A evolução de sinais sociais de fêmeas e machos e do dimorfismo sexual em Thamnophilidae (aves: asseriformes) : padrões e processos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFABC |
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Resumo: | Orientadora: Profa. Dra. Cibele Biondo |
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A evolução de sinais sociais de fêmeas e machos e do dimorfismo sexual em Thamnophilidae (aves: asseriformes) : padrões e processosSELEÇÃO SOCIALSELEÇÃO SEXUALANÁLISES FILOGENÉTICAS COMPARATIVASESPECIAÇÃOSOCIAL SELECTIONSEXUAL SELECTIONPHYLOGENETIC COMPARATIVE METHODSSPECIATIONPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EVOLUÇÃO E DIVERSIDADE - UFABCOrientadora: Profa. Dra. Cibele BiondoCoorientador: Prof. Dr. Gustavo A. BravoCoorientadora: Profa. Dra. Elizabeth P. DerryberryTese (doutorado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Evolução e Diversidade, São Bernardo do Campo, 2022.A seleção social, atuando tanto pela competição por recursos sexuais (e.g., parceiros/as sexuais) como por recursos não-sexuais (e.g., territórios), pode promover a evolução de sinais sociais e a especiação. Tradicionalmente, estudos focaram em sinais sociais de machos para investigar a evolução do dimorfismo sexual e a especiação sob a premissa de que sinais sociais de fêmeas não eram funcionais ou eram menos desenvolvidos do que nos machos. No entanto, fêmeas de diversas espécies também apresentam sinais sociais funcionais, mas a relação dos sinais sociais de fêmeas com a evolução do dimorfismo sexual e a especiação é pouco estudada. Abordei essa lacuna de conhecimento usando como modelo os thamnofilídeos (Aves: Thamnophilidae), um grupo no qual, em muitas espécies, ambos os sexos usam sinais sociais acústicos e visuais - exibições de cantos e plumagem - na competição social. Espécies de thamnofilídeos variam desde sexualmente monomórficas até altamente dimórficas nos cantos e coloração da plumagem, tornando thamnofilídeos um excelente sistema para investigar a evolução de sinais sociais de fêmeas e machos e do dimorfismo sexual. Esta tese foi dividida em três capítulos. No capítulo 1, realizei experimentos em campo simulando invasões territoriais para testar a hipótese de que a ornamentação da plumagem de thamnofilídeos está positivamente correlacionada com a intensidade das respostas territoriais agressivas de fêmeas e machos. Corroborei esta hipótese apenas para fêmeas, o que sugere que a ornamentação da plumagem media a competição social por territórios e, possivelmente, por parceiros sexuais nas fêmeas. Já nos machos, a ornamentação da plumagem provavelmente não está associada à competição territorial, podendo evoluir por outros fatores como, por exemplo, escolha das fêmeas. No capítulo 2, investiguei a associação do dimorfismo sexual com a sazonalidade climática, fator que pode restringir a disponibilidade de recursos e intensificar a competição social. Observei que espécies com menor dimorfismo sexual e maior elaboração de sinais sociais em fêmeas e machos estão associadas à maior sazonalidade climática, o que indica que ambientes onde a competição social é mais intensa podem favorecer a evolução de sinais sociais em ambos os sexos. No capítulo 3, testei e corroborei a hipótese de que as taxas evolutivas de sinais acústicos e visuais de ambos os sexos e do dimorfismo sexual estão correlacionadas com as taxas de especiação em thamnofilídeos, dando suporte a um papel da seleção social na especiação. Porém, as taxas evolutivas de sinais sociais estão correlacionadas apenas com taxas de especiação mais recentes, que deram origem a espécies nos terminais da filogenia, mas não com taxas de especiação mais antigas. Ao investigar processos que explicam a evolução de sinais sociais tanto em fêmeas quanto em machos, este trabalho mostra que sinais sociais de ambos os sexos são relevantes para compreender a evolução do dimorfismo sexual e o papel da seleção social na especiação.Social selection, via competition for sexual resources (e.g., mating partners) and nonsexual resources (e.g., territories) may promote the evolution of social signals and speciation. Traditionally, studies focused on male signals to investigate the evolution of sexual dimorphism and speciation under the assumption that female signals were not functional or not as developed as in males. However, females across diverse taxa also exhibit functional social traits, but the association of female signals with the evolution of sexual dimorphism and speciation is poorly known. I addressed this knowledge gap using antbirds as models (Aves: Thamnophilidae), a group wherein both sexes of many species use acoustic and visual signals - displays of songs and plumage - in social competition. Antbird species vary from sexually monomorphic to highly dimorphic in songs and plumage coloration, hence, antbirds constitute an excellent system to investigate the evolution of female and male social signals and sexual dimorphism. This dissertation is divided in three chapters. In chapter 1, I conducted field experiments simulating territorial invasions to test the hypothesis that plumage ornamentation of antbirds is positively associated with the intensity of aggressive territorial responses of females and males. I corroborated this hypothesis only in females, suggesting that plumage ornamentation mediates territorial competition in females. In males, on the other hand, plumage ornamentation is likely not associated with territorial competition and may evolve through other processes such as female mate choice. In chapter 2, I investigated whether sexual dimorphism is associated with climatic seasonality, a factor that may constrain resource availability and strengthen social competition. I found that species with lower sexual dimorphism and greater elaboration of social signals in females and males are associated with greater climatic seasonality, suggesting that environments wherein social competition is stronger may favor the evolution of social signals in both sexes. In chapter 3, I tested and corroborated the hypothesis that evolutionary rates of acoustic and visual signals of both sexes and of sexual dimorphism are positively correlated with speciation rates in antbirds. However, evolutionary rates of social signals are correlated only with recent speciation rates, which originated species at the tips of the phylogeny, but not with older speciation rates. By investigating processes that shape the evolution of female and male social signals, this study shows that social signals of both sexes are relevant to understand the evolution of sexual dimorphism and the role of social selection in speciation.Biondo, CibeleBravos, Gustavo A.Derryberry, Elizabeth P.Barros, Fábio Cury deManica, Lilian TonelliWillemart, Rodrigo HirataEleodoro, Gabriel Macedo2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf160 f. : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=124366http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=124366&midiaext=80850Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=124366porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-26T15:52:45Zoai:BDTD:124366Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2023-06-26T15:52:45Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false |
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