Ceticismo e significado : ensaio de uma reavaliação carnapiana do paradoxo semântico exposto por Kripke

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Gregory Augusto Carvalho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFABC
Texto Completo: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=126591
Resumo: Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Lorenzo Baravalle
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Isso porque o pressuposto básico dessas teorias – que significados são dados pelas suas condições de verdade e referência a fatos – resulta em paradoxo: segundo o ceticismo semântico, simplesmente não existem fatos pelos quais significados são determinados. Contudo, se esses fatos não existem, somos forçados a concluir que a linguagem não é significativa porque não haveria como saber que tal e tal expressão possui tal e tal significado. Caso se procure oferecer um fato que refute o paradoxo, solucionando-o diretamente, mostra-se o insucesso de se responder a argumentação cética em termos factualistas, restando apenas o recurso a uma solução cética que acate os termos do paradoxo e procure oferecer uma nova maneira de compreender significados que não faça referência a fatos. Dadas essas coordenadas teóricas, o problema desta pesquisa é reavaliar o ceticismo semântico e mostrar que certo tipo de factualismo ainda é possível mesmo diante do desafio cético. Para tanto, será oferecido um argumento que procura deflacionar os termos colocados pelo ceticismo semântico. Tais esforços serão ancorados sobre dois argumentos principais: reinterpretar o paradoxo como um questionamento ao mesmo tempo semântico e ontológico, e deflacionar o problema a fim de demonstrar certa incorreção metaontológica da questão colocada pelo paradoxo. A base teórica sobre a qual essa reavaliação será construída se encontra na teoria metaontológica que Carnap desenvolve em Empiricism, semantics, and ontology. Com essa teoria, Carnap propõe delimitar uma fronteira entre questões ontológicas que são legítimas e pseudoquestões sem conteúdo cognitivo que não comportam soluções satisfatórias.In Saul Kripke’s reading of Ludwig Wittgenstein’s Philosophical investigations, there is an intriguing philosophical problem. Through this reading, which was exposed in Wittgenstein on rules and private language, Kripke presented a very particular type of skepticism, which became known as semantic skepticism. Notwithstanding the strangeness caused by Kripke’s reading of Wittgenstein as a skeptic, his interpretation took on a life of its own and became a troublesome problem, because if semantic skepticism is correct, it is not possible to construct factualists theories of meaning. This is because the basic assumption of these theories – that meanings are given by their truth conditions and reference to facts – results in a paradox: according to semantic skepticism, there are just no facts by which meanings are determined. However, if these facts do not exist, we are forced to conclude that language is not meaningful because there would be no way of knowing that such and such an expression has such and such a meaning. If one tries to offer a fact that refutes the paradox, solving it directly, the failure to respond to skeptical arguments in factual terms is shown, leaving only the appeal of a skeptical solution that accepts the terms of the paradox and seeks to offer a new way of understanding meanings that does not refer to facts. Given these theoretical coordinates, the problem of this research is to reassess semantic skepticism and show that a certain kind of factualism is still possible even in the face of the skeptical challenge. To do so, an argument will be offered that seeks to deflate the terms posed by semantic skepticism. Such efforts will be anchored on two main arguments: reinterpreting the paradox as a question that is at the same time semantic and ontological, and deflating the problem in order to demonstrate a certain metaontological inaccuracy of the question posed by the paradox. The theoretical basis on which this reassessment will be built is found in the theory that Carnap develops in Empiricism, semantics, and ontology. With this theory, Carnap proposes to delimit ontological questions that are legitimate and pseudo-questions without cognitive content that do not admit satisfactory solutions.Baravalle, LorenzoPetrolo, MattiaEva, Luiz Antonio AlvesRuffino, Marco Antonio CaronUniversidade Federal do ABCCosta, Gregory Augusto Carvalho2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf104 f : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=126591http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=126591&midiaext=81246Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=126591porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-25T15:36:26Zoai:BDTD:126591Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2024-09-25T15:36:26Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false
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