Desenvolvimento e meio ambiente : uma análise empírica da evolução dos indicadores socioambientais do Brasil (2000 - 2015)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Carine de Almeida
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFABC
Texto Completo: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122207
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Vitor Eduardo Schincariol.
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spelling Desenvolvimento e meio ambiente : uma análise empírica da evolução dos indicadores socioambientais do Brasil (2000 - 2015)ECONOMIA ECOLÓGICACOMISSÃO ECONÔMICA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE (CEPAL)MACROECONOMIA ECOLÓGICAECONOMIA BRASILEIRABRAZIL MACROECOECOLOGICAL ECONOMICSECLACECOLOGICAL MACROECONOMICSBRAZILIAN ECONOMYPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - UFABCOrientador: Prof. Dr. Vitor Eduardo Schincariol.Tese (Doutorado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais, São Bernardo do Campo, 2021.As questões ambientais por muito tempo foram deixadas de lado pelas teorias econômicas, apesar de autores terem chamado a atenção décadas atrás. Quando citada, em maior parte, é visto como um problema que será resolvido via crescimento econômico no longo prazo, via avanço tecnológico ou até mesmo pelo próprio mercado. Contudo, o sistema econômico não pode ser visto como um sistema isolado e fechado, visto há entrada de energia e matérias-primas, que ao passar pelo processo econômico, resultam em bens de consumo e resíduos. Enquanto sistemas, é necessário considerar que tanto o sistema econômico, quando os sistemas biológicos e institucionais evoluem concomiantemente exercento influência recíproca entre eles. A Economia Ecológica chama a atenção para essa limitação das teorias convencionais, destacando, principalmente, o papel do meio ambiente e sua influência. Mais recentemente, principamente após a crise de 2008, um arcabouço empírico macroeconômico foi sendo elaborado para ser usado como alicerce. Entre os pensadores Latino Americados, a CEPAL também realizou trabalhos na década de 80 nessa linha de pensamento, com um foco maior a dependência das economia periféricas nas exportações de recursos naturais, tendo evoluído igualmente nas últimas décadas. Através desses dois alicerces teóricos, o presente trabalho teve o intuito de analisar o objetivo deste trabalho é investigar o padrão de desenvolvimento sócio-ambiental no Brasil, no período aproximado de 2000 a 2015, a partir dos pressupostos conjuntos da Economia Ecológica e dos trabalhos da CEPAL relacionados à temática. Ou seja, investigar as relações do crescimento econômico com os dados sócio-ambientais relativos à população, emprego, pobreza e degradação ambiental na economia brasileira. Além disso, também foi construído um modelo aplicado a economia brasileira chamado de "Brazil MacroEco". Tal modelo objetiva a exploração de cenários futuro até 2050, visando investigar se seria possível melhorar o IDH sem aumentar significativamente a Pegada Ecológica. O que foi constatado é que com base nos resultados obtidos, que o perfil sócio-ambiental brasileiro nos anos pós-2000 caracterizou-se por uma mescla de melhoria pontual em alguns indicadores relevantes (como elevação salarial, acesso à educação e diminuição do ritmo de desmatamento na Amazônia) com deterioração paralela de outros indicadores ambientais, como maior presença da energia não-renovável na pauta de consumo e exportações fortemente concentradas em recursos naturais, implicando-se em diminuição de suas reservas locais. Sobre os cenários futuros investigados, constatou-se que é possível melhorar o IDH sem um impacto tão significante na pegada ecológica. Contudo, não na proporção suficiente se houver crescimento econômico entendido nos mesmos parâmetros dos dias de hoje. Daí ser necessário repensar o processo produtivo, de diferentes formas: pela amplificação do uso de energias renováveis, aumentando a eficiência e produtividade dos recursos naturais; pela reciclagem e reutilização dos bens e resíduos; pela modificação do caráter primário-exportador da economia; pela modificação do perfil distributivo; por um grupo de políticas públicas e mesmo por uma modificação estrutural dos costumes. Investimento em áreas intensivas em mão-de-obra e de um impacto significativo no bem-estar das pessoas, como saúde e educação, deveriam ser privilegiados se o objetivo fosse reduzir o impacto ambiental de um aprofundamento do desenvolvimento.Environmental issues have long been overlooked by economic theories. When discussed, in most part, it is seen as a problem that will be solved by economic growth in the long run, or technological advancement or even by the market itself. However, the economic system cannot be an isolated and closed system, since energy and raw materials are a part of it and when they enter into the economics process, they result in consumer goods and waste. It is necessary to consider that the economic system, the biological system and institutional system evolve concomitantly, with reciprocal influence between them. Ecological Economics highlights attention to this limitation of conventional theories, and particulary, the role of the environment and its influence. More recently, mainly after the 2008 crisis, an empirical macroeconomic framework has been developed. Among Latin American thinkers, ECLAC also carried out work in the 1980s in this line of thought, with a greater focus on the dependence of peripheral economies on exports of natural resources. Through these two theoretical foundations, the objective of this work is to investigate the pattern of socio-environmental development in Brazil, in the approximate period from 2000 to 2015, based on the joint assumptions of Ecological Economics and the work of ECLAC related to the topic. In other words, it aims to investigate the relationship between economic growth and socio-environmental data related to population, employment, poverty and environmental degradation in the Brazilian economy over that period. In addition, a model called "Brazil MacroEcoMacro" was also built. The model was applied to the Brazilian economy to explore future scenarios until 2050, aiming to investigate whether it would be possible to improve the HDI without significantly increasing the Ecological Footprint. What was found is that the Brazilian socio-environmental profile in the post-2000 years was characterized by a mix of punctual improvement in some relevant indicators (such as salary increases, access to education and reduction in the pace of deforestation in the Amazon) with a parallel deterioration of other environmental indicators, such as a greater presence of non-renewable energy in the consumption agenda and exports strongly concentrated in natural resources, resulting in a decrease in local reserves. Regarding the future scenarios investigated, it was found that it is possible to improve the HDI without having such a significant impact on the ecological footprint. Hence, it is necessary to rethink the production process, in different ways: by amplifying the use of renewable energies, increasing the efficiency and productivity of natural resources; recycling and reusing goods and waste; the modification of the economy's primary export character; by changing the pattern of wealth distribution; by a new set of public policies and even by a structural change in customs. Investment in labor-intensive areas and with a significant impact on people's well-being, such as health and education, should be privileged if the objective were to reduce the environmental impact of further development.Schincariol, Vitor EduardoCardoso, Fernanda GraziellaGarcia, Júnior RuizYeros, ParisFernandez, Ramón Vicente GarciaVieira, Carine de Almeida2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf255 f. : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122207http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122207&midiaext=79423http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122207&midiaext=79424Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=122207porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-11T14:30:59Zoai:BDTD:122207Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2024-06-11T14:30:59Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false
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