory way of life, however, the reproduction of this instituted social order implies the destruction of its own assumptions of institutionalization. Chapter 2 aims to verify the specific way in which this phenomenon is expressed in financial capitalism. political contradiction of financial capitalism, therefore, will be the reading key for framing the period. The research, moreover, also seeks to provide an expansion of the theoretical scope of the field of International Relations through the conceptual elaboration of the intrinsic relationship between local and global phenomena. The very globalized dynamics of the processes that develop within capitalism under the regency of financial domination presupposes the internationalization of the analytical scope as a necessary condition for any observation. It is argued, therefore, that the field of International Relations constitutes a privileged platform for analyzing the financial capitalism crisis and its political consequences.Carvalho, Daniel Campos deRodrigues, Gilberto Marcos AntonioNeves, Raphael Cezar da SilvaUniversidade Federal do ABCFonseca, Maria Julia Cruz da2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf114 f : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=124393http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=124393&midiaext=80863Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=124393porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-25T15:40:00Zoai:BDTD:124393Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2024-09-25T15:40Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false |
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